A Morna de Cabo Verde e BANA, eternamente ligados nos nossos corações, reza o sentimento humano que entre nós alguém partiu, está sem se mexer mais, parado, mas vivo nas nossas memórias, fica no lugar onde não jaze uma estrela carregada de energia positiva, nem cessa nunca a sua luz sobre os amantes da Morna e da Coladeira, sua voz iluminará estados de espírito, para sempre, como símbolo vivo no lugar eterno.
Esta morte que parece mentira, por ser triste como a Morna e viva em cada um de nós, quando cantada, ouvida é sempre igual, no amor, cheio de recordações, dum Cabo verde "engolido" na voz do gigante da canção universal (Morna de Cabo Verde), BANA.
O Cabo-verdiano - BANA - filho de São Vicente (Adriano Gonçalves), oitenta e uma chuvas passadas entre nós, desde jovem, a canção tomou este destino por completo, do Mindelo os ventos da vida trouxe o Rei da Morna até nós, trouxe uma montanha de emoções, com a sua voz sentida em cada canção interpretada (Morna e Coladeira) por Ele. Um toque de alma, que ouvimos durante décadas, duma excelente qualidade de expressão de voz, identificada com as características do interprete na sua música, dum sentimento profundo, que falou com a Morna uma vida inteira, até ao último adeus, hoje, pronunciar o nome - BANA - é quase cantar uma morna, é uma verdade na eternidade, isto que acabo de afirmar, que fique na história de vida deste Homem do mundo inteiro, seu passado e futuro do Rei da Morna, filho de Cabo-Verde.
Eu era miúdo, ainda me lembro do grande BANA conversando com os meus pais em minha casa, nos anos setenta, a quando de uma digressão musical a Guiné-Bissau com a Orquestra Voz de Cabo Verde, e nunca mais me esqueço duma expressão usada pela minha mãe para o descrever, "hy-parssym Budjugu dy Kanhabák!", elogiando a sua expressão e postura corporal, isto num ambiente de confraternização familiar. Ele fica no coração como um remédio d'alma para todos nós, continua dando colo à saudade que fica, este amigo sempre presente, na alegria e na tristeza, no amor, entre os amantes da mesma música, uma testemunha silenciosa aqui está, através do som, da sua voz, que nunca vai parar sua ressonância afectiva, cheia, do tamanho de um gigante da Morna, BANA para sempre.
Obrigado irmão e Camarada.Que Deus lhe dê eterno descanso e Glória.
Djarama. Filomeno Pina.
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Samuel