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segunda-feira, 27 de julho de 2020
CUBA: Como é lavado, com prêmios, o dinheiro do negócio subversivo?
Juventus é campeã italiana pela nona vez consecutiva.
Cristiano Ronaldo
A Juventus voltou a fazer história no futebol italiano. A "Vecchia Signora" conquistou, este domingo (26.07), o eneacampeonato, termo pouco comum no futebol europeu, que se traduz em nove títulos consecutivos. A Juventus venceu, em Turim, a Sampdoria por 2-0, e conquistou o 36º título da história do clube.
Eneacampeonato
Com o empate da Atalanta (2º) em casa do AC Milan (6º), a Juventus, em caso de vitória, assegurava o nono título consecutivo da Serie A, a duas jornadas do fim do campeonato. Aos 45+7, Cristiano Ronaldo desbloqueou o resultado - 31 golos em 32 jogos para o internacional português. Já na segunda parte, aos 67 minutos, Bernardeschi dobrou o marcador e selou o 36º título da Juventus na história do futebol italiano. A Juventus soma o dobro dos títulos dos rivais de Milão (AC Milan e Inter Milão têm 18 títulos).
A Juventus ainda vai disputar a "final-8" da Liga dos Campeões em agosto. Os campeões italianos estão no "intervalo" dos oitavos de final frente ao Olympique Lyon, com vantagem para o emblema francês por 1-0, vitória conquistada em França, a 26 de fevereiro, antes da implosão da pandemia da Covid-19. A segunda mão está marcada para o dia 7 de agosto, em local ainda por definir.
Cristiano Ronaldo - 30 títulos e mais um recorde!
Já há pouco a noticiar de Cristiano Ronaldo que possa surpreender os nossos leitores. No entanto, é nosso dever registar novos feitos de um jogador que ficará para a eternidade do futebol, que viverá nas memórias dos sortudos que o viram jogar e que fará sonhar aqueles que não terão oportunidade de o ver atuar em direto, o maior jogador de sempre do futebol português.
Cristiano Ronaldo tornou-se o jogador a chegar aos 50 golos na Serie A em menos jogos. O "astro" atingiu a meia centena de golos em 60 jogos, superando antigos vencedores da Bola de Ouro, como Shevchenko (50 golos em 69 jogos) e Ronaldo "Fenómeno" (50 golos em 70 jogos). A marca dos 50 golos não fica por aqui. Cristiano Ronaldo é o primeiro jogador a marcar, pelo menos, 50 golos em três das principais ligas europeias (Inglaterra, Espanha e Itália.)
"CR7" já era o único jogador com títulos de campeão em Inglaterra, Espanha e Itália. Esta época (2019/20), tornou-se o primeiro jogador a ganhar as três competições em mais do que uma ocasião. A FIFA, órgão que tutela o futebol mundial, não perdeu oportunidade de elogiar publicamente o avançado português.
"Dez em dez jogos desde o reinício da Serie A ajudaram Cristiano a tornar-se num múltiplo campeão em Inglaterra, Espanha e Itália. Nenhum outro jogador sequer venceu estas três ligas. O país não importa quando és de outro planeta".
Cristiano Ronaldo conquistou o 30º título consecutivo da carreira e a nível individual, o avançado português procura conquistar a quinta Bota de Ouro, que premeia o melhor marcador dos campeonatos europeus. Ronaldo leva 31 golos, mas ainda tem dois pesos pesados à frente nesta corrida. Robert Lewandowski, com 34 golos em 31 jogos (Bundesliga) e Ciro Immobile, avançado italiano que atua na Lázio, que também soma 34 golos. Restam duas jornadas para o fim da Serie A.
