Cortejo do Pantera Negra dará uma volta no Estádio da Luz, como era o seu desejo.
AFP/AFP/arquivo - Funeral de Eusébio será realizado nesta segunda-feira e cortejo dará uma volta no Estádio da Luz, casa do Benfica.
Os admiradores do futebol de Eusébio têm nesta segunda-feira a última oportunidade de se despedir do principal jogador da história de Portugal, que faleceu na madrugada do domingo. O cortejo do Pantera Negra será realizado a partir das 13h30 e dará uma volta no Estádio da Luz, como era desejo do ex-jogador. O funeral será no Cemitério do Lumiar, em Lisboa.
O corpo do herói português ficará em câmara-ardente até o início desta tarde. Em seguida, o cortejo será composto por uma volta completa em torno do Estádio da Luz, casa do Benfica, e atravessará Lisboa em direção ao seminário da Luz, onde será celebrada a missa de corpo presente. A partir daí, o corpo de Eusébio será levado ao cemitério.
No domingo, milhares de torcedores estiveram no estádio para homenagear o Pantera Negra. As portas só foram fechadas por volta da meia noite, quando não havia mais fila.
Após o falecimento de Eusébio, o Governo decretou três dias de luto oficial e determinou que seja respeitado um minuto de silêncio em cada partida disputada em Portugal. Além disso, a homenagem a Cristiano Ronaldo, que seria feita pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva nesta terça-feira, foi adiada para o próximo dia 20.
Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol, o Pantera Negra defendeu o Benfica por 15 temporadas, entre as décadas de 1960 e 70. Nas Águias, conquistou a Europa duas vezes, além de 11 taças do Campeonato Português. O ex-atacante foi artilheiro da Copa do Mundo de 1966, com nove gols, e considerado melhor jogador do torneio ao liderar sua equipe à terceira colocação, posto mais alto já alcançado por Portugal em Mundiais.
Eusébio faleceu por volta das 4h30 deste domingo, após sofrer parada cardiorrespiratória em sua casa, em Lisboa. O ex-jogador chegou a ser levado ao Hospital da Luz, mas não foi possível mantê-lo vivo.
Para Di Stéfano, o amigo Eusébio foi 'o melhor de todos os tempos'.
Os dois amigos se enfrentaram na final da Liga dos Campeões da temporada 1961/62, vencida pelo Benfica, com três gols de Eusébio.
Após o falecimento de Eusébio, craque português foi o melhor jogador da Copa do Mundo de 1966, o também craque Alfredo Di Stéfano, presidente honorário do Real Madrid, qualificou neste domingo o Pantera Negra como "o melhor de todos os tempos", em declaração ao jornal espanhol Marca.
O ex-jogador do Real Madrid sempre manteve amizade com Eusébio. Curiosamente, o Pantera Negra também chegou a retribuir as honrarias, dizendo que Di Stéfano teria sido o maior jogador de futebol que tinha visto jogar.
A relação entre os craques teve início na final da Taça dos Campeões Europeus da temporada de 1961-62. Disputada em Amsterdã, na Holanda, Eusébio marcou dois gols e liderou o Benfica na vitória sobre o clube merengue por 5 a 3. A vitória rendeu às Águias ao bicampeonato da maior competição de clubes da UEFA na época, já que havia vencido a competição no ano anterior.
Ao final da partida, o jovem Eusébio, então com 20 anos, aproveitou a oportunidade para ganhar uma recordação de seu ídolo e trocou as camisas com Di Stéfano. O português explicou posteriormente que pediu a um colega de equipe que pedisse a camisa ao argentino. "Tinha pedido ao Coluna (atacante do Benfica) para pedir a Di Stéfano que me desse a camisa e consegui, porque ele nem sabia quem era Eusébio", brincou o Pantera Negra, que contou como escondeu o presente do jogador do Real Madrid. "Quando ganhamos, corri para perto dele, ele me deu a camisa e ficou com a minha. A essa altura, me roubaram as chuteiras e os calções, mas consegui guardar a camisa na cueca", afirmou o ex-jogador português.
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Samuel