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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

República Democrática do Congo: M23 exige dialogar com presidente Kabila.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Vianney Kazaram declared Goma to be under the control of M23, urging civil servants to return to work. EPA/TIM FRECCIA

A retoma do quotidiano em Goma continua lentamente, após a conquista da cidade pelos rebeldes do M23 na passada terça-feira (20.11).
As populações, que não conseguiram fugir aos combates entre o exército regular e os rebeldes, estão traumatizadas e ao mesmo tempo devem enfrentar a fome que já atinge muitas famílias. A cidade de Goma parece agora literalmente com um campo de batalha: cadáveres, bombas e tanques nas ruas.
Para a população torna-se difícil enfrentar este quadro e retomar o seu quotidiano. Muitos elementos da população encaram este triste quadro com raiva, mas não podem fazer mais do que chorar e reclamar enquanto o seu dia a dia está completamente paralizado.
Paralelamente, os “novos senhores” da região tentam convencer os polícias e os soldados do exército governamental a se juntarem às fileiras da rebelião.
Josep Kabila, Presidente da RDCongoJosep Kabila, Presidente da RDCongo
Ofensiva do M23 continua até que Kabila aceite negociar
Mas os combates prosseguem, nomeadamente em Saké, no nordeste da República Democrática do Congo, também ocupado na quarta-feira pelos rebeldes do M23. Para a rebelião, a ofensiva contra as forças governamentais vai continuar até que o Presidente Joseph Kabila aceite negociar.
As consequências dos últimos confrontos no leste da República Democrática do Congo estão bem presentes na região: o número de pessoas que conseguiu encontrar refúgio no maior campo de refugiados de Goma, aumentou considerávelmente: Agora são muitas pessoas que devem deslocar-se durante meses de um campo de refugiados para outro.
Espere Pakanie, um habitante da cidade evoca um provérbio africano para resumir a sua situação: “Quando a pessoa não consegue respirar tem que parar de correr”. Segundo Pakanie “algumas pessoas ainda conseguiram partir, mas nós, por causa da fome não vamos conseguir chegar a um outro campo... é muito longe”, concluiu.
Pakanie contou à repórter da DW África que na região os alimentos escasseiam e muitas pessoas morrem devido à fome. Esse quadro é ainda agravado pela falta de segurança. “Estamos no exterior do campo porque lá dentro os hangares estão todos cheios. A segurança é muito má e os polícias não estão aqui para nos proteger”.
M23 pede polícias e militares para entregarem as armas
No estádio de futebol de Goma, um grande número de pessoas respondeu ao apelo lançado pelo M23: num comunicado radiodifundido, a direção do movimento pediu aos militares e polícias, ainda presentes na cidade, para entregarem as suas armas.
Tenente-coronel Eric Makenzi, no estádio de Goma 
Tenente-coronel Eric Makenzi, no estádio de Goma
O tenente-coronel do exército, Eric Makenzi, como muitos dos seus camaradas de armas não tiveram outra escolha senão reconhecer as novas autoridades militares. “Aplaudimos tal como fez a população”, disse Makenzi para acrescentar em seguida “não temos armas para levar a cabo uma resistência. E se continuarmos do lado do governo, ninguém sabe o que poderá acontecer?”.
Apesar dos apelos à calma, nacionais e internacionais, os rebeldes querem prosseguir com a ofensiva, exigem um diálogo direto com o presidente
congolês Joseph Kabila e ameaçam atacar a capital do país, Kinshasa.
Segundo o tenente-coronel Vienney Kazarama, porta-voz do M23 “se as pessoas não querem que Kabila continue a governar, elas têm o direito de escolher e eleger um outro presidente. Se a população disser não a Kabila vamos apoiar a população porque estamos ao serviço do povo. Se formos chamados vamos ajudar a população de Kinshasa".
Autora: Simone Schlindwein/António Rocha
Edição: Cristina Krippahl
Fonte: DW

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Samuel

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