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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Cabo Verde, uma África com cenário de Caribe e alma de Nordeste; veja fotos.

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Praia de Santa Maria, em Cabo Verde

Cabo Verde é cercada por fragmentos de Brasil, que vão desde às belas praias ao efervescente núcleo cultural, mas com muita segurança
Por: Geison Macedo, da editoria de Esportes em 17/06/18 às 07H00, atualizado em 15/06/18 às 23H44

Cabo Verde é cercada por fragmentos de Brasil, que vão desde às belas praias ao efervescente núcleo cultural, mas com muita segurança

Por: Geison Macedo, da editoria de Esportes em 17/06/18 às 07H00, atualizado em 15/06/18 às 23H44
Ilha do Sal (Cabo Verde) - No passeio pela área externa de um dos vários resorts que demarcam território na praia da Ponta Preta, uma das mais belas da encantadora Ilha do Sal, em Cabo Verde, um rapaz oferece mergulho subaquático, atividade bastante consagrada na região, e dá boas-vindas assim que identifica a nacionalidade dos turistas: “brasileiro é tudo família, tudo descendente de africano”, recepciona.
O cumprimento caloroso com os visitantes se replica por todo o arquipélago, conhecido pelo jeito peculiar de se relacionar do seu povo. “Já nascemos com essa ‘morabeza’, como costumamos dizer aqui, que é a forma particular cabo-verdiana de receber as pessoas, muito parecida com o brasileiro, sempre ali sorrindo, levando na brincadeira, meio na música”, explica Emanuel Lopes, presidente da Associação de Guias de Cabo Verde, nação que possui ligação secular com o nosso País, especialmente o Nordeste, onde a presença africana é mais notável. Fragmentos de Brasil são facilmente perceptíveis neste pequeno e deslumbrante pedaço de África, vestido de Caribe, nascido com alma verde e amarela e que quer se mostrar para o mundo.

Ir a Cabo Verde e não se deparar com algum dos sucessos de Anitta e Wesley Safadão em bares ou vielas é o mesmo que vir ao Recife e não escutar, pelo menos por um momento, os famosos hits de MC Troia ou da Banda A Favorita, dois ícones do brega pernambucano. A música do Brasil está entre as mais consumidas neste território, dono de uma cultura tão diversa como a das terras Tupiniquins. “O ponto que mais aproxima o cabo-verdiano do brasileiro tem a ver com a música e a dança”, atesta Emanuel Lopes, guia há dez anos e um apaixonado pelas canções. 

Mas não é só do pop brasileiro que sobrevivem os africanos. Pelo contrário. Por onde se anda na Ilha do Sal, cujo destino a Folha de Pernambuco foi convidada a conhecer pela Cabo Verde Airlines, é possível visualizar a forte presença cultural, desde a exaltação a expoentes da música, como a são-vicentina Cesária Évora, à valorização de danças típicas, a exemplo da morna, coladeira, o funaná, batuque, colá e o talaia-baixo, além do artesanato, setor de grande importância para o país. 

Assim como no Brasil, Carnaval e São João estão entre as manifestações populares mais importantes, com ambos tendo em Mindelo, na Ilha de São Vicente - a segunda mais habitada e considerada a capital cultural -, os seus redutos. Na Festa de Momo cabo-verdiana, foliões vão às ruas com suas fantasias para brincar ao som do samba e de músicas típicas. Os festejos juninos de Cabo Verde também envolvem forte semelhança com os do Nordeste brasileiro, período em que há marcante presença católica, a religião predominante, e tem as celebrações regadas a comidas e músicas típicas. “É um São João com uma roupagem cabo-verdiana, onde se tem a parte religiosa com procissão e missas. Depois colocamos ali a parte africana pra juntar com a cabo-verdiana, que tem a ver com o rufar dos tambores, sua dança e as fogueiras”, detalha o guia Emanuel. Não à toa a ilha foi chamada por Cesária Évora, cantora local mais conhecida no mundo, de “um brasilin, chei di ligria, chei di cor” na canção em crioulo “Carnaval de São Vicente”. “É a ilha com mais cara de Brasil”, ressalta Emanuel.

Mas para se ter cara e corpo também é preciso ter cenário e clima de Brasil. Neste quesito, a Ilha do Sal, principal destino turístico do arquipélago, te teletransporta para o semiárido nordestino, tamanha a quentura e visão de vegetação natural praticamente escassa, consequência dos períodos dos ventos secos que vêm do deserto e os períodos prolongados sem chuva. “O Nordeste talvez seja a parte mais cabo-verdiana do Brasil. A gente tem coisas em comum na nossa história, começando pela seca”, depôs Mayra Andrade - outro expoente da música de Cabo Verde - na série Dominguinhos+, em que vários artistas fazem uma homenagem à obra do já falecido músico garanhuense. Para se ter uma ideia da situação, choveu em apenas uma ocasião durante todo o ano passado e nenhuma vez em 2018, até a construção deste texto, segundo moradores com quem conversamos. A temperatura média anual raramente passa dos 25°C e não é inferior aos 20°C. 
Ambiente perfeito, sobretudo, para quem visita o Sal, uma ilha rodeada por águas claras que reproduzem o cenário típico do Caribe e do nosso litoral nordestino. É um contraste exuberante com as paisagens secas vistas no interior do lugar, berço do kitesurfe, da saborosa cachupa e terra das fascinantes salinas de Pedra de Lume. As praias de Santa Maria e da Ponta Preta, duas das preferidas pelos visitantes – principalmente os do Reino Unido, seguido dos alemães e turistas dos Países Baixos -, são um convite aos olhos e ao encontro com a paz. “A vida aqui é muito tranquila, tem um povo muito acolhedor, que recebe muito bem as pessoas, além de termos praias maravilhosas, como no Nordeste do Brasil”, exalta o instrutor de mergulho Leo Saldunbides, residente em Cabo Verde há nove anos e um dos poucos brasileiros que moram na segura ilha, de 17 mil habitantes, distante do Recife apenas quatro horas de avião. “Aqui ainda existem coisas que no Brasil já se perderam há muitos anos, como a confiança nas pessoas. A palavra ainda vale muito aqui”, finaliza.

FONTE: FOLHAPE

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Samuel

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