Postagem em destaque

Guiné-Bissau faz mapeamento escolar para identificar necessidades.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A Guiné-Bissau inicia hoje um levantamento dos recursos e infraestru...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Homem condenado a passear na cidade vestido de mulher.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


foto para ilustração.

Um juíz de Marivan, no curdistão iraniano, castigou um delinquente com um passeio pela cidade vestido de mulher. O caso gerou uma onda de indignação e uma manifestação na cidade reprimida com violência.
Um juíz de Marivan, no curdistão iraniano, decidiu no passado dia 15 de abril castigar um suposto delinquente com um passeio pelo centro da cidade...vestido de mulher. O caso despoletou uma campanha no Facebook onde homens curdos se deixaram fotografar vestidos de mulher, juntamente com protestos de feministas e uma carta aberta de vários deputados aos ministros do interior e da Justiça em sinal de protesto.
"Ser mulher não é algo que deva castigar ou humilhar ninguém", pode ler-se na página online com o título "Homens curdos pela igualdade", onde se podem ver homens jovens e adultos vestidos com os trajes tradicionais das mulheres curdas numa manifestação de solidariedade.
Segundo o jornal espanhol "El País" esta é uma reação muito parecida com a que aconteceu em dezembro de 2009 quando se deu a detenção do líder estudantil Majid Tavakoli. Na altura, as autoridades iranianas diulgaram uma imagem sua vestido de mulher tal como a lei do irão obriga a que as mulheres se vistam em público e afirmaram que o jovem tentara fugir da universidade vestido de mulher. Na realidade, tentavam humilhá-lo (mais tarde foi descoberto que o obrigaram a vestir-se de mulher para a foto), mas o tiro saiu pela culatra às autoridades do país e centenas de homens deixaram fotografar-se com a cabeça coberta com lenços verdes (a cor dos reformistas) em sinal de apoio a Tavakoli.
No recente caso não há imagens divulgadas pelas autoridades, mas a notícia do homem vestido de mulher que foi obrigado a percorrer várias ruas da cidade escoltado por agentes da polícia indignou Marivan. Apenas 24 horas depois do sucedido, um grupo de ativistas curdas organizou uma manifestação de protesto contra o insulto às mulheres. Para elas, e para os homens que as apoiaram, o castigo torna-se mais humilhante para as mulheres do que para os condenados.
"A Associação de Mulheres de Marivan condena essa acção e considera-a um insulto às mulheres", escreveu o grupo na sua página do Facebook, onde denunciou o incidente e anunciou a manifestação de protesto. Quem não esteve de acordo com os protestos foram as autoridades que enviaram para o local brigadas anti-motim para reprimir a manifestação. Segundo uma organização de Direitos Humanos iraniana, dos confrontos com a polícia resultaram várias detenções. A violência policial fez vários feridos e uma mulher foi levada ao hospital com uma perna partida.
por Luís Manuel Cabral

fonte: dn.pt

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.

Um abraço!

Samuel

Total de visualizações de página