Confira os 30 títulos coletivos conquistados por Cristiano Ronaldo:
Supertaça Cândido de Oliveira -1x
Premier League (Liga Inglesa) - 3x
FA Cup (Taça de Inglaterra) - 1x
EFL Cup (Taça da Liga Inglesa) - 2x
Community Shield (Supertaça de Inglaterra) - 1x
La Liga (Liga Espanhola) - 2x
Taça do Rei - 2x
Supercopa (Supertaça de Espanha) - 2x
Serie A (Liga Italiana) - 2x
Supertaça de Itália - 1x
UEFA Liga dos Campeões - 5x
UEFA Supertaça Europeia - 2x
FIFA Mundial de Clubes - 4x
UEFA EURO - 1x
UEFA Liga das Nações - 1x
FUTEBOL: OS PRODÍGIOS QUE SE TORNARAM ESTRELAS E OS QUE DESILUDIRAM
Youssoufa Moukoko
Youssoufa Moukoko teve uma estreia de sonhos na Bundesliga sub-19, apontando seis golos na goleada de 9-2 do Borussia Dortmund frente ao Wuppertaler SV. O jovem começou a dar nas vistas no início deste ano quando a Nike pagou cerca 10 milhões de euros para que o jogador pudesse representar a marca. Moukoko só poderá jogar a principal liga alemã quando completar 16 anos, em 2020.
Conselho de Segurança da ONU e CEDEAO buscam solução para crise no Mali.
Movimento de contestação ocupou as ruas em junho
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) realiza uma cimeira extraordinária por videoconferência esta segunda-feira (27.07) para discutir a crise política no Mali. O encontro dos chefes de Estado da CEDEAO acontece após o os esforços da organização para a mediação da crise terem fracassado em Bamako.
Os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas também discutirão a crise política no Mali nesta segunda-feira numa videoconferência fechada. O chefe da Missão Multidimensional de Estabilização Integrada das Nações Unidas no Mali (MINUSMA), Mahamat Saleh Annadif, deverá relatar a situação no país.
A Rússia havia proposto que a reunião ocorresse na semana passada, mas o Níger pediu para que o tema fosse debatido depois que a missão da CEDEAO para intermediar o conflito concluísse os trabalhos e que a cimeira extraordinária do bloco fosse realizada.
Líderes do M5 - o movimento de contestação ao Governo no Mali - reiteraram neste final de semana o apelo à demissão do Presidente Ibrahim Boubacar Keita. Os oposicionistas pretendem reiniciar as manifestações contra o Governo após o dia 3 de agosto.
Primeiro-ministro Boubou Cissé recebe Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo (dir.), em missão da CEDEAO
A convocatória foi feita no sábado num encontro do movimento formado por uma coligação de líderes religiosos e políticos e membros da sociedade civil. Mil pessoas participaram na reunião. O M5 havia proposto uma "trégua" a 21 de julho até depois do grande festival Muslim Aid al-Adha, marcado para 31 de julho.
Entenda a crise no Mali
Dezenas de milhares de pessoas protestam na capital Bamako desde junho contra o Governo do Presidente Ibrahim Boubacar Keita. A coligação M5, composta por grupos da oposição e da sociedade civil, organizou os primeiros protestos em massa a 5 e 19 de junho.
Os motivos apontados para a crise política são a instabilidade da segurança no centro e norte do país, a estagnação económica e a corrupção. Considera-se, no entanto, que o episódio que inflamou o movimento de contestação foi a invalidação pelo Tribunal Constitucional de cerca de 5,2% dos votos expressos nas eleições legislativas. A decisão anulou os resultados provisórios de 31 dos 147 assentos no Parlamento e acabou por aumentar a representação do partido de Keita em dez lugares.
Ibrahim Boubacar Keita foi eleito em 2013 e reeleito em 2018 para mais cinco anos. O M5 o acusa de ter falhado na sua missão e apelou várias vezes à sua saída do poder.
A 10 de julho ocorreu a terceira grande manifestação contra o Governo, apontada como a mais violenta desde 2012. Segundo o Governo, 11 pessoas morreram em três dias. A MINUSMA, por sua vez, contabiliza 14 manifestantes mortos, enquanto o M5 relata 23.
fonte: DW África
Suspeito da morte de Bruno Candé terá tropeçado na cadela do ator três dias antes do crime.
Bruno Candé, o ator de 39 anos que morreu este sábado após ter sido “baleado em várias zonas do corpo” na avenida de Moscavide, já tinha sido ameaçado e insultado pelo autor dos disparos, um homem de 80 anos, segundo testemunho da família.
Perante ameaças de morte, alegadamente feitas dias antes do ataque e vários insultos racistas, a família considera que “fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime” e exige que “a justiça seja feita de forma célere e rigorosa”. Mas a Polícia de Segurança Pública (PSP) disse que, em seis testemunhas ouvidas sobre a morte de Bruno Candé, “nenhuma falou de racismo”.
