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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ARTIGO DE OPINIÃO: DE NARCOESTADO A ESQUIZO-ESTADO, DOIS PASSOS E UM PAÍS...

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


Nesta luta continuada certamente que a vitória virá na hora da liberdade, trazendo a reconquista da paz para o Povo, unidos em torno da esperança num futuro próspero.
À Guiné-Bissau, não a ofende quem quer!
Perguntamos, como quem sabe, se será real este estado social do envolvimento de figuras do Estado no narcotráfico como se diz, e o porquê de tão monstruoso que se pinta este quadro sobre a Guiné-Bissau. Acredito que só por encomenda e bom preço alguém pintaria um monstro deste tamanho, deturpando a realidade no seu conteúdo, deixando implícita uma condenação excessiva e tendenciosa, que peca por dramatizar, associando o problema da droga aos fracassos políticos registados nos últimos meses que culminou com o golpe de Estado. Aqui está uma das conclusões falsas, colocando fora da realidade dos factos quem pensa a partir de notícias da má-língua com o nome deste País nas tintas dos jornais.
Acredito sim, que há criminosos no aparelho de Estado da Guiné-Bissau, como os há em muitos outros Países desenvolvidos que não é este o caso. Pois não havendo um ADN especial para este ou aquele País, temos criminosos e o nome lhe basta, ponto final paragrafo, e o resto são “rótulos” ou pré-conceitos.
Como comparação ainda, parece que alguma comunicação social pretende atribuir nota máxima de gigante, ao tamanho deste monstro (a droga) que actua na Guiné-Bissau, como problema do narcotráfico na costa daquele País.
Se a nota máxima para classificar o volume do narcotráfico no mundo for o tamanho de um gigante por exemplo, então acredito que em relação ao problema da droga, a Guiné-Bissau só tem “anões” como criminosos.
Monstros no tamanho gigante temos, mas dentro do campo da impunidade e corrupção que se vive na Guiné-Bissau na área de Justiça, aqui sim, temos um “monstro” a abater se quisermos optar pela igualdade de direito e Justiça social para todos.
Em matéria de narcotráfico e toxicodependência na Guiné-Bissau, estes crimes não atingiram ainda o tamanho de um monstro ou gigante, pois temos aqui um “anão” no tamanho, seria bom que nem existisse, no entanto, outros Países são de facto amostras de verdadeiros gigantes na matéria, autênticos monstros deste mercado das drogas e, espalhados pelo mundo inteiro.
Quando se diz que o narcotráfico aumentou na Costa Ocidental de África, onde supostamente pretendem insinuar que é descarregada cocaína nas águas da Guiné-Bissau, para posteriormente seguir destinos Europeu e outros, devo lembrar que ao mesmo tempo, nesta informação não dizem em que quantidades, quando e por quem. Aqui falta informação credível e, quanto mais se pinta, mais tinta para borrar ou manchar, é o que pretendem, dramatizar para fragilizar e depois “entrar” como um falso anjo da guarda, para ajudar o País.
Pois então vejamos, se o seu consumo está para outros Países, quer dizer que a riqueza ilícita da proveniência desta mercadoria também está para outras capitais e não para a Guiné-Bissau.
Talvez por isso a máfia receptora deste produto na Europa e outros, continue a esfregar as mãos enquanto as “potências” não se reúnem para fechar esta plataforma de escoamento, que ainda ontem foi aberta para escoar o produto. Alguém ganha com isto e os “polícias” do mundo sabem quem são todos essses Países.
Ninguém faz nada porque preferem manter o nome da Guiné-Bissau como bode expiatório, para disfarce num dos negócios mais rentáveis do planeta, a droga.
Enquanto outros lucram em grande escala, a Guiné-Bissau carrega e suporta o fardo da merda que cheira para todo o lado. Temos a boca suja sem ter comido, enquanto outros Países beneficiam com este marketing e propaganda da má-língua com o nome da Guiné-Bissau, enchem a barriga com os dinheiros deste pó.
Porque há Países que “beneficiam” com este tráfico mil vezes mais do que a Guiné-Bissau, se é mentira o que acabo de afirmar, então que a comunidade internacional ajude os Países da Costa Ocidental de África a acabar com o narcotráfico. Se tal acontecesse, penso que iríamos assistir a um “choro” em coro, mas noutras paradas, nunca na Guiné-Bissau, onde este problema ainda é uma criança.
Posto isto, não podemos admitir seriedade política e responsabilidade pública nalgumas afirmações bombásticas sobre o aumento de tráfico na zona, proferidas sem experimentação séria, nas afirmações que fazem.
Será que quem afirmou isto no Senegal, sabe por exemplo se o volume do narcotráfico nos USA “baixou”, se na Espanha, Holanda, França, Japão, se “aumentou” ou estagnou. Devem estar à espera da encomenda vinda da Guiné-Bissau, pergunto eu, alguém sabe, penso que não, por isso deixemo-nos de brincadeiras e vamos acabar de vez com este “porto” do narcotráfico, que suja o bom nome da Guiné-Bissau..
Há afirmações explosivas de quem quer mais complicar do que aterrar na Guiné-Bissau para trabalhar nisto, acabando com o tráfico, ajudando o Povo a livrar-se de malfeitores sujos, feios, porcos e maus, para isto queremos ajuda dos USA, para mandar bocas, não.
Questionamo-nos ainda como avaliam o que cospem pela boca fora. Tudo isto faz parte de uma campanha de dramatização, já não basta a situação política, social e económica desfavorável que se vive na Guiné-Bissau, acrescentam um “ponto” para desequilibrar ainda mais esta balança, que já manca para o lado “direito”, talvez surja desta direita política na Europa, um “projecto” para acabar com este narcotráfico no ponto de passagem estratégico para abastecer outros cantos do mundo.
