Ser candidato natural de um Partido pode ter várias interpretações, e pode até significar também que NÃO O É OBJECTIVAMENTE, por circunstâncias subjectivas ou objectivas que possam não ser favorável a intenção ou desejo em se candidatar a um cargo público. Parece-me importante admitirmos que não podemos antecipar quadros em jeito de conclusão quando a procissão ainda vai no Adro. Ser candidato natural até a apresentação normal de uma candidatura, faz muita diferença e esta é distância entre duas estrelas, por isso aguentemos os cavalos de corrida até ao momento da partida, aí sim havemos de reconhecer as personalidades do País que se apresentam para a prova mais bonita e ao mesmo tempo mais difícil desse dia, o primeiro dia de suas vidas como CANDIDATOS NORMAIS ou CANDIDATO NORMAL e não natural ou espontâneo ao cargo.
Conto uma pequena história: uma vez num pequeno restaurante alguém é identificado como o cliente neurótico da feijoada, havendo na ementa este petisco está pedido o prato e sem palavras, a clientela já sabe disso e ele próprio habituado a identificar-se como o rei da feijoada, ele adora. Mas só que um dia ao entrar na sua "tasquinha" preferida, senta-se e fica a saber que já não há feijoada, a última dose está a passar-lhe a frente dos olhos para um cliente ao lado, ele não gostou e então levanta-se, dá um murro na mesa e reivindica a última dose a poisar na sua mesa, e porquê, uma interrogação que ficou no ambiente do restaurante, ele então diz, porque eu sou o cliente-primeiro da feijoada, por isso é "natural" que me seja servido a última feijoada.
Esta reacção causou perplexidade e desconfiança entre os clientes que estavam todos a deliciar o que cada um pediu, até porque havia muito por onde escolher e sentar para comer, murmurava-se; não vale a pena esticar-se tanto porque a cama é curta, ainda por cima há lugares para se sentar para todos e venham mais que há-de chegar.
Nisto a feijoada fez uma contra-curva e aterrou-se em cima do balcão à espera da segunda ordem de voo, não vá a clientela habitual ficar coçada da desconsideração latente no comportamento do cliente-primeiro.
Meus caros amigos acreditem que a feijoada ainda continua encima do balcão do restaurante à aguardar um sinal definitivo, no sentido de se saber se vai ser leiloada ou se se atira a moeda ao ar, eis a situação complicada em que se encontra o Sr. Perícia, actual dono do restaurante, em saber se dedica a inesperada feijoada ao cliente-primeiro ou se deve ouvir os restantes do ambiente da tasquinha e decidir o que fazer a esta dose mais desejada na culinária "masculina", todos eles não resistem ao charme e apresentação desta delícia, temos aqui o melhor exemplo disso.
Mas o Sr. Perícia como muito inteligente que é, conhecedor das taras e manias da sua clientela, deve tirar uma solução da manga. E que saiba bem a esmagadora maioria, para sossegar as pupilas gustativas a encher a auto-estima de alguns, facto esse que nos faz adivinhar os próximos capítulos ou cenas eventualmente surpresas a justificar mudanças de estado de espírito e de carácter de alguém visado no meio disto tudo. Vamos ver!
Por uma questão de bom senso a feijoada devia seguir o seu primeiro destino (mesa ao lado) e, não poisar na mesa do cliente-primeiro, pela mística atrás da orelha, talvez evitasse uma prenda "envenenada", talvez se evitasse o mau "olhado", talvez modificasse o seu comportamento perante os olhos dos "amigos", passar a ser admirado pela tolerância, respeito ao próximo na igualdade de circunstâncias e de condições, porque como cliente ocupado, trabalhador nos projectos iniciados, não vá deixá-los por causa da inesperada e última feijoada a ser servido, deve então comer o que tem entre as mãos, tirar o proveito de uma boa digestão, do que "lutar" por um inesperado e último prato a ser servido a alguém, vale a pena pensar nisto!
Devemos evitar a angústia de separação entre irmãos por causa da "comida", a comer com as mãos ninguém mete a colher, é mal visto, deve-se dançar como os outros para não levantar suspeitas, não provocar a tranquilidade dos demais do grupo, deve-se respeitar o desejo dos outros e perceber se é desejado primeiro, antes de se intitular ao mais amado, pode estar enganado, pode custar caro, ainda mais caro do que todo o feijão possível e imaginário na cabeça de alguém...
Devemos todos unir esforços e fazer uma corrente de pensamento positivo centrados nesta CAUSA NACIONAL, essa energia magnética dirigida através do magnetismo pessoal, se chegar chegará bem com certeza levando até o que ninguém diz em voz alta, porque o silêncio também é comunicação e exerce função terapêutica, basta sermos intensos no desejo, por vezes resulta meus amigos, tudo de bom e pensamento positivo até o dia da vitória final. Que os camaradas (políticos) que trazem os destinos da Nação na ponta do lapis, tracem com firmeza e transparência os destinos do Povo e, que Deus ilumine e abençoe os objectivos.
Djarama
Filomeno Pina
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Samuel