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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Angola: "Sinto que ressuscitei e o organismo funciona normalmente”.

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É jornalis ta de profissão e é um dos casos bem sucedidos de cidadãos angolanos que recebeu um outro rim através de um transplante, realizado em Espanha. 
Abílio Cambambe confessa que depois da operação sente que “ressuscitou, o organismo funciona normalmente e continuo a fazer a medicação que me foi recomenda pelo corpo clínico”. Desloca-se cada seis meses ao país onde foi submetido a cirurgia para efectuar revisões normais. 
Tudo aconteceu em finais de 2009, três anos depois de ter deixado Angola com a vida em risco. Por isso considera a sua experiencia como “sui generis”. 
“Graças ao facto de ter um parente a viver em Espanha e dado os recursos escassos no país era impossível fazer um transplante. Então, recorrendo ao familiar fui a Espanha e num espaço de três anos consegui”, explicou Cambambe, alertando que “isso não é muito normal acontecer porque o transplante se processa em cinco ou seis anos, em função da lista de espera que um indivíduo está sujeito”. 
Vivendo uma certa debilidade física, o nosso interlocutor emagrecia a cada dia que passava, algo que as analises efectuadas aqui no país não conseguiam identificar, porque diagnosticavam sempre tensão alta. Era esse o diagnóstico tanto nos hospitais públicos como privados, que só foram deixados de parte quando por orientação de um médico recorreu ao Hospital Militar Principal onde se consegui identificar a verdadeira patologia. 
“Tinha os rins praticamente paralisados. E quando isso ocorre está associado a não evacuação da urina e fica alterada a composição do sangue, o que é fatal. O médico recomendoume que num espaço máximo de 15 dias procurasse alternativa no exterior porque tinha poucas possibilidades de sobreviver em função do estado em que me encontrava”, garante o jornalista. 
Hoje sente-se como se não tivesse passado numa operação do género, que só foi possível graças ao apoio da empresa onde funciona, a Radiodifusão Nacional de Angola (RNA), e particularmente do então director e então ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais, segundo o próprio profissional da casa. 
Cambambe não menciona concretamente quanto gastou porque a operação foi feita no serviço público de saúde espanhol. E agora serve de fonte de inspiração e ajuda a outros pacientes que procuram esta solução no exterior, um dos quais viajou recentemente para um país asiático e já desembolsou perto de 120 mil dólares. 
O nosso interlocutor lamenta a não existência deste serviço no país porque existem muitas pessoas que padecem da mesma doença que ele sofria. Diz mesmo que “a doação de um órgão não é como ir comprar uma fruta numa loja, mas sim algo fundamental para que as pessoas possam sobreviver e transpor determinadas barreiras”. 
“Sei que o país não tem um processo de legalização, que é algo que me surpreende porque as autoridades deviam tomar com mais acuidade este aspecto porque existe muita gente a precisar de órgãos. Quanta gente? Quantos quadros este país perde porque não há instrumentos legais que permitam a realização de transplantes no país?”, questiona Abílio Cambambe, realçando que “já não está em causa a capacidade técnica porque é possível fazer-se a aquisição dos equipamentos para a realização dos transplantes”.  
Ele vê a questão religiosa como algo subjectivo porque os que recorrem a um transplante fazem-no de forma consciente. “Estamos atrasadíssimos porque não há informação que possa dar a percepção de que as autoridades estão empenhadas em desenvolver esta área das ciências médicas no país”, desabafou. 
O entrevistado, que regressou ao país há um ano e meio, já ouviu falar da proposta de lei que passou pelo Ministério do Interior, mas acredita que as coisas não fluem. Da mesma forma que desejam aqueles que necessitam de um transplante. 

fonte: opais.net

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Samuel

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