Penso que com tudo isto, ainda arranjam um bom pretexto para fixarem bases militares de controlo estratégico para zona de África Ocidental no território da Guiné-Bissau (a ver vamos).
Todos andam à procura do mesmo, com mais um pouco de jeito, uns Srs. Deputados Europeus que já lá estiveram por altura da 1ª volta das eleições Presidenciais, ainda regressam, para negociar um “canto” do Arquipélago de Budjugúz, que mais podem crer, só que a Mãe-Terra não se vende.
Camaradas, vamo-nos deixar de tretas de inspiração invejosa, politiquices de birra, cinismo, egocentrismo e megalomanias partidárias, sentarmo-nos numa mesa redonda e falarmos olhos nos olhos, evitar os erros do passado, dar a mão a palmatória, se for preciso, e, em nome do Povo, cuidar daquilo que é nosso e de mais ninguém.
Se a própria vida acaba, hoje já vamos com atraso mas não é tarde, pois vamos vencer esta crise, para a frente é o caminho. Uma boa Justiça queremos, mas, que traga sentenças que implantem luz, solidariedade, esperança, paz e o perdão entre mulheres e homens Guineenses, não mais ódios e vinganças infindáveis a que temos assistido.
O limite a que chegou esta loucura, diz-nos que não há médico estrangeiro que a cure de vez, temos que ser nós próprios a virar esta página, perdoando, só assim encontramos inspiração e paz interior para pensar a Guiné-Bissau com maturidade profunda, sem complexos, e olhar pela Mãe, cuidar da sua biodiversidade que a natureza oferece a este Povo, gente bonita, trabalhadora, humilde e hospitaleira, pense nisto Camarada, o resto são cantigas desafinadas e de mau gosto.
Após os acontecimentos últimos do golpe de Estado, alguns exageros ouvimos, cada qual acrescenta um ponto, penso que devemos aproveitar para analisar tudo o que se tem dito por aí, separar o trigo do joio e, só depois, decidirmos.
Esta crise não é só na política e no meio militar, é também social, económica, cultural, moral, psicológica e também uma cobrança difícil à imagem do Estado da Guiné-Bissau, afectando duramente um projecto de desenvolvimento sustentado, que mais uma vez, ganha contornos de ficção nesta estrada minada.
Nesta crise, em que mais uma vez demos um tiro no pé, só que desta vez tivemos a particularidade de usar balas com efeitos colaterais diversos, espalhando o veneno mais depressa, o que quer dizer que os do contra ou a favor do golpe, nem sequer vão ter tempo para “discutir” muito, mas haverá tempo para virar esta página e avançar, porque melhores dias virão, só.

Com este conflito político e social verificamos que saltou a tampa da panela de pressão, vejo alguns de nós reagiram ao choque térmico, e com ar de protesto falam em voz alta. Vieram muitos cá para fora do tacho aliviar-se do susto e do calor da madrugada a ferro e fogo, em Bissau, onde nenhum deles imaginava poder escapar com vida, mas estão vivos porque Deus assim quis. Sacudidos pelo medo, foram obrigados a um intervalo forçado, sem tempo estipulado para o recolher a casa. Apenas alguns elementos já se encontram longe do tacho e, talvez fugidos, afastados de um ambiente de pressão interna ou até, refugiados onde estão neste momento como medida preventiva.
São sinais derivados da impunidade vivida no País até ao golpe de Estado, só que hoje são vítimas alguns dos seus maestros importantes (ontem reis e hoje crucificados), são eles os políticos desafinados que dispensaram o lamiré convencional, preferindo afinação selvagem ou de ouvido, para tocarem por cima de “Si” sem “Dó” de ninguém, mas calhou mal acabando expulsos da orquestra pela força das armas.
Na verdade, penso que tudo isto nunca terá um único culpado, mas, por tendência, empurramos as culpas para um único “lobo”, quando há uma alcateia para repartir a sentença. Por isso, aconselho a procurarmos soluções como o primeiro objectivo, e pelos caminhos percorridos os culpados vão sendo afastados ou talvez até perdoados.
Há muito tempo que sabíamos da existência de corrupção e tratamento discriminatório infligido ao Povo, como se toda a plateia estivesse repleta de cegos, surdos e mudos, a não perceber rigorosamente nada, nem os partidos da oposição suaram tanto para a mudança, parecendo até que todos acabaram por aguardar por intervenção musculada e mais forte. Um Parlamento que adormeceu, enquanto as lágrimas rolavam no meio social, silenciosamente, numa aparente acalmia e, afinal, havia monstros e almas desaparecidas, forçadas por crimes cometidos que ficaram por investigar até hoje.
Somos todos um pouco culpados de tudo isto, com o nosso silêncio permitimos a actuação de monstros, de dia e na calada da noite, pelo medo, receios e paranóia, fomos recuando, cada vez mais centralizados no nosso umbigo, fugindo para não ser reconhecido como testemunha, só.
Uma impunidade que crescia como se não tivéssemos nada com que nos preocupar, em relação às mortes por assassinato, crimes de vária ordem e corrupção no País. Se não vimos, imaginamos, mas ninguém fez o que deveria ser feito para evitar o pior. Como sempre, esperamos que alguém faça, para depois cairmos em cima, se correr mal, será por isso que temos dois grandes grupos hoje como “tribunal” (os do contra e a favor do Golpe) para julgar os “golpistas”. Onde estávamos nós antes, enquanto irmãos nossos eram maltratados e mortos durante décadas, pergunto isto, porque todos nós precisamos desta função terapêutica, contida nas respostas que cada um de nós tem dentro de si.
Nunca mais havemos de nos calar, mas usarmos voz própria, quando indignados, injustiçados, e devemos solidariamente unirmo-nos pela causa e apoiar a Justiça social no País.