Bruno Candé tinha três filhos menores — dois rapazes de cinco e seis anos e uma rapariga que fará três anos em agosto, segundo o jornal Público — e pertencia à companhia de teatro Casa Conveniente desde 2010, tendo participado em telenovelas como a “Única Mulher” e “Rifar o Coração”, revelou a família.
Em comunicado, a família de Bruno Candé descreve-o como uma “pessoa extremamente afável e sociável” e revela que o “assassino já o havia ameaçado três dias antes”. Em declarações ao Correio da Manhã, a família da vítima diz que o autor dos disparos terá afirmado: “Vai mas é para a senzala” (uma expressão associada à escravatura) antes de abrir fogo.
O suspeito é um enfermeiro aposentado de 80 anos. Os disparos foram feitos em plena rua, na avenida de Moscavide à hora de almoço e o atirador foi imobilizado pelos populares até à chegada das forças de segurança. Na altura, Bruno Candé estava com o cão que terá sido um dos motivos para desacatos anteriores entre os dois homens.
Marta Félix, atriz da companhia Casa Conveniente e colega de Bruno Candé, contou ao Público que a morte do ator foi o culminar de “uma discussão na quarta-feira, depois de um homem ter tropeçado na cadela do Bruno”: “O homem terá ameaçado o Bruno de morte e, hoje [sábado], quando ele estava numa esplanada na avenida principal de Moscavide, onde ia assiduamente, o homem avistou-o, terá ido pouco depois a casa buscar uma arma, e disparado quatro tiros”.
O comunicado da família revela ainda que o ator sofreu em tempos um acidente de bicicleta, por atropelamento, e desde então ficou com sequelas em todo o seu lado esquerdo”, ficando com limitações de mobilidade evidentes, mas manteve-se ligado ao teatro. A cadela que o acompanhava, da qual era “inseparável”, “foi importante na sua recuperação”.
SOS Racismo não tem dúvidas: foi um crime “com motivações de ódio racial”
Entretanto a associação SOS Racismo exigiu “justiça” para este caso, considerando tratar-se de “um crime com motivações de ódio racial”.
“Hoje, pelas 14h, Bruno Candé Marques, cidadão português negro, foi assassinado com 4 tiros à queima roupa. O seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes e reiteradamente proferiu insultos racistas contra a vítima”, garante o SOS Racismo em comunicado.
Para a associação, “o caráter premeditado do assassinato não deixa margem para dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial”. No comunicado, a SOS Racismo pede que o “assassinato do Bruno Candé Marques não seja mais um sem consequências”, exigindo que “justiça seja feita”.
A concelhia do Bloco de Esquerda já veio pedir que se apurem as circunstâncias da morte do ator. Em declarações emitidas este fim de semana, o Bloco disse: “O assassinato de Bruno Candé Marques choca-nos profundamente e obriga-nos a todos, enquanto sociedade, a refletir sobre como foi possível acontecer em plena luz do dia no centro de Moscavide”.
A mensagem contrasta com a mensagem do líder do Chega, que nega haver motivações racistas na origem do caso, apesar de a PSP ainda não saber o motivo do crime: “Acabem lá com essa ladainha habitual do racismo. Não somos um país racista! Nada neste homicídio aponta para crime de ódio racial”, proferiu André Ventura no Twitter.
PSP ainda não tem certezas sobre o motivo do crime
Questionado sobre se o crime foi motivado por racismo, a vítima era de raça negra, Bruno Pires da PSP referiu que “a única coisa que se sabe, e que poderá ser útil para a investigação, é que já existem relatos ao longo desta semana de desacatos”, mas a PSP ainda desconhece o motivo dos mesmos. “Dos relatos que conseguimos, não foi adiantada muita informação”, reforçou.
Nas redes sociais circula agora a informação que uma cadela preta que acompanharia Bruno Candé, de porte médio e alegadamente chamada “Pepa”, terá fugido na sequência dos disparos. Pede-se que quem a vir contacte a PSP de Sacavém.
fonte: observador
Queixa de genocídio contra Bolsonaro entregue em Haia - como aconteceu...
