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O presidente em fim de mandato da Libéria, George Weah (E), concedeu sua derrota nas eleições ante Joseph Boakai (D), vice-presidente do país africano entre 2006 e 2018 afp_tickers.
18. novembro 2023 - 02:10
3 minutos
(AFP)
O presidente em fim de mandato da Libéria e lenda do futebol, George Weah, concedeu, nesta sexta-feira (17), sua derrota nas eleições presidenciais de terça-feira ante o opositor Joseph Boakai, que liderava a contagem de votos com 50,89% com quase todas as urnas apuradas.
Em um discurso na rádio pública, Weah, eleito em 2017, admitiu que seu partido "CDC perdeu as eleições, mas a Libéria venceu". "É o momento da elegância na derrota", afirmou.
"Os resultados anunciados esta noite, embora não sejam definitivos, indicam que Boakai tem uma vantagem que nós não podemos recuperar. Falei com o presidente eleito Joseph Boakai para parabenizá-lo por sua vitória", disse Weah.
Os resultados publicados nesta sexta pela Comissão Eleitoral, com os votos apurados em mais de 99%, davam a Boakai, de 78 anos, 50,89%, contra 49,11% de Weah.
Boakai dispunha de pouco mais de 28.000 votos de vantagem quando haviam sido contabilizados mais de 1,6 milhão de cédulas.
Mais de 2,4 milhões de eleitores estavam aptos a votar nas eleições deste país anglófono da África Ocidental que busca o desenvolvimento e a paz após anos marcados por guerras e epidemias.
A Comissão Eleitoral não apresentou dados precisos de participação.
Ex-astro do futebol, Weah defendeu as camisas de grandes clubes europeus como Milan, PSG e Monaco, entre outros. Além disso, foi único jogador africano a ganhar a Bola de Ouro, em 1995.
Seu mandato como presidente do país foi muito criticado porque ele mal cumpriu suas promessas, como melhorar as condições de vida dos mais pobres e lutar contra a corrupção.
Boakai, por sua vez, foi vice-presidente de 2006 a 2018 e prometeu restaurar a imagem do país, desenvolver a infraestrutura e melhorar a vida dos pobres.
Mais de um quinto da população da Libéria vive com menos de 2,15 dólares por dia (pouco mais de R$ 10), segundo o Banco Mundial.
Estas eleições são as primeiras organizadas sem a presença da missão das Nações Unidas no país, criada em 2003 para garantir a paz depois das guerras civis que deixaram mais de 250 mil mortos entre 1989 e 2003, e cuja memória se mantém viva.
fonte: https://www.swissinfo.ch/
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Samuel