Acredito que hoje, se arrependeram, um por um, os que fizeram mal ao Povo, alguns só depois do Teatro começar a arder por fogo posto e regimes depostos por força das armas, perceberam o perigo do uso de balas, em vez de palavras, o confronto político como dita a bem-dita Democracia Parlamentar.
Os autores deste golpe, que desta vez não causou baixas mortais, agiram para antecipar uma “bomba” relógio, impedindo o pior (segundo dizem) para o Povo, foram forçados a um contra golpe militar, evitando uma guerra civil ou uma operação cirúrgica de limpeza de determinados nomes na praça. Sabe Deus o que ninguém pode aqui ler,  porque somos mortais, ninguém sabe ao certo o que se passou, mas uma coisa Eu sei, o chão da Guiné-Bissau é sagrado, o Povo vencerá!
Os militares parecem agora ter recolhido aos quartéis, isto é, porque o Governo de Transição por doze meses ensaiou já a sua orquestra noutro tom e compasso de políticas para curto prazo. Tudo leva a crer que a classe castrense retornou às fontes, aguardando os próximos acontecimentos ditados pelo Presidente de transição, certos que somos da opinião que só assim venceremos, nestes poucos meses que faltam para o retorno às urnas mais uma vez, na Guiné-Bissau que é de todos.
Será desta que vamos criar alicerces para construir a Paz, ou temos uma guerra adiada. Pergunto, porque vejo cartas fora do baralho a quererem influenciar o dia a dia dos que ficaram junto da panela de pressão, para trabalhar na organização de novas eleições políticas e democráticas, para retomar o campeonato de Estado com forças activas do País.
Esperamos uma maratona de jogos entre adversários fanáticos espalhados dentro e fora do País, todos aparentam estar em forma, bem equipados, a recolher apoios materiais com palmadinhas nas costas, assinaturas e promessas com chantagem anunciada. Tudo aponta para que haja cobranças difíceis num futuro próximo, por estas e por outras, há que não prometer “o ovo no cu da galinha” e jogar seguro sem comprar árbitros.
Mas muito bem equipados estão os adversários (o governo deposto), num vaivém fazendo corredor político e não só, valendo-se de tudo o que estiver à mão como ferramenta, porque o tempo é de desconfianças, todo o cuidado é escasso (conhecem as couves um do outro) neste clima de tensão que tende a crescer cada vez mais.
Há um ambiente quente na nova selecção (governo de transição) que é quem governa o país, decide as receitas e dietas para o Povo, trabalhando no duro para mostrar resultados previstos neste projecto para doze meses apenas, que mais parece, para doze dias debaixo de um calor intenso, com grande ansiedade e stress nesta equipa de transição que tem os olhos postos na manutenção de um dos três lugares no pódio, num campeonato que já vai a meio. Votos de boa sorte e final feliz para o treinador e equipa técnica.
Vimos que quando saltou a tampa, saltou ao mesmo tempo um alerta, soubemos que afinal falam de boca cheia do “narco-estado”, como rótulo da Guiné-Bissau.
Perguntamos quem são eles afinal, porque talvez sejam conhecidos do grande público, e desde quando, já agora, o que é que ainda não sabemos afinal.
Porque hoje temos ex-dirigentes fora e dentro do País, políticos do governo deposto, acabados de abandonar o barco. Agora quem manda é um Governo de transição que conhecemos, com políticos representantes do Povo, figuras públicas da sociedade Guineense, onde não é fácil descobrirmos o “sexo do anjo” na confusão de conceitos em relação a definição de “narco-Estado”. Ninguém levanta o dedo no ar para ditar um prognóstico ou fazer soar um murro na mesa, dizendo basta de vexame, pouca-vergonha, porque a Guiné-Bissau é intocável, digna da sua afirmação no mundo, dizer basta, o que ainda não se fez e ninguém percebe, porque quem não deve não teme.
Não devemos nunca confundir a estatura e grandeza de um País, com alguns comportamentos corruptos, criminosos e neocolonialistas de alguns dos seus piores filhos, empurrados pela ganância dos dinheiros do exterior.
Somos todos Guineenses, mas atenção, infelizmente alguns, que deveriam apanhar boleia por mar, terra ou ar para se distanciarem de vez da liderança dos destinos do Povo, ainda cá estão disfarçados entre nós, por isso estamos a sofrer há muito, muito tempo. Mas não há mal que não acabe, a própria vida tem os seus dias contados, portanto vamos aguardar, Ele não dormirá enquanto não vir sorrisos de fartura, alegria, esperança redobrada nas faces do Povo, porque Deus não dorme.
Esta questão é pertinente numa grande reflexão a fazermos, para quem gosta deste País, que ama, tem simpatia ou mesmo, por curiosidade, admiração, motivação cultural, identificação política, social ou sociológica, e ainda bem, porque vamos pedir que reflictam connosco em silêncio, em voz alta (escrita), aqui “há pano para mangas” (para mangas largas e estreitas), “porque feijão tem toucinho”, ninguém passará fome de letras neste debate, haverá sempre para todos os gostos, uma conclusão possível.
Porque o mundo hoje fala muito sobre a Guiné-Bissau, por motivos que nos deixam tristes, um País Pykynynu na tamánhu, garamdy na fama (País pequeno no tamanho, mas grandioso na fama) in. Poeta Guineense desconhecido, são horas de levantarmos âncora e navegar em águas profundas, acreditem, este chão fala connosco!
Ultimamente as notícias sobre a Guiné-Bissau são imensas, muitas vezes redundantes, com repetições que já cansam, porque não trazem nada de novo, parecendo que já ninguém perde uns minutos para pensar seriamente no que ouve, no que se vai dizendo, os porquês das coisas que já pouco interessam.