Bolsonaro é acusado de genocídio em Haia
Bolsonaro é acusado de genocídio em Haia. O motivo? Ter ignorado as orientações técnicas na luta contra a pandemia. Assim, mais de 60 sindicatos e movimentos sociais ―a maioria de profissionais de saúde ― acusam e pedem a condenação do Jair Bolsonaro por genocídio. A denúncia foi entregue este domingo no Tribunal Penal Internacional de Haia, avança a imprensa brasileira.
No documento, argumenta-se que o presidente do Brasil praticou crimes contra a humanidade por incentivar ações que aumentam o risco de contágio do novo coronavírus. Para além disso, apontam-lhe falhas na tomada de medidas para proteger o povo brasileiro, em especial as minorias.
Ao longo de 64 páginas, lembram que Bolsonaro nunca atendeu às orientações técnicas de seu próprio Ministério da Saúde: várias vezes convocou aglomerações de pessoas, esteve junto a multidões sem máscara e minimizou em declarações públicas aquilo a que chamou de “gripezinha”.
“Essa atitude de menosprezo, descaso, negacionismo, trouxe consequências desastrosas, com consequente crescimento da disseminação, total estrangulamento dos serviços de saúde, que se viu sem as mínimas condições de prestar assistência às populações, advindo disso, mortes sem mais controles”, lê-se no documento, citado pela UOL.
fonte: observador
PSP: em seis testemunhas ouvidas sobre a morte de Bruno Candé, "nenhuma falou de racismo".
Na inquirição de testemunhas ouvidas no local pela PSP após o homicídio de Bruno Candé, ator negro que foi morto a tiro por um homem de cerca de 80 anos em plena rua, não houve relatos de insultos ou ameaças racistas.
A garantia começou por ser dada ao jornal Público pelo comissário do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) da PSP, Luís Santos, que afirmou que “da inquirição das testemunhas todas do local, ninguém fala de atos racistas”. Ao Observador, o comissário corroborou o que antes dissera:
Temos ouvidas seis testemunhas. Nenhuma das testemunhas falou nisso, nenhuma falou em racismo”, apontou o comissário.
Notando que não tem “acesso aos autos formais” nem “ao que vai constar do teor da acusação” do Ministério Público, o comissário do COMETLIS da PSP refere que as testemunhas “estavam na via pública e ouviram os disparos”, não tendo ouvido insultos ou ameaças racistas. Diz mais: os relatos das testemunhas ouvidas no local parecem apontar para “algum desaguisado” entre “os dois sujeitos processuais”, não havendo ainda qualquer indício de que o desaguisado estivesse relacionado com “a cor da pele” da vítima.
“Não tenho acesso a qualquer informação que me leve a poder dizer que A chamou nomes a B ou C, discriminatórios em termos de cor de pele”, referiu ainda o comissário Luís Santos.
Após o homicídio de Bruno Candé, a família do ator de 39 anos anunciou em comunicado que três dias antes do crime este já havia sido ameaçado de morte, tendo sido alvo de “vários insultos racistas” por parte do suspeito de homicídio.
Face a esta circunstância”, a família considerou que “fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime” e exigiu que “a justiça seja feita de forma célere e rigorosa”.
As motivações do crime estão ainda a ser investigadas pelas autoridades. Logo no dia em que o ator foi assassinado, a PSP anunciou não ter para já indícios sólidos que apontassem para que a motivação do crime tivesse sido ódio racial.
Chega diz que “Portugal é o país menos racista da Europa, talvez do mundo”
A direção nacional do Chega sustentou este domingo que a morte do ator Bruno Candé Marques, baleado no sábado em Moscavide, é uma tragédia sem relação com o racismo e acusou a esquerda de aproveitamento destes casos.
Apesar de, em comunicado, a família do ator de 39 anos referir que “o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas”, a direção do Chega contrapôs que “o assassinato do ator Bruno Candé é uma tragédia, mas nada tem, segundo os dados conhecidos até ao momento, a ver com racismo”.
Numa nota enviada aos órgãos de comunicação social, o partido liderado pelo deputado André Ventura reiterou a ideia de que “a sociedade portuguesa não é racista” e considerou “que o aproveitamento político que a esquerda faz destes episódios é deplorável”.
