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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Impasse político-militar pode desencadear crise humanitária na Guiné-Bissau.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

epa03184134 A soldier disperses a group of demonstrators protesting against the current political situation in Guinea-Bissau, in the country's capital Bissau, 15 April 2012. Political leaders gathered for a third day of talks in Bissau, under direction from military leaders to find a solution to the country's crisis, brought on by soldiers seizing the interim president and prime minister less than 72 hours prior. On 12 April 2012 a group of Guinean military attacked the residence of Prime Minister and presidential candidate, Carlos Gomes Junior, and held various strategic points in the capital of Guinea-Bissau. The events preceded the beginning of the campaign for the second round of the presidential election scheduled for 29 April. EPA/ANDRE KOSTERS

Em entrevista à DW África, Marisé Castro, da Amnistia Internacional, chama a atenção para a deterioração da situação dos direitos humanos no país, caso a crise entre governo e golpistas não se resolva rapidamente.
Para a especialista em Guiné-Bissau junto à Amnistia Internacional, a fuga de cidadãos de Bissau por medo de represálias por parte do exército pode aumentar a pressão por comida e alojamento no interior do país e levar a uma crise humanitária.
DW África: Que avaliação a Amnistia Internacional faz da situação na Guiné- Bissau neste momento?
Marisé Castro: Nós estamos muito preocupados. Não só com a prisão do antigo primeiro-ministro e do presidente interino, de quem com certeza estamos a pedir pela libertação. Mas nós estamos muito preocupados porque achamos que há mais pessoas detidas e não sabemos quantas. Estamos a pedir que o Comando Militar publique uma lista de quem são, quantos e onde estão. O problema é que há um vazio político no país neste momento. E a comunidade internacional tem que dedicar mais esforços.
DW África: E como a comunidade internacional poderia exercer mais pressão?
MC: Acho que a comunidade internacional deve trabalhar de maneira mais conjunta. Estamos cientes do comunicado da CPLP, muito forte, muito importante, a CDEAO também, as Nações Unidas e muitos governos. Acho que precisamos da união de esforços entre todos eles para exercer essa pressão.
DW África: A comunidade internacional tem lançado apelos ao Comando Militar na Guiné-Bissau, mas até agora esse Comando mantém os políticos em sua custódia e outras pessoas também. O que a Amnistia Internacional tem feito, para além de lançar apelos?
MC: Estamos com a imprensa para também divulgar o que está a acontecer lá. E estamos a pressionar para que os governos atuem. Temos recebido respostas positivas, de pessoas dispostas a levar o tema a organizações regionais e às Nações Unidas, mas não há uma resposta concreta, porque a comunidade internacional também ainda está a pensar a sua estratégia.
DW África: Caso a situação não se resolva, consegue imaginar um quadro da situação na Guiné-Bissau?
MC: Acho que é uma situação um tanto insustentável. Se não houver uma solução rápida ao vazio que há, a situação dos direitos humanos poderia deteriorar-se mais. Não só os direitos civis e políticos, mas também os econômicos e sociais. Estamos a ouvir que já há pessoas a fugir de Bissau por medo. Então isso poderia criar uma situação de crise humanitária. Se as pessoas saem de Bissau e vão para o interior, vão pôr muita pressão no interior, na alimentação, acomodação, etc. E também estamos a ouvir que o Hospital Simão Mendes está a ter dificuldades: não tem água, não tem alimentação. Se não houver uma solução rápida para esta situação, vai haver uma degradação da situação dos direitos humanos, civis, políticos, econômicos e sociais.
Entrevista: Carla Fernandes
Edição: Francis França/António Rocha
fonte: DW

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Samuel

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