Há conteúdos postos a circular nos media como verdades absolutas, mas parecendo mais figuras estilizadas da escrita, postas a circular na comunicação social, numa repetição que pretende provocar reacções de identificação com rótulos ou estigmas, é como colar um letreiro na testa a um País, leia-se, “tráfico de droga ou narcoestado”, mas que na verdade não passam de um absurdo sem nexo, sem lógica e racionalidade. É preciso isolar “terroristas” que fazem isto constantemente, é preciso defender a Mãe dos abutres que provocam inquietação no berço da Guiné-Bissau.

NESTE MUNDO, TODOS OS PAÍSES TÊM FILHOS PSICOPATAS, CORRUPTOS, CRIMINOSOS, BANDIDOS, PEDÓFILOS, PROSTITUTAS, CHULOS, LADRÕES, DIFICIENTES MENTAIS, TRAFICANTES DE DROGA, PERVERSOS E OUTROS AINDA…SENDO ESTES OS PIORES FILHOS, NINGUÉM OS CONFUNDE METENDO TUDO NO MESMO SACO, MISTURADOS COM O NOME DO SEU PRÓPRIO PAÍS, E, MUITO MENOS, MISTURADOS COM O NOME DO POVO.
PORTANTO, HAJA RESPEITO ABSOLUTO PARA COM O BOM-NOME DA GUINÉ-BISSAU, NÃO CONFUNDIR O BEM COM O MAL E VICE-VERSA…
O POVO NÃO ESQUECE!

O tráfico de droga e a toxicodependência são dois grandes males que afectam as sociedades actuais, deixando desesperadas as autoridades e a segurança do próprio País. Esta “doença” tem nome reconhecido há várias décadas nos Países espalhados pelo mundo. O narcotráfico é um cancro difícil de combater, e ainda, não se conhece nenhum País que se tenha livrado em absoluto deste flagelo (droga) depois de lhe poisar no terreno.
Não é menos verdade que onde chega este problema, instala-se e vai criando raízes, fica para sempre, progredindo ao ritmo da máfia actuante, até se tornar num problema crónico para essa sociedade. Semelhante a isto, só o reconhecemos na prostituição.

Há décadas em Portugal o problema da droga tinha carácter “epidemiológico”, tomando como exemplo o início dos anos /70, quando Lisboa foi considerada zona de maior incidência, um dos primeiros focos localizado deste problema (droga), fixados em grande escala neste ponto no sul do País. Mais tarde alastrou-se para todo o território nacional, numa evolução galopante, porque hoje não há dúvidas que deixou de estar localizado ou isolado, porque o problema já não é “focal”, assumiu proporções “territoriais”, a droga está e consome-se em todo o lado, passou a ser vista como fenómeno, afecta toda a franja desta sociedade, estando espalhada pelo País inteiro. Difícil é descobrir um canto onde ela não esteja infiltrada como tráfico e consumo (toxicodependência) em Portugal.
Pois ela agora chegou, infelizmente, a Bissau, digo isto porque nenhum País no mundo se pode gabar de ter ganho esta batalha, talvez um dia conheçamos um que possa afirmar semelhante vitória, acabando com a droga no próprio País. Bissau também não vai ser o primeiro.
Posto isto, podemos tentar entender as dimensões deste problema que afecta sociedades inteiras ou países chamados fortes, do ponto de vista económico, social e institucional. Pensamos nos Países que sofrem deste flagelo há décadas, que combatem o narcotráfico por meios técnicos e militares, de investigação criminal, judicial, meios científicos (clínicos) de intervenção terapêutica adequada, com ferramentas e técnicos especializados para uma intervenção multidisciplinar em várias frentes de actuação procurar minimizar os danos causados.
Estamos a falar de Países com anos de trabalho experimental batendo na mesma tecla, uma experiência que podemos considerar ”adulta” porque já estão calejados na utilização e aperfeiçoamento destas ferramentas de combate. Estamos a falar de gastos milionários suportados no orçamento de Estado, para minimizar os efeitos negativos na saúde pública.
Pensamos em Países com experiência na investigação nesta matéria (narcotráfico), basta consultarmos a estatística das apreensões de estupefacientes em Portugal por ano, ver a incidência do consumo calculada por ano, toda a intervenção de campo (instituições) necessários no combate à toxicodependência nestes “territórios” do consumo e tráfico de estupefacientes, para percebermos que trabalham muito nesta matéria e com pessoas especializadas, com boa coordenação entre várias frentes de combate, e mesmo assim ela cá anda, não parece ter os dias contados para terminar.
Portanto, a Guiné-Bissau é “ricem nascido” nesta matéria, nada que se compare com outros continentes (EU/USA), podemos imaginar por aqui o que temos de aprender e muito para saber gerir tudo isto, num controle alargado do território Guineense, por mar, terra e ar.
Todas estas fronteiras precisam estar controladas e dirigidas por Instituições do Estado, numa acção concertada, projectada para o combate ao narcotráfico e toxicodependência, será um projecto difícil mas possível, desde que apoiados pelo governo através de instituições de Estado, em parceria com os países vizinhos, com apoio internacional de combate ao narcotráfico e ao terrorismo.
Devemos pensar que este trabalho envolve muita tecnologia que Bissau não tem, e várias áreas do saber especializado que também é insuficiente, pensando num Centro de Estudos e de Profilaxia da Droga, com um gabinete de orientação, prevenção primária e de combate ao narcotráfico, são passos importantes a reequacionar desde o início.
Este modelo de intervenção traduz uma visão daquilo que se faz noutros lugares do mundo, creio que só com um trabalho afinadíssimo nestas estruturas, podemos evitar um descalabro deste flagelo no meio social, que atinge principalmente a juventude, descambando para as famílias na sua dinâmica e funcionamento como um todo.