“Portugal é o país menos racista da Europa, talvez do mundo, pelo que só nos resta transmitir à família e amigos de Bruno Candé sentimentos de solidariedade e conforto”, acrescentou a direção nacional do Chega, nesta curta nota, com três parágrafos.
Catarina Martins (BE) fala em “assassinato violento, racista”
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, repudiou este domingo a morte do ator Bruno Candé Marques, baleado no sábado em Moscavide, que qualificou como “um crime horrível, um assassinato violento, racista”.
Catarina Martins, que falava no encerramento do “Acampamento Online Liberdade 2020” do BE, defendeu que é bom que se perceba que “racismo não é opinião, é crime”, e que “quando se tira a humanidade a outros com o racismo, estas coisas acontecem”.
Numa intervenção transmitida em direto no Facebook, a coordenadora do BE considerou que, quando “não se considera as pessoas, não se olha nos olhos”, quando “se alguém acha que os outros não são iguais, então a violência acontece”.
Catarina Martins interrogou “como é possível o tom de pele determinar que alguém perca assim a vida num crime tão odioso”. E acrescnetou: “E, se ficaremos a pensar nesta família, nos amigos, nesta perda, nesta enorme dor, não deixaremos também de discutir essa frase que é muitas vezes dita, e o seu significado profundo: o racismo não é uma opinião, o racismo é crime e o crime acontece”, reforçou.
Eduardo Cabrita lembra que detenção do suspeito aconteceu “de imediato”
Este domingo, em resposta aos jornalistas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, declarou que a Polícia de Segurança Pública (PSP) “deteve, de imediato, o alegado responsável” pelo crime de homicídio, acrescentando: “As autoridades judiciárias tomarão as suas decisões relativamente a um crime que vivamente repudiamos”.
A PSP informou no sábado, sem identificar a vítima, que um homem morreu após ter sido baleado em várias partes do corpo, por outro homem com cerca de 80 anos, na Avenida de Moscavide, em Loures, adiantando que o suspeito tinha sido detido e a arma de fogo apreendida. Em comunicado, a associação SOS Racismo reclamou que “justiça seja feita”, defendendo que “o caráter premeditado do assassinato não deixa margem para dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial”.
Chega diz que assassinato de ator Bruno Candé não foi por racismo.
A direção nacional do Chega sustentou hoje que a morte do ator Bruno Candé Marques, baleado no sábado em Moscavide, é uma tragédia sem relação com o racismo e acusou a esquerda de aproveitamento destes casos.
Apesar de, em comunicado, a família do ator de 39 anos referir que "o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas", a direção do Chega contrapôs que "o assassinato do ator Bruno Candé é uma tragédia mas nada tem, segundo os dados conhecidos até ao momento, a ver com racismo".
Numa nota enviada aos órgãos de comunicação social, o partido liderado pelo deputado André Ventura reiterou a ideia de que "a sociedade portuguesa não é racista" e considerou "que o aproveitamento político que a esquerda faz destes episódios é deplorável".
"Portugal é o país menos racista da Europa, talvez do mundo, pelo que só nos resta transmitir à família e amigos de Bruno Candé sentimentos de solidariedade e conforto", acrescentou a direção nacional do Chega, nesta curta nota, com três parágrafos.
No comunicado divulgado no sábado, a família de Bruno Candé Marques referiu que o ator "foi alvejado à queima-roupa, com quatro tiros, na rua principal de Moscavide", no concelho de Loures, distrito de Lisboa, e que "o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas".
Face a esta circunstância", a família considerou que "fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime" e exigiu que "a justiça seja feita de forma célere e rigorosa".
A família menciona que Bruno Candé Marques era ator da companhia de teatro Casa Conveniente desde 2010, tendo participado em telenovelas.
Hoje, em resposta aos jornalistas, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, declarou que a Polícia de Segurança Pública (PSP) "deteve, de imediato, o alegado responsável" pelo crime de homicídio, acrescentando: "As autoridades judiciárias tomarão as suas decisões relativamente a um crime que vivamente repudiamos".
A PSP informou no sábado, sem identificar a vítima, que um homem morreu após ter sido baleado em várias partes do corpo, por outro homem com cerca de 80 anos, na Avenida de Moscavide, em Loures, adiantando que o suspeito tinha sido detido e a arma de fogo apreendida.
