Postagem em destaque

Congo-Vie des Parties: Homenagem da UPADS ao seu Presidente Fundador, Professor Pascal Lissouba, que completaria 93 anos, neste 15 de novembro de 2024.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A União Pan-Africana para a Social Democracia (U.PA.D.S) celebrou, n...

quinta-feira, 20 de março de 2014

OPINIÃO: QUEREMOS UM PRESIDENTE PARA TOOS OS GUINEENSES.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...




Querer é poder! Queremos um “árbitro-inteligente” para merecer o prestígio, com toda a dignidade merecida de um Presidente da República da Guiné-Bissau, como símbolo de unidade nacional e do Povo Guineense!

Caros compatriotas e amigos, creio convictamente que a um candidato à Presidência da República, independentemente do apoio do seu Partido para se candidatar ou se, como Independente avançar na sua candidatura, existirá sempre motivação pessoal suprapartidária, e em todos eles (partidários ou independentes). Reconheço porém um estado de espirito para além da militância do individuo num Partido político, i. é, por se tratar de uma Candidatura Presidencial.

Este estado da motivação do candidato à Presidência da República, manifesta-se em dois momentos ímpares, o antes e o depois da vitória eleitoral. Altura para maior transparência desta mudança de comportamento, é o primeiro discurso de vitória como Presidente para todos.

O candidato partidário, findo o escrutínio e como vitorioso, ganha coragem para lançar a camisola do “partido” que representou durante a campanha, para o chão.

Enquanto o candidato Independente, desde o início até ao fim, assumido para todos os Guineenses e sem apoios partidários, passa então simplesmente a assumir o seu novo “papel”, em caso de vitória, avançando com os ideais proclamados durante a campanha, só.

Enquanto um Independente na campanha presidencial parte de princípio ao fim desta acção, com um só rosto, postura e convicção, mantendo os olhos no objectivo global/geral da sua proposta para servir o seu Povo. Um candidato partidário apresenta dois momentos destintos (o antes e o depois). No primeiro, desfila para o voto partidário, no segundo momento, se ganhar as eleições, começa por mudar o discurso, redireccionando os conteúdos para todos, dizendo por exemplo: “serei Presidente para todos os Guineenses” (que remédio!), num discurso politicamente corecto.

O Povo, este apanha sempre com o que lhe aparecer na frente, é como sempre, um resistente nato, que cumpre com o seu dever cívico de ir votar.

A diferença entre um candidato Independente de raiz e um candidato do Partido, quando se ganha eleições presidenciais:

Enquanto o candidato Independente continuará a sê-lo após a vitória, desde o princípio identificado como um líder para todos-igual, também quando ganha, continuará o mesmo ideal como Presidente (teoricamente). Sem mudar de cor da camisola! Com o mesmo ideal ou ideologia, desde o seu arranque, percurso de campanha e a finalizar nas urnas.

O candidato do Partido, este terá de mudar o discurso no final da campanha, se a vitória lhe sorrir. Ele “transforma” a própria imagem e a sua cor partidária, há um “divórcio” espontâneo, e passa a defender uma postura nova, mas só depois de garantir a vitória eleitoral, logo nos “minutos” seguintes, este actor político assume no discurso vitorioso, ser um Presidente para todos os guineenses.

São duas realidades distintas que repetidas vezes nos espantam a serenidade nas eleições presidenciais, o facto desta capacidade teatral assumida nos vários palcos, pelos actores políticos repetidas vezes, sem questionarmos a natureza desta mudança de comportamento?

Os políticos não são iguais, até porque diferem até no charme, nos rostos (feios e bonitos), são “todos iguais, mas diferentes” nos constructos pessoais, e posturas para todos os gostos. Hoje no terreno já estão preparados para o arranque de campanha no tapete vermelho. Seguir-se-á as curvas e contra curvas nas tabamkas do interior do País, na tentativa de comunicar com realidades novas indo à conquista de votos (e boa sorte a todos).   
          
Ser ou não ser candidato dum Partido político, nesta presente conjuntura na Guiné-Bissau, eis a questão!       
Quero aqui deixar claro o que penso sobre esta matéria, no quadro das candidaturas para chefe de Estado.

O Partido dum candidato às Presidenciais,  na minha leitura, deve ser sempre a - Guiné-Bissau – independentemente da sua militância ou tendência partidária.

“O meu Partido é a Guiné-Bissau” ou, uma “Guiné-Bissau-Positiva”, fazem-me lembrar o autor destas duas máximas, o Fernando Casimiro (Didinho). É verdade! Digo eu, há-que pensar a Guiné-Bissau com humildade, procurar soluções com todos os interessados na matéria, porque só assim nos aproximamos da luz real no fundo túnel, acredite!

Sendo que o mais importante aqui, é estar preparado para servir o País em caso de vitória, do que ser candidato dum determinado Partido nas Presidenciais, para concorrer a partir de orientações do seu Partido, o que poderá dificultar uma mente aberta e absorvente, em busca de soluções com isenção, mas realmente para todos.

Deve uma candidatura reunir o sentido de responsabilidade moral, política e social, inerente às funções do mais alto cargo da Magistratura do País. Projectada numa Guiné-Bissau mais feliz, próspera, com maior justiça social e igualdade entre os cidadãos Guineenses, dentro e fora do território nacional.

Todos nós sabemos em que ponto de situação crítica se encontra o nosso País, política, económica, social e culturalmente. A palavra crise no nosso País é familiar ao longo de muitos anos. Infelizmente que dura há décadas, e tem vindo a piorar, o que todos nós também lamentamos.