Visto globalmente tem um peso negativo enorme em qualquer sociedade, tanto do ponto de vista cultural, psicossocial, como também, dos gastos no orçamento geral do Estado, porque estamos a falar de uma intervenção e tratamento para o toxicodependente (na prevenção primária - advertência aos perigos; prevenção secundária - tratamento ambulatório e prevenção terciária – o internamento), portanto, que é também psiquiátrico, psicológico, social e de acolhimento, se for caso disso.
Esta intervenção multidisciplinar acaba por ter custos elevados a suportar pelo Estado, tudo isto sem pensar ainda nos custos adicionais no controle das fronteiras pelas forças de Segurança e Instituição Militar.
Meus amigos, não somos ingénuos nesta matéria, acabar com a droga, sabemos que é impossível, mas está ao nosso alcance minimizar os danos colaterais, a partir de um combate duro e sem tréguas.
Quanto mais cedo começarmos melhor, uma vez que na Guiné-Bissau ainda a noite é uma criança. Devemos bater no ferro enquanto estiver quente, para moldar a gosto e com maior facilidade, sendo que este tráfico começou há pouco tempo, e a toxicodependência ainda há menos, penso que vamos conseguir “defender”, proteger, o potencial alvo (jovens) deste consumo na sociedade Guineense, forçando à lentidão, o seu avanço, tanto no tráfico, como no consumo de drogas.
A Guiné-Bissau precisa de melhores condições e eficácia no seu controle de fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, isto já sabemos, o problema é que não parece suportável o seu custo nesta fase, para o Estado da Guiné-Bissau, mas então, o que fazer?
Podemos pedir ajuda especializada aos organismos internacionais de controlo e combate ao crime organizado (terrorismo e narcotráfico). Seria até benéfico para o nosso País, beneficiarmos de formação especializada e de infra-estruturas, materiais para uso específico na área de combate à droga e ao narcotráfico. Sendo um problema mundial o narcotráfico, onde quer que se localize um “foco” deve interessar automaticamente os gabinetes internacionais de combate ao narcotráfico, a sua “destruição” total desta plataforma de escoamento das drogas.
Imaginamos que a Guiné-Bissau não consegue suportar os gastos desta operação sozinha, julgo que deve ser possível um projecto em parceria com outros Países da zona, afectados pelo mesmo problema, a unirem os esforços para um combate eficaz ao narcotráfico, isto sim, seria mais fácil.
Outra dificuldade pesada para a Guiné-Bissau, é a pobreza e falta de meios adequados para uma intervenção forte e eficaz. Tudo isto jogando a favor dos narcotraficantes, que reúnem meios sofisticados para esta operação criminosa.
Pensamos que será por este motivo que a Guiné-Bissau terá sido escolhida como plataforma ideal de passagem ou distribuição da cocaína, a partir da Costa Ocidental de África.
A repressão pura e simples da marginalidade jovem não pode ser vista como única medida preventiva para controlar este fenómeno, como temos assistido. Temos de tolerar a irreverência da juventude, nela está depositada o carácter da sua escolha pessoal e única, vamos ser mais tolerantes, somos precisos como mais velhos ou como “pai”, para dar este exemplo.
O País terá condições de desenvolvimento económico e social, para travar uma luta contra a pobreza e o fenómeno da toxicodependência, serão iniciativas e propostas de um projecto de vida alternativo, com políticas de apoio sustentado e por iniciativas governamentais, com objectivos definidos para travarmos a marginalidade e ausência de alternativas de vida e adaptação do ponto de vista da formação profissional e do emprego para jovens.
A hipótese de concretizar a paz social no exercício da cidadania, também passa por estas vias citadas. Vejo que não será fácil caminharmos no sentido de equilíbrio social desejado, se não tivermos um projecto de vida alternativo para oferecer aos mais desfavorecidos. É uma mudança que o Estado terá que manter na sua agenda de prioridades para a sociedade Guineense, aconselhar os governos eleitos a  tomar iniciativas concretas, com políticas de acção concretas nesta área que afecta globalmente o estado social. Não pode permanecer tudo na mesma e querermos uma mudança positiva, é simplesmente impossível.
Aos criminosos socialmente bem instalados, e sabendo que são uma influência fraca para a juventude, sobretudo na fase de formação e de escolhas no percurso de vida, são parte desta influência que afecta negativamente este tecido social jovem.
Deixamos um conselho, porque o crime não compensa, eles nunca estão sossegados, podendo até  calhar a má sorte de uma bala dirigida à sua vida e ser fatal ou mudando da condição de luxo em que vivem, para uma cela, para cumprir elevadas penas de prisão. Por isso vale a pena pensar nisto, Sr. Traficante, e também o Sr. Político corrupto, pois estejam onde estiverem, devem pensar muitas vezes nisto e repetir mentalmente, “o crime não compensa, não me vou permitir envolver”, e reprogramar nova vida, esta retirada não será fácil, mas acredite que consegue, e boa sorte. Ajude na mudança de rumo da nossa sociedade será bem-vindo entre as pessoas de bem.
O mundo do tráfico de droga, imagino que seja medonho, frio e calculista, de um equilíbrio precário, no fio da navalha, onde pode cair uma vida e não se levantar mais. Um submundo com regras próprias, que passam com rigor e confiança as “ordens”, quando quebrados as reacções são sempre fatais.
Como devem calcular, para a Guiné-Bissau o narcotráfico nunca foi seu problema desde a independência. Mas hoje temos um País como bode expiatório e só se perde tempo em divagações, numa “droga” de conversa, isto é, perante a propaganda agressiva posta a circular, publicitada com contornos dramáticos, e, quando na verdade, a sua costa está sendo vista como rota de escoamento da droga na Costa Ocidental de África.