Em comunicado, a associação SOS Racismo reclamou que "justiça seja feita", defendendo que "o caráter premeditado do assassinato não deixa margem para dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial".
fonte: expresso.pt
ANGOLA: “GI” DESMENTE “MILUCHA” - 27 DE mAIO DE 1977.
Recentemente, Maria Luísa Abrantes “Milucha” colocou um dado novo, na peregrinação sobre a barbárie do 27 de Maio de 77, neste caso chamando ao epicentro da questão a jubilada juíza Luzia Sebastião, “Gi”. “Não tive nada a ver com o 27 de Maio! Nunca incriminei ninguém, tão pouco a senhora que me acusa”, foi a reacção de “Gi”, acrescentado: “também fui uma vítima, pois perdi entes queridos”.
“Milucha” afirmou: «Em primeiro lugar, para que a alma do “Tilu” e de tantos outros mártires do 27 de Maio, fruto da ambição desmedida de alguns e da carnificina de outros, descanse em paz, teriam de entregar os corpos aos familiares e lhes honrar com um funeral condigno.
O “Tilu” era um jovem médico cirurgião de 28 anos, que completaria 29 anos no dia 28 de Outubro de 1977 e Professor Universitário, desde o Hospital de Santa Maria em Lisboa, onde iniciou essa função como monitor, porque terminou o seu curso aos 22 anos com notas brilhantes.
Em segundo lugar, não podem misturar os dois acontecimentos do dia 27 de Maio, com os assassinatos perpetrados pela UNITA, ou pela FNLA na sua agressão ao Estado Soberano de Angola independente.
Em terceiro lugar, eu nunca aceitarei qualquer reconciliação, nem poderá existir reconciliação sem que os generais Ludy, Onambwe, o General Toka , os Sr. Carlos Jorge, o Sr. Veloso, o Sr. Carmelino, o Sr. Kifofo, a Sra. Luzia Sebastião, a Deputada Ruth Mendes, a Sra. Xinda Dias da Silva, o Sr. Geitoeira, o Sr. Job, secretário do falecido Lúcio Lara, etc., que ainda estão vivos, expliquem o que se passou e onde foram enterrar os corpos.
Em que rios ou mar foram atirar os corpos. Em que barranco foram atirar os corpos. Em que local foram queimar os corpos.
Eu quero ver a coragem e a boca da Gi, que gritou para mim no corredor do Ministério da Defesa quando me fui entregar: “Fui eu que te mandei buscar!”.
Como é que uma directora das Escolas primárias, que não era militar, mas professora primária no tal “maqui” tinha poder para mandar prender?
Mas mandou! Eu fui uma delas. Por isso, mesmo não sendo militar, ofereceram-lhe uma patente militar e ela exigiu outra mais elevada e assim foi feito?
Esta falsa vontade de reconciliação é fictícia e visa apenas criar um ambiente mais favorável ao MPLA para as próximas eleições autárquicas, porquanto se o actual PR e o ex-PR não pretendem reconciliar-se, que moral existe para nos pregarem um fictícia reconciliação?
A semelhança da pregação de uma fictícia luta contra a corrupção, com o Eng. Manuel Vicente, generais Dino e Kopelipa e seus associados, Carlos Silva, Edeltrudes, ex-amigos de facção Kundy Payama, Tulumba, etc. etc.?»
“GI” DESVENDA ENIGMA MILUCHA
A juíza conselheira jubilada, Luzia Sebastião, decidiu não entrar em confronto verbal e judicial, pelo menos numa primeira fase, com Maria Luísa Abrantes “Milucha” por entender não ser prudente a “proximidade”, em homenagem ao distanciamento social, recomendado pela OMS e Executivo angolano face à pandemia do COVID-19, garantiu ao Folha 8, fonte que lhe é próxima.
“Não tive nada a ver com o 27 de Maio! Nunca incriminei ninguém, tão pouco a senhora que me acusa”, foi a reacção no seio de pessoas do círculo mais próximo, onde teria acrescentado: “também fui uma vítima, pois perdi entes queridos”.
