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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A Guiné-Bissau inicia hoje um levantamento dos recursos e infraestru...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Artigo de Opinião: Boca calada, Mukur-Mukur. Não obrigado.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Boca calada muda o hálito, o ar não circula, não se renova, a língua atrofia, não há movimento em cadeia (pensamento, fala, expressão e renovação da mente), há nada ou quase nada, subdesenvolvimento pessoal, ausência de estimulação e troca de experiências, é verdade que calados não se morre pela boca, mas, não é menos verdade que afecta o nosso estado interior da alma, causando raiva e perturbações sérias à nossa saúde derivadas de alterações emocionais, frustrações, desesperos e até, levando a morte ou por omissão e abandono de tudo o que somos em mãos alheias, por vezes o não-falar é o pior golpe psíquico que podemos desferir contra nós próprios, provocando auto-agressão,  destruindo a nossa convicção, delegando para o segundo plano o que dantes era prioritário para nós, o que pode simplesmente vir a custar a vida livre e saudável que reconhecemos, simplesmente porque é importante falar, manifestar esta capacidade que ganhamos antes dos doze meses, porque é que mais tarde optamos por não-falar, não parece saudável.
NÃO devemos continuar em silêncio, vale sempre a pena dizer o que sentimos, independente da razão dos factos e motivos para ficar calado, mas, calar por muito tempo (alto e pára o baile), algo vai mal de certeza absoluta, então meu amigo junta o teu Ser ao que de melhor é o Ter esta capacidade, vamos exercitá-la, sem medo e com liberdade de expressão, temos voz própria, o grito que sai do peito emana da emoção do ser, nós próprios, temos uma palavra a dizer, temos um VOTO a cumprir, com a dignidade com que costumamos enfrentar a vida, amar, tratar do que é nosso e do semelhante, vamos falar, dizer, corrigir, proteger o que sentimos a começar por não prender palavras na boca, acabam por cheirar mal, acabam por atrofiar a nossa essência, inteligência, porque neste aspecto, sufrydur kata pady fydalgu, apenas um cobarde,  com complexo de inferioridade e subdesenvolvimento, um handicap de estimulação por falta de iniciativa ou hábito de falar que perdeu-se, esta competência nasce de dentro para fora e, é com certeza um bebé lindo que trazemos na boca-aberta, não fechada, a nossa FALA.

Alguns de nós talvez somos o rosto da coragem que outros desejariam ter e não movem uma palha para dizer o que quer que seja, com "receios" nem uma simples opinião pública dão, trazem as amarras em volta dos braços, a mímica não fala com eles, chegando a boca tapada, tapando tudo e a permitir somente um ângulo para escapar a visão, porque ainda é permitido ver e até quando não sei, disfarçar tudo, até uma borboleta escondida que voa, voa e não pousa cá fora por desconfiança, engana mas não está enganado, sabe tudo de fresco, continua escondida  e pronta para soltar uma fuga para a frente, isto é, se o sino tocar a rebate, só com muita gente na rua esses irmãos ganham coragem para se misturar na multidão, onde podem esconder diluídos nas massa humana, como uma palavra sem sentido no meio de um texto complexo que ninguém sabe ao que está a fazer, mas em coro solta a voz misturada com o barulho, expulsando o tom de voz forte e aos gritos de abaixo, vivas, ou a ouvir-se que queremos liberdade. Pois só quando arrancarmos as amarras e tomarmos o tom dos nossos destinos nas mãos, com o punho fechado em sinal de protesto, dizendo basta, chega de boca calada e dedos presos ao medo de e só de, falando podemos passar o nosso testemunho verbal, opiniões e atitudes públicas sem o medo de represálias e exclusão, só com a boca aberta se pode falar lembre-se.

Vemos mãos que evitam deixar pingar as pegadas, por isso evitam sinais que os possam denunciar ao controle do sistema, o pão que o diabo amassou à espera à porta de quem vier com ousadias ou coragem, este fica marcado e é capaz de perder o pedaço que o diabo oferece, é vigiado, tentado a ser comprado como um livro para ocupar um lugar na estante de uma biblioteca “segura”, debaixo de olho, com portas de vidro à prova de bala, trancados por uma fechadura, não podendo falar, apenas levantar ou baixar o braço, pode até pensar, mas, só expressam levantando ou a baixar o braço, os braços estão arrumados, parados durante muito tempo, só acordam para baixar ou para apontar para o tecto em sinal de acordos combinados, isto é, uma terapia ocupacional com função terapêutica para recuperação motora de tanto tempo em que ficam parados e atrofiados dos músculos finos habituados a mexerem, agora estão parados outra vez por desconfiança do novo patrão da casa, um chefe "novato", mas chefe dos mais velhos, sempre atento, é informado constantemente pelos "funcionários" como mandam as regras da capelinha, onde não há segredos, mas, há um único segredo, o da maldita boca calada como regra de ouro, quem não gostar muda-se.