Presenciamos um espectáculo inédito altamente orquestrado por criminosos da máfia internacional, que descarregam este produto num País que até hoje nunca lhe tinha tocado ainda uma única nódoa desta natureza.
Pensando melhor, leva-nos a muitas conclusões possíveis de chegar, se pensarmos quais os Países que “lucram” com estas manobras mafiosas nos seus Bancos e com o branqueamento do capital ou lavagem. Percebermos que realmente a Guiné-Bissau só pode ser bode expiatório, servindo para tapar verdadeiros núcleos desta célula gigante da máfia, e espalhadas pelo mundo inteiro como uma doença crónica.
Na apreensão das drogas que é feita em Portugal, Brasil, Espanha por exemplo, sabemos todos que a diferença nas quantidades é “mil” vezes superior à Guiné-Bissau, porque então se anda a bater no ceguinho, será porque a “diplomacia Guineense” anda de muletas há muito tempo, pois é preciso defender mais o bom nome do País nesta matéria, não permitir que “infectados” com este vírus, finjam que são médicos imunes à doença, basta!
Percebemos até o efeito subliminar desta alcunha “narco-estado”, com proporções dramáticas conotadas com o rosto de um País como a Guiné-Bissau. Foi posta a circular há vários anos, pois então meus amigos, por esta razão e ordem de ideias temos muitos “narco-Estados” no mundo inteiro, há telhados de vidro em quantidade significativa, todos aqueles onde se reconhece o narcotráfico, serão também em conceito classificados de “narco-Estado”, obedecendo a uma hierarquia que vem de “bisavós” até chegar a “bisnetos”. Proponho a Guiné-Bissau abaixo da linha de fundo, como um “netinho” no consumo de drogas, e como “filho”, talvez só no narcotráfico, que teve o seu início há meia dúzia de anos e pouco mais.
Isto é a realidade comparada com os outros Países que têm este problema há muitas décadas, Vamos parar de atirar areia para os olhos da Guiné-Bissau e colaborar com este Pais na resolução deste problema que ainda agora começou.
Sabemos que a partir de 2005 começamos a ouvir falar do tráfico de cocaína na Guiné-Bissau, como se os outros países fossem “virgens” nestas andanças mafiosas, hoje passamos para o primeiro lugar dos mais falados, a ser o bombo da festa e de acusações. Alguém conhecedor deste problema acredita nesta novela que coloca a Guiné-Bissau como actor principal?
Pelo contrário, há “recheados”há muito mais tempo em experiências do género, com Bancos para branqueamento de capital ilícito, espalhados numa teia de cumplicidades, fraudes e corrupção planeada, que vamos sabendo nesta mesma comunicação social Europeia que fala da Guiné-Bissau, dando uma no cravo e outra na ferradura, fazendo muita confusão entre a política, o mundo do crime, corrupção e a Soberania do Estado. Deus nos acuda e proteja de tantos abutres que só atacam moribundos ou já cadáveres. A Guiné-Bissau está viva!
Reconhecemos alguns sinais desta máfia, como uma “droga de poder” e não o poder da droga. Tendo a força que tem, compram ideias, cargos políticos ou lugares públicos de liderança, movendo influência e mudando as “trouxas” para novos postos de trabalho, Deus queira que saiam da Guiné-Bissau e deixem aquele povo em Paz.
Uma máfia que fala na mesma língua está em sintonia mas escondida debaixo do mesmo “pano”, dando cobertura uns aos outros a olhos vistos e ninguém “ladra”, ainda ninguém apareceu com mordidela séria, a ponto de querermos arrancar a cabeça do “polvo” que começa a crescer os tentáculos na Guiné-Bissau.
Guiné-Bissau precisa de ajuda para controlar a sua costa marítima, mas há que saber escolher dentro das ofertas e apoios a melhor ajuda. Não pode servir qualquer oferta de ajuda, é melhor sabermos escolher primeiro para evitar escolher a própria máfia disfarçada, e só depois aceitarmos ajuda.
Muitos Países têm “ganhos” indirectos com o narcotráfico ao nível do investimento “comercial” com dinheiro lícito, não só no “betão-armado”, como na indústria, nas empresas, etc. Alguns traficantes aprenderam a lançar foguetes e a apanhar as canas muito depressa, já são donos de negócios que lhes permite lavagem de dinheiro, passando de suspeitos para “senhores” respeitados. Tudo com manobras conseguidas à custa do elo mais fraco ou má investigação judicial no terreno. Enquanto beneficiam alguns, outros são utilizados como um tampão para permitir o encobrimento da cabeça do “polvo”, será o caso da Guiné-Bissau neste momento, porque na verdade mais parece um anão no meio de gigantes sendo o mais falado, só.
O que é profundamente falso, ninguém de bom senso acredita que a Guiné-Bissau de repente passou a ser “narco-Estado”, a não ser que estejamos todos sob o efeito de cocaína, vamos reparando, porque a procissão só vai no adro.
Está montado um esquema para o ingénuo acreditar, “para o inglês ver”, é este o filme, porque há outras versões do mesmo tema, há os que sabem quem são os verdadeiros bandidos neste circuito aberto do narcotráfico pelo mundo inteiro, acreditem se quiserem. Porque há mais Países que não andam a dormir nisto de controlo “intensivo” deste planeta, estão em estado de alerta, não estão a reboque de migalhas ou de cobranças difíceis de “juros” indevidos ao Povo martirizado.
Há Países que ajudam os mais carenciados, e há os que só prejudicam, certo?
Conheço um que está muito atento aos problemas do mundo embora não pareça, é o mais silencioso deles todos, é com certeza a China, este sim, sabe que a Guiné-Bissau não é como a pintam, nisto acredito eu, por isso este País forte tem ajudado e muito, a Guiné-Bissau.
