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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Kadafi mandou derrubar o avião em que 157 morreram, diz o ex-embaixador.

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Esta foi a primeira vez que uma fonte interna, parte do governo de Kadafi, falou sobre o incidente. Declarção está em um novo filme dirigido por Christian Olgiati.


Segundo o livro, estupros eram uma prática diária de Kadafi Foto: AFP

Segundo o livro, estupros eram uma prática diária de Kadafi
Foto: AFP.
Desde o fim do regime de Muammar Kadafi, na Líbia, morto pelos rebeldes em outubro de 2011, muito já foi publicado e dito sobre o ex-líder. Mas, agora, um novo filme dirigido por Christian Olgiati, com depoimentos inéditos de pessoas que tinham muita proximidade com Kadafi, apresenta um retrato amplo do ex-líder brutal e contraditório.
Ali Aujali, o ex-embaixador do regime de Kadafi nos Estados Unidos, começou a carreira na diplomacia líbia poucos anosdepois de Kadafi chegar ao poder em 1969.
Fiquei surpreso ao presenciar, na luxuosa embaixada líbia em Washington, o depoimento de Aujali, no qual ele praticamente despedaçou o ex-líder.
Aujali passou para o lado dos rebeldes em fevereiro de 2011 e se transformou no embaixador deles nos Estados Unidos.
Segundo Aujali, não havia nada de bom no homem cujo regime ele serviu pela maior parte de sua vida adulta. Ele contou muitos segredos do regime de Kadafi e nós checamos todas as acusações que podiam ser checadas.
O embaixador contou algumas histórias que não puderam ser confirmadas, como a acusação de que um homem foi amarrado a dois carros e arrebentado ao meio depois de reclamar que Kadafi havia mantido relações sexuais com sua esposa.
Mas, pudemos checar outras acusações.
Uma foi a que afirmava que em 22 de dezembro de 1992, quase quatro anos depois de o voo 103 da Pan Am explodir sobre a cidade escocesa de Lockerbie, Kadafi ordenou a derrubada de um 727 da Lybian Arab Airlines, o voo 1103.
Um total de 157 pessoas, entre líbios e estrangeiros, morreram.
Depois da queda de Kadafi, a esposa britânica de uma das vítimas tentou fazer com que o novo governo líbio abrisse um inquérito.
Jornalistas juntaram declarações de pilotos dejatos militares na área do incidente, controladores de tráfego aéreo e funcionários da companhia aérea.
Primeira declaração
O mais importante a respeito da declaração de Aujali é que esta foi a primeira vez que uma fonte interna, parte do governo de Kadafi, falou sobre o incidente.
E Aujali afirmou que tinha "100%" de certeza sobre suas declarações.
Segundo o depoimento dele, uma bomba com um cronômetro foi colocada dentro do avião. Houve uma falha no detonador e então Kadafi deu a ordem para o avião ser derrubado perto do aeroporto de Trípoli.
Aujali afirma que o motivo para esta ação era mostrar ao Ocidente, através da imprensa controlada pelo governo líbio, como as sanções internacionais impostas depois de Lockerbie estavam prejudicando os cidadãos comuns da Líbia.
A história divulgada pelo governo líbio é que, sem conseguir comprar peças de reposição, os aviões do país não podiam voar com segurança e os mortos no acidente eram vítimas do que Kadafi gostava de chamar de terrorismo ocidental.
O corpo de Kadafi passou dias em exibição em Sirte, onde se formaram longas filas de líbios ansiosos para vê-lo Foto: AFP
O corpo de Kadafi passou dias em exibição em Sirte, onde se formaram longas filas de líbios ansiosos para vê-lo
Foto: AFP
Mas, a explicação oficial também podia variar. Depois de um tempo, o governo prendeu um piloto de um jato MiG da Força Aérea líbia e seu instrutor, alegando que eles tinham colidido com o 727.
O instrutor de voo, Majid Tayari, nos encontrou em umhotel de Trípoli. Ele insistiu que não houve colisão e disse que viu uma parte da cauda do avião indo em direção do jato onde ele estava.
Algo atingiu a parte de baixo do MiG e iniciou um incêndio. Ele e o piloto conseguiram ejetar seus assentos.
Pedaços da fuselagem do 727 atingiram o jato em alta velocidade e perfuraram o MiG.
O gerente de segurança da Libyan Arab Airlines em 1992, Mahmud Tekalli, também questiona a versão de uma colisão entre o 727 e o jato. Ele acredita que avião do voo 1103 foi deliberadamente destruído.
Fomos até o local do acidente e negociamos nossa entrada com a milícia que faz a guarda do aeroporto de Trípoli.
Na estrada já vimos os destroços do 727 em boas condições, protegidos pelo clima do deserto. Com os destroços nestas condições, as causas do acidente poderiam ser investigadas.
'Escondendo as fraquezas'
Nos encontramos com outra fonte interna, parte do governo de Kadafi. Em uma ilha particular no Oceano Pacífico, conversamos com Lutz Kayser, um projetista de foguetes alemão que trabalhou para Kadafi na década de 1980.
"Ele era uma pessoa boa, humilde e eu tinha a impressão de que ele estava escondendo suas fraquezas atrás de uma fachada", disse Kayser.
A esposa de Kayser, Susanne, afirma que Kadafi era "charmoso e poderia enfeitiçar os passarinhos para eles saírem das árvores", mas acrescentou que depois ficou decepcionada, pois ele não conseguiu estabelecer uma "utopia" na Líbia.
Em Havana, Cuba, entrevistamos Frank Terpil, um fugitivo da Justiça americana que dirigia uma espécie de empresa de assassinatos para Kadafi na década de 1970. O papel dele era matar dissidentes líbios em outros países.
"Kadafi pensava que qualquer um que fosse um dissidente seria eliminado. Ele contratou muitas pessoas em Londres", disse Terpil.
Outro que entrevistamos depois de meses de tentativas foi Urs Tinner, um engenheiro suíço que trabalhou para Abdul Qadeer Khan. Khan já foi considerado o homem mais perigoso do mundo.
Khan desenvolveu armas nucleares para o Paquistão e, depois, ofereceu tecnologia nuclear para qualquer país que tivesse o dinheiro necessário. Kadafi era o cliente mais lucrativo de Khan.
Tinner afirmou que não sabia que Khan era um "proliferador nuclear" mas quando percebeu isto, deu a informação para a CIA, que interceptou um navio com as peças para uma centrífuga.
Também descobrimos provas de que Kadafi abusou sexualmente de meninas.
E uma das guarda-costas do ex-líder, que agora vive escondida, nos contou que acabou com medo de Kadafi.
"(Uma noite) Estávamos indo assistir a execução de 17 estudantes. Eles não foram enforcados. Foram mortos a tiros. Fomos proibidas de gritar. Recebemos ordens para aplaudir", disse.
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Samuel

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