NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Palácio do Governo. Bissau. 6 de Novembro de 2019. AFP
O Conselho Superior de Defesa da Guiné-Bissau reuniu-se hoje na presença
de responsáveis políticos e militares. O encontro decorreu num altura
em que a Guiné-Bissau vive momentos de alguma tensão na sequência dos
resultados da segunda volta das eleições presidenciais. Segundo a imprensa guineense, a reunião de hoje estará relacionada
com as audiências do Tribunal militar e que envolvem o major Uié Camará,
director-geral adjunto da inteligência militar.
O major Uié
Camará está detido desde finais do mês de Janeiro no quartel do Estado
Maior do exército em Bissau. Em causa está uma alegada lista codificada
que o major teria recebido do secretário de Estado da Segurança e Ordem
Pública, Mário Saegh, e que identificava nomes de alguns militares fiéis
a Umaro Sissoco Embaló. Estes teriam mostrado disponibilidade, a
qualquer momento, em provocar tumultos em Bissau, caso do Supremo
Tribunal de Justiça anulasse a segunda volta das eleições presidenciais
de 29 de Dezembro.
A Lista que o major Uié Camará entregou ao
Chefe de Estado-maior da Força Aérea da Guiné-Bissau, Braima Camará,
mais conhecido "Papa Camará", terá sido entregue ao chefe de Estado
Maior-general das Forças Armadas, Biagué Na N'Tan, que terá ordenado a
detenção de Uié Camará.
Presente na reunião esteve o ministro do Interior guinneense que lembrou a utilidade do Conselho de Defesa Nacional, "é
um órgão de consulta do primeiro-ministro sobre assuntos relacionados
com segurança do país. É um órgão que está previsto na lei do nosso
país", descreveu o ministro do Interior. Juliano Fernandes lembrou ainda que se tratar de "uma reunião normal de análise à segurança interna".
"É
uma reunião de consulta, nesta fase que o país está a atravessar,
criou-se esta oportunidade para que todos os integrantes reflictam sobre
o estado da segurança do país", afirmou Juliano Fernandes,
adiantando que, entre outras questões, a reunião discutiu a necessidade
de ser criado um regimento de funcionamento do conselho.
Questionado
sobre o facto de a reunião decorrer numa altura em que há rumores que
indicam detenções de militares, o ministro do Interior desmente as
informações, ressalvando que "o país está seguro".
Na
reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional estiveram presentes; o
primeiro-ministro Aristides Gomes, os ministros Juliano Fernandes, do
Interior, Luís de Melo, da Defesa, Fatumata Baldé, da administração
Pública, Ruth Monteiro, da Justiça, Odete Semedo, da Administração
Territorial, e Geraldo Martins, das Finanças.
Estiveram ainda na
reunião, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Nan
Tan, Procurador-Geral da República, Ladislau Embassa, os comandantes da
Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga, e da Guarda Nacional, Agostinho
Cordeiro, o diretor dos Serviços de Informação e Segurança (a ‘secreta'
guineense) Alfredo Vaz e a directora-geral da Polícia Judiciária,
Filomena Lopes.
A reunião ocorreu num altura em que a Guiné-Bissau
vive momentos de alguma tensão na sequência das eleições presidenciais,
contestadas pelo PAIGC e numa altura em que há rumores que indicam que
alguns militares estariam detidos, acusados de interferência no processo
eleitoral.
fonte: RFI
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Samuel