Ensina a pescar e depois oferece cana de pesca, faz grandes obras de raiz e deixa ficar trabalho feito para o Povo amigo. Por onde passam deixam ficar ajudas visíveis, isto em pleno século vinte e um, não se vêm dois como a China no nosso Pais, não vão em cantigas, têm ajudado no terreno e sem ingerir nos assuntos internos da Guiné-Bissau. É um exemplo a seguir!
Um exemplo a seguir e a ter em conta, num mundo actual em que se dá com uma mão e se retira com outra, há que abrir os olhos ou passar a dormir com um aberto.
Devemos abandonar as migalhas que nos oferecem depois de quase vexame público, “quem muito se abaixa, o cu lhe aparece”, sabendo que há uns aproveitadores que gostam disso, os que manipulam e exploram logo a seguir toda a situação. Vamos experimentar andar mais na posição vertical e reconhecer este efeito positivo, parecendo melhor e mais difícil, será nossa maneira de estar e de agir de futuro, com vista a um Estado na verticalidade da sua postura. Há que não confundir o País Guiné-Bissau, com a posição adoptada por alguns dos seus actores políticos no meio desta orgia sadomasoquista.
Para quem pense que há confusão quanto às escolhas, devo então repetir que este País é Sagrado, sempre o foi, profundo nas suas raízes e culturas ancestrais como qualquer outro País que traz ao colo um Povo inteiro unido, sabe o que quer, tem carácter formado e maturidade, caminhando até hoje com a dignidade que o mundo reconhece.

PARA QUÉM TENHA A GUINÉ-BISSAU NAS MÃOS OU NA PONTA DO LÁPIS, PEDIMOS MUITA ATENÇÃO E CUIDADOS ESPECIAIS A TER COM O SEU POVO, SEUS VALORES, USOS E COSTUMES, QUE O CHÃO AGRADECE!

Hoje sentimos fugir o aparelho mental da Guiné-Bissau para fora do seu território, uma sensação estranha, é como ter um carro telecomandado, vendo tudo programado para ser activado, pomos o motor a trabalhar com a ajuda de um “clíc”, substituímos a nossa reflexão, sabedoria, experiência cultural e, acomodamos programados a partir de objectivos desta substituição, e somos usados por estranhos que não se sabe quem são, e a mando de quem estão. Mas trazem o comando nas mãos para fazerem de nós o que bem lhes apetecer e na hora que escolherem.
Esta autonomia do Estado da Guiné-Bissau vai ser difícil de recuperar, mas não é impossível, sobretudo quando sistematizarmos os passos que temos que dar e em sintonia, rumo ao progresso sustentado.
O patrão simbólico que temos na cabeça e que nunca aparece ao vivo ou fisicamente, está na mente de determinadas pessoas que defendem os direitos conquistados ou a conquistar para estes senhores do dinheiro.
O que quer dizer que alguns de nós vendem as nossas riquezas, mas com ideias que vêm de fora, porque adormecidos, andam atrás de migalhas desses patrões, deixadas por distracção e não como um pagamento justo naquilo que é do Povo.
Isto é demais, sei que é um acto levado a cabo com “luvas”, o que permite fazer sem sujar as mãos, mas outra coisa estranha é fazer sem saber que está fazendo ou com quem se está “enrolado”. Por exemplo receber uma comissão sem saber da raiz do dinheiro. Há muita matéria em que vivemos a sonhar acordados, somos guiados pela programação economicista, preparada para extorquir, matar se for preciso, abrindo caminhos, como quem derruba árvores para fazer o seu próprio negócio.
Este perfil das negociatas que se fazem sem olhar os meios, colocando mais filhos da Guiné diante do “bisturi”, sujeitados à acção cirúrgica dos psicopatas da relação comercial, neste caso os senhores do dinheiro, à espera de oportunidade para entrar e implantar o “aspirador”, que chupa até ao tutano o nosso rico País.
Estes rótulos de: “narco-Estado” e “esquizoEstado”, são dois nomes falsos que não têm nada de bom para a Guiné-Bissau, ambos os conceitos têm em comum uma noção de divisão entre pessoas que são dirigentes num País, e acontece uma cisão entre ambos. Dando a ideia de um País fendido em dois, um País com dupla personalidade, separado em dois, há uma voz dentro da cabeça e uma segunda voz fora dela, o mesmo que dizer que o Governo de Transição seria a voz dentro da cabeça, enquanto a voz do regime deposto se encontra fora da cabeça (fora do País) a falar sozinha no exterior.
Mas a voz que governa o País é uma voz mais forte, mais persistente, que está dentro do corpo actuante e no terreno (governo de transição).
A outra voz tenta, de fora, fazer-se ouvir (governo deposto), parece por vezes delirante e ausente, flutuando pelos palcos políticos de alguns Países amigos, arrecadando promessas de apoios em ajudas materiais, no futuro.
Tudo isto faz parecer que estamos diante de um Estado dividido em dois, cada metade com a sua boca, dizendo o que lhe apetece afirmar, se dantes era difícil perceber os políticos Guineenses, agora nem no divã de Freud compreenderão rapidamente a razão deste conflito.
Aconselho aos que estão fora (lideres do regime deposto) a falarem para dentro, mas que sejam mais directos, olhos nos olhos e sentados com o Governo de transição, já faltaram mais dias, e cada vez serão menos, então, tentemos descobrir um mediador capaz, que seja aceite pelas duas partes deste conflito e num País neutro sentarem e conversarem sem complexos.
Estas duas versões activas de liderança neste conflito político cansam. Temos um governo deposto que teima em “governanças” e na versão ficcional ou online, apoiados por ferramentas fora do País, vão falando com amigos do exterior, mas, no entanto, teimam num autismo da comunicação e postura arrogante, em não partilhar directamente as suas ideias com o governo de transição que afinal está a governar na Guiné-Bissau.