Qualquer um sabe ler ou perceber, sentindo na pele a dificuldade que atravessa o nosso País neste momento. Podíamos estar muito melhor, se optássemos por políticas realistas e mais justas entre os cidadãos, se unidos contra a corrupção, com certeza que em pouco tempo, o nosso País se levantaria depressa do nível em que se encontra hoje.

Chegou a hora de avançarmos para a mudança, queremos um Presidente, que seja “árbitro-inteligente”, com capacidades e experiência de campo em vários domínios das matérias de desenvolvimento sustentável para o País.

Como também, queremos um primeiro-Ministro, que seja “treinador-inteligente”, para gerir da melhor maneira o seu governo durante o seu mandato.

Queremos um Presidente capaz de gerir influências no sentido de unir o Povo à volta do progresso e desenvolvimento do País. Porque é hora de cada um de nós se aproximar (do Continente à Diáspora) com aquilo que souber fazer melhor, de ajudar a levantar o nosso País do chão. Fazer marchar os melhores projectos para usufruto da Nação Guineense. Sem exploração do homem pelo homem, na base do respeito mútuo e da cidadania activa.

Todos juntos, com cada um fazendo o que sabe melhor, a Terra arrancará rumo ao progresso e bem-estar para o Povo Guineense.

Quando um cidadão Guineense decide candidatar-se e apresenta a sua candidatura ao Povo soberano, este merece a oportunidade de julgamento final nas urnas se reunir condições, mas, nem todos estão convictos da responsabilidade dum Presidente da Nação, penso.

Todos pensam nos apoios que vão precisar, mas talvez poucos pensam se realmente estão preparados para exercer o mais alto cargo da Magistratura da Nação?

No terreno os apoios diferem na qualidade e em quantidade, como se pode constatar. Uns têm pouco, outros muito mais, há uma desigualdade de condições. Será fácil notarmos quem tem melhores apoios financeiros e materiais para a campanha eleitoral. Será ainda mais fácil de compreender ou reconhecer, quem não tem dinheiro para comprar os votos com prendas e falsas promessas.

Pedimos consciência política, patriótica, social e cultural sobre os valores materiais do nosso País. Um profundo respeito à dignidade do Estado da República da Guiné-Bissau. São estes os aspectos inegociáveis dum património cultural identitário da Nação Guineense.

Convém lembrar os candidatos que “quando a esmola é muita, o pobre desconfia”. Refiro-me aos apoios (material e financeiro) reunidos pelos candidatos (presidenciais e legislativas), vindo dos quatro cantos do mundo para esta campanha eleitoral!?

Já cheira a muito dinheiro a circular para a campanha eleitoral, mas ninguém sabe ou imagina de onde veio tudo, a não ser os próprios candidatos. Desconfiamos, no entanto, de alguns Países como “doadores” destes apoios, os mesmos velhos apaixonados ou pretendentes desta “noiva” (a Guiné-Bissau), pelos seus belos recursos/atributos em matéria-prima, tanto no mar como em terra, linda de morrer como se constata e daí tanta cobiça, mas, estamos atentos!

Há que cuidar da nossa Mãe-Terra, não vender ou prometer a sua riqueza, mas proteger os seus recursos com muito cuidado, das “garras” das sociedades secretas, grupos financeiros anónimos, grupos de influência financeira internacional no mundo económico e outros! Evitar promessas a contar com os “ovos-de-ouro” duma galinha que nunca ninguém viu, ok? Vamos ser realistas e transparentes a “gerir” os patrimónios do País.

O Povo quer transparência nestas Presidenciais e Legislativas, quer ouvir verdades, quer saber porquê tanto dinheiro para a campanha eleitoral, quando o País falha no pagamento de salários às famílias, porquê tanto dinheiro nos corredores de campanha eleitoral, fora as promessas, que não se vêem, não se apalpam e sabe Deus o resto?

Vamos perceber com certeza, durante esta campanha eleitoral, quem fala dos verdadeiros problemas do País sem falsas promessas, quem fala das pessoas e não de ilusões e quem quase calado, prefere que o “seu” dinheiro fale por ele durante a campanha.

Há quem pode comprar ideias ou votos, também sabemos que é uma prática no mundo e o nosso País não foge à regra, por isso estejamos atentos, só.

Vamos estar atentos, qualquer campanha, antes de mais, deveria pautar-se pela verdade dos factos e não pela troca de prendas, mentiras e falsas promessas, para garantir apenas o voto. Apelamos à honra e ao civismo dos candidatos. Evitar alinhar por baixo, porque depois das eleições, o Povo não vai sobreviver de prendas que recebeu ou de promessas e ilusões de campanha eleitoral que encaixou na própria cabeça.

Haja respeito pelo Povo e pela sua situação de carência que dura há décadas. Acreditamos numa campanha eleitoral consciente e centrada na realidade do País. Fazendo uso da palavra com franqueza na ponta da língua, nos debates públicos, sublinhando a visão e essência de cada projecto para o País.

Acreditamos numa campanha com contenção material e financeira! Não se compreenderá como o País não tendo dinheiro para pagar salários, alguns candidatos aparecem a nadar em dinheiro, pergunto, que promessas “venderam”, para recolher tanto “investimento” precoce de apoiantes secretos?

Sugerimos que o dinheiro de campanha que sobrar, seja na sua totalidade depositado/doado aos cofres do Estado ou a Instituições Sociais sem fins lucrativos, o que seria visto como um verdadeiro gesto e acto revolucionário, vindo