A reacção da magistrada tem a ver com acusações, segundo as quais a mesma teria tido um papel activo nos ilícitos praticados por Agostinho Neto e a sua clique, nos massacres de 27 de Maio de 1977, onde foram assassinados 80 mil cidadãos inocentes.
A magistrada com uma carreira fulgurante a nível do Direito, tanto como advogada e juíza jubilada pelo Tribunal Constitucional, diz não entender a tentativa de um assassínio da sua reputação e imagem.
“Considera despropositada, intemporal e eivada de má-fé a acusação de Milucha contra si ao acusá-la de a ter mandado prender no 27 de Maio de 1977, porquanto não só não tinha condições físicas, como morais, porquanto estava de parto recente; nascimento do primeiro filho e, ainda, a perca de um cunhado”.
O cunhado referenciado é o comandante Bula, irmão de Magalhães Paiva Nvunda, marido de Luzia Sebastião, Gi.
Conta a nossa fonte que ela foi ao Estado-Maior das FAPLA, no Ministério da Defesa, não como operacional mas sim como “uma espécie de refugiada, depois de ter sido transportada num blindado, a mando de Lúcio Lara, que estranhou ela estar em casa, sozinha, com um recém-nascido, com os incidentes que estavam a ocorrer, muito perto do Alvalade, local onde morava”.
O encontro com o então segundo homem de Neto deu-se porque Gi, ao ouvir movimentos de populares em correria e tiros, saiu à rua, uma vez, também, o marido não estar em casa e foi aí que o ex-dirigente do MPLA, Lúcio Lara, vendo o seu desespero a mandou subir com a criança no blindado e levá-la para um lugar seguro.
Portanto, chegada ao Ministério da Defesa estavam lá muitas outras pessoas, tentando procurar parentes e, ela, obviamente, o marido, que era oficial militar, Magalhães Paiva Nvunda, e foi aí, que ficou a saber do ocorrido com o cunhado Bula (irmão do marido), barbaramente assassinado e, “as primeiras informações que recebemos foi de terem sido os fraccionistas a fazê-lo. Não vejo como uma mulher com parto fresco, com a perda do cunhado e ausência do marido, naquele momento, poderia estar fardada com arma a tiracolo e a dar ordens ou ameaçar outras pessoas”, terá avançado, para de seguida questionar: “Como poderia apontar, ameaçar ou mandar buscar a camarada Milucha, para a prender se, não sendo minha amiga, também, nunca tive nenhuma desavença que fosse merecedora de rancor e ódio? Só pode mesmo ser um mal-entendido e tentativa de colocar em cheque o meu bom nome e honra, porque quem me conhece, pese a irreverência, é a minha forma de ser, sabe que nunca mandaria fazer mal a alguém, sem nenhum propósito e justificação”, assegura a fonte familiar.
Finalmente, a mesma fonte explica que, estando muita mais gente quando, na altura, “chegou a camarada Milucha, nenhuma confirma este episódio, o que parece estranho, nesta altura surgir essa situação. A família pensa que poderá estar ligado à presença do Presidente João Lourenço no 80º aniversário de Magalhães Paiva Nvunda, marido da magistrada jubilada, numa tentativa de o (a) aliar à “cabala de perseguição que o novo líder do MPLA faz aos filhos e ao antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos”.
Certa ou errada a justificativa parece incontornável. João Lourenço quer apagar todas as marcas de Eduardo dos Santos no MPLA esquecendo-se que nessa aventura de raiva, ódio e ingratidão, vai – como no passado – “plantando” outras vítimas e destapando os podres de uma organização partidária que ao longo dos 45 anos, (des)governa o país como se fosse (se calhar é) uma propriedade dos senhores ditadores que lideram o país.
“Definitivamente, num estado físico debilitado, face à maternidade, não poderia a camarada Gi nem ordenar prisões, tão pouco comandar operações, pelo que estamos na presença de um equívoco”, garante o familiar.
Mesmo dando credibilidade à tese de que se tratou de um “equívoco”, uma realidade é inquestionável; João Lourenço está a conseguir mostrar ser o MPLA um autêntico saco de gatos, em que só no documentário toda a sua história, líderes e dirigentes anteriores, que não agradam o novo chefe, se arranham, não imaginemos como se assassinarão, num futuro, que se aproxima vertiginosamente, quando o filme começar.