Agora parece que é assim, quem está fechado em casa não vai a janela, se pensa, tem que dizer de braço no ar, será que sempre foi assim, só sei que sempre fui independente destas regras em  que as ordens funcionam como regras para cortar as pernas a gente do povo, prefiro ser verdadeiramente do Povo, do maior Partido da terra, mãe de todos os "militantes", os sem cartão de identificação, onde não é preciso saber ler ou escrever para dizer tudo o que somos e pensamos, pertencemos aos que não pertencem às capelinhas, a nossa Sede é a rua, os locais de trabalho, a casa de família onde enfrentamos tudo em grupo, na união com o nosso semelhante, o nosso estatuto tem apenas três frases objectivas e claras para todos, até um maluco identifica o seu estado, são eles: 1- a liberdade com responsabilidade assumida e respeito ao semelhante; 2- a justiça com sentido de perdão na recuperação do comportamento desviante; 3- a solidariedade a custo zero para os mais carenciados ou necessitados.
Somos um Povo habituados a do fazer para todos e sem excepção, um Povo dador de ideias, dador do seu trabalho honesto no dia a dia, que não vai a lugar nenhum para estar com o povo, Já É O POVO, está em tudo, nos lugares onde moram necessidades, dificuldades, temos sempre um diagnóstico correcto das situações onde somos precisos, não olhamos para ninguém a partir de um cartão de militância, vamos tendo lideres emergentes de acordo com as situações no terreno, nunca um chefe mas pouco, ou muito, ninguém trabalha a prazo, só a tempo inteiro, estamos atentos à Mãe-Terra, não há palcos, mas uma única plateia com igualdade de circunstâncias e de condições, somos todos do mesmo Povo, com os cartões de militância nos bolsos qualquer um pode e é como nós, Independente na sua condição cultural, social, material ou intelectual, porque não há para nós dois mundos, conhecemos sim, padyda dy um mama, a Guiné-Bissau.

Cuidado camarada a Guiné-Bissau está nas tuas mãos!

Tudo o que fizeres de bem na Guiné-Bissau recebes gratidão e reconhecimento do seu Povo, terás um ganho no mínimo a dobrar, acredita nisto, aqui não há esquemas, o que acaba de ler é para quem tem fé ou agnóstico, este Povo nunca tirou nada de ninguém, pelo contrário, é absorvido do seu mar à terra e, não tarda será mais e mais, senão metermos trancas às portas todas de entrada fronteiriças terrestres e aéreas, saber quem somos, quem vem por bem, quem é simplesmente mau, explorador e bandidos, estar atentos e como sempre trabalhador, porque somos um povo humilde, amigo, mas, chegou a hora de não mais confundir muita coisa a meter tudo no mesmo saco sem noção das diferenças por vezes acentuadas ao nível de conhecimentos, sabedoria e a real aptidões de cada um reconhecidas no terreno, basta escolher bem, temos a quem, somos muitos, estamos em todo o lado, de analfabetos à cátedra, passando por valores culturais de  lideres tradicionais, figuras públicas de reconhecimento e contribuição no terreno mais do que revistos entre nós, temos tudo para não nos aproximarmos dos menos bons, e não escolher mal, somos todos Guineenses (bonitos, feios, criminosos, doentes, dentro e fora do chão da Guiné-Bissau ou, na Diáspora), não vale a pena tapar o sol com a peneira porque  ninguém de bem vende a Mãe que é de todos, ninguém de bem tem medo do próprio irmão, se tem é porque esconde qualquer coisa ou que algo escondido foge de quem tem olhos para reconhecer o gato com o rabo de fora, mesmo que fossemos só filhos adoptivos ou "convidados", lutamos sempre para proteger quem pariu ou cuidou e protegeu os seus filhos, todos e sem excepção,  desde o nascimento que este chão guarda a nossa primeira cicatriz (o umbigo), então devolvemos a esta terra o PODER do nosso amor, com isso sim não se brinca, não confundir o brinquedo com o utilizador da sua função e propriedades lúdicas, podemos brincar, inventar brinquedos novos, mas NÃO VENDER nenhum deles para no futuro servir aos nossos netos, por isso protegemos a Mãe-Terra-Guineense, e não tem preço toda a força do seu Povo. É preciso cultivar a tradição de valores culturais, sociais e do desenvolvimento sem fazer refém o Estado da Guiné-Bissau. Alerta Camarada e toma conta do que é teu!

Sabemos todos que o VOTO tem PODER, é verdade, mas, não é menos verdade que essa força é do Povo e de mais ninguém, mais do que qualquer partido na face da terra, podemos é escolher mal e com isso fazer a entrega dos nossos destinos aos menos bons, preterindo os melhores filhos da terra, pensa nisto, o teu voto nas urnas representa o teu poder e sentido de justiça, a tua voz do passado e futuro do que sempre pensastes para o teu País, vais decidir de acordo com a tua consciência, ela não está a venda, não é de ninguém senão tua, o teu voto, é de uma extrema importância, basta pensarmos que há muitos filhos da Guiné-Bissau que não podem votar, dentro e fora do País, por razões várias que não passo a expor aqui e agora, mas que sabemos muitas, então meu camarada e amigo, o feliz contemplado com esse direito deve lembrar que o  seu voto e sentido de voto, para além de individual, materialmente ultrapassa a si próprio indirecta e subjectivamente, representa muito mais, representa o facto do meu amigo e camarada ter nas suas mãos o destino do País na boca das urnas, há aqueles que não o podem fazer, longes nas distâncias que a natureza lhes reserva no mesmo planeta. Portanto tem nas suas mãos uma relíquia que pode vir a transformar o nosso país num futuro cada vez melhor.

 O VOTO É REALMENTE PODER, É TEU, FAZ COM ELE PARTE DA TUA CONSCIÊNCIA.

Djarama.
Filomeno Pina.

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Samuel

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