Sabendo que não têm terra firme debaixo dos pés, sendo “reis” sem reinado, agem paradoxalmente em tudo, num faz de conta que não se sabe como vai terminar esta cena, bom não vai ser, e desta vez podemos vir a ter confrontos em vários palcos espalhados pelo mundo, fazendo sempre aquilo que estamos infelizmente “programados” a concretizar friamente. Como um comportamento cirúrgico entre pessoas com os mesmos interesses materiais, cumprimos às vezes o nosso instinto de maldade entre Guineenses, a morte, que desta vez poderá não “golpear” só os filhos que estão dentro do País, mas espalhar para outros pontos do mundo onde houver focos de conflito acesos, por haver muita raiva espalhada por vários palcos e “teatros”, ainda sem operação montada, mas que não falta quem o pretenda montados quanto antes, e a caminho do alvo perigoso, derramamento de sangue. Aqui deixo mais uma vez esta pergunta, será que caminhamos inconscientemente para uma guerra?
Se nada mudar vamos ter um mau prognóstico para o desfecho desta sessão e,  por motivos óbvios, mais desgraças, com mais umas etapa cíclica para nova tentativa de reconciliação, com possibilidades de sucessos ou novos erros neste processo de maturação política democrática do Estado da Guiné-Bissau, ainda temos de comer muito sal para amadurecer de vez.
Até hoje ninguém faz nada com objectividade para se resolver este impasse, o que parece doentio mantermos este autismo na comunicação, com vozes que não entram em diálogo senão para dar tiros nos pés, como alguns que no fundo só lutam para se instalar favoravelmente na opinião pública internacional, para ganhar um passaporte de livre circulação, mas deixando para trás o único caminho directo a percorrer rumo ao diálogo que faz falta, o de falar directamente com o Governo de transição.

Se não acontecer já, só será após os doze meses deste mandato, pensem nisto porque vale a pena quebrar esta birra politica.
Este conflito tem alastrado conquistando novos terrenos, já os líderes políticos, empresários e as forças vivas, também estão em cisão, com desconfianças mútuas nos assuntos de Estado. Por influências há uma falsa consciência democrática, talvez por ausência de um período suficiente de prática em democracia estável no País, que são um reflexo do agir e pensar isolados, por falta de coerência entre o pensamento e acção, pois há uma rotura inconsciente com os princípios e regras Institucionais de um Estado de Direito, o que ofende uma concepção de valores e ideais da Nação Guineense, tudo isto faz com que estejamos perante um fenómeno de “esquizo-Estado” neste momento.
Vamos parar com tudo isto camaradas, é um pedido gritante do Povo, vocês sabem e bem o que tendes que fazer para mudar as peças deste jogo de xadrez cansativo e pouco gratificante.
Há que proclamar o culto de honestidade e isenção no exercício de cargos públicos, porque alguns, acreditando que o tolo é quem reparte e não fica com a melhor parte, são influenciados para o desvio de regras de protecção do tesouro de Estado.
Parecendo que há um roubo expectante na cabeça de alguns lideres, e por isso na maior parte das vezes quem governa ou governou, vemos logo pelos sinais exteriores de riqueza, o seu novo “estatuto” do cidadão recheado, atraído pelo enriquecimento fácil.
Uma manipulação efectiva pelo poder do dinheiro, que testemunham uma disfunção comportamental como tendência para o enriquecimento indevido. A começar em certos líderes logo na primeira oportunidade que têm para o exercício de um cargo no Estado ou no governo, condição vista por muitos como a oportunidade única de enriquecer e de tirar toda a família de dificuldades materiais, num País já de si débil do ponto de vista económico, em que o Estado é quase o único empregador, e tudo isto tem favorecido a corrupção e lutas pelo poder na procura de um lugar ao sol.
Tudo junto, tornam estas realidades latentes como um motivo de exploração obvia, sendo vitimas um Povo nas mãos de líderes que são corruptos, revelando por isso uma urgência da necessidade de mudança deste perfil político nos jovens políticos de futuro.
Acabar com isto só é possível num processo transparente, que zele pela meritocracia na sociedade, com abertura politica para os projectos de desenvolvimento sustentado, numa justiça social isenta e sem pré-conceitos.
Com tantas preocupações para resolver até hoje, só vemos um governo sombra fora do Pais, que tentamos compreender o que faz de bom na Diáspora para a Guiné-Bissau,  o País real (já que estão fora), mas confesso que é muita areia para a minha camioneta, o meu tóca-tóca cansou-se do excesso de carga e tem os pneus a arrebentar, vou esperar de pé por melhores dias, porque acredito que os homens se vão entender quanto antes.
Vivemos esta ficção como estando a sonhar acordados, cruzando-nos uns com os outros, do Rossio aos recantos online, afinal estamos juntos outra vez na terra do bacalhau, mas com certeza que desejamos um caldo de “kákry” com limão e malagueta da terra, como tira gosto.
Parecemos todos vindos de uma noite longa de reuniões sem sentido, com trocas de copos e sabores, entre curvas de um abraço apertado ou aperto de mãos, saudações e uns recados para passar, mas que fazem todo o sentido neste sonho, para serem analisados com preocupação experimental.
Quando acordamos, muitas vezes preferimos o retorno ao sonho, parecendo-nos menos doloroso ou que a felicidade é mais intensa, porque a consciência por vezes está triste e dói muito, espero portanto que tanto no sonho como na realidade, Guiné-Bissau seja feliz um dia. 
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NÃO HÁ PAZ SEM TOLERÂNCIA SOCIAL, PENSE NISTO!

Djarama. Filomeno Pina.

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Samuel

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