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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ex-Presidente da Libéria condenado a 50 anos de prisão.

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Charles Taylor, condenado


Um tribunal especial para a Serra Leoa condenou, na quarta-feira, 30 de maio, a 50 anos de prisão, o ex-Presidente da Libéria, Charles Taylor por armar rebeldes do país vizinho em troca de “diamantes de sangue”.
Trata-se da primeira sentença pronunciada contra um Chefe de Estado por um tribunal internacional desde os processos de Nuremberga, na Alemanha, contra criminosos de guerra nazis em 1946.
Em abril, Charles Tylor, de 64 anos, foi considerado culpado de todos os onze pontos de crimes de guerra e contra a humanidade, apresentados pela acusação. O tribunal sedeado na Holanda concluiu ter provas suficientes para o negócio fechado entre o ex-líder liberiano e a Frente Unida Revolucionária da Serra Leoa (RUF) durante os dez anos de uma guerra civil que durou até 2001.
Condenado por crimes “horrendos” contra a humanidade
Segundo os juízes, Taylor forneceu as armas, que foram pagas com diamantes extraídas por escravos das minas nas zonas controladas pelos rebeldes. Os soldados do movimento rebelde violavam os escravos, cortavam membros às vítimas e recrutavam à força crianças com menos de 15 anos.
Referindo-se a Taylor, o juiz do tribunal especial, Richard Lussick, acusou o réu “de conluio com alguns dos crimes mais horrendos na História da humanidade”,
Os "diamantes de sangue" pagaram as armas dos rebeldes
Os "diamantes de sangue" pagaram as armas dos rebeldes
acrescentando que os seus atos tiveram repercussões “devastadoras” para as famílias das vítimas e a sociedade da Serra Leoa no seu todo. No tribunal em Leidschendam, na periferia de Haia, Lussik salientou que o senado de juízes decidiu por unanimidade a sentença de 50 anos. O ex-Presidente da Libéria tem tuas semanas para recorrer da sentença.
Taylor manteve sempre a sua inocência
A acusação, pela boca da Procuradora, Brenda Holis, pedira 80 anos de prisão para Taylor, em tempos um dos homens mais poderosos da África Ocidental e uma força motriz de relevo por detrás da guerra civil na Serra Leoa, que custou a vida a 120 000 pessoas. O juiz Lussik considerara, já no mês passado, que Taylor tinha uma influência considerável sobre a RUF, e sobre o seu temido líder, Foday Sankoh, que morreu em 2003.
Taylor afirmou a sua inocência durante todo o processo, insistindo ter sido instrumental para o acordo que finalmente pôs termo à guerra civil no país vizinho. Taylor permanecerá em detenção em Haia sob guarda das Nações Unidas até a finalização do recurso jurídico. Em 2007, o Governo de Londres prometera acolher Taylor numa prisão inglesa, caso fosse condenado, parte do acordo internacional que permitiu que o seu processo fosse levado a cabo na Holanda.
 Celebridades envolvidas no processo
A modelo Naomi Campbell admitiu ter
recebido "diamantes de sangue" de presente
A modelo Naomi Campbell admitiu ter recebido "diamantes de sangue" de presente
O processo durou quase quarto anos, e incluiu o testemunho de celebridades como a modelo Naomi Campbell, que admitiu ter recebido “diamantes sujos” de presente em 1997.
Taylor foi preso na Nigéria em março de 2006 quando tentava fugir do exílio naquele país, onde se encontrava quando foi forçado a abandonar a Libéria três anos antes, sob pressão internacional, para pôr fim à guerra civil no seu próprio país.
Autora: Cristina Krippahl/ rtre, afpe, afp, lusa,
Edição: António Rocha.
fonte: DW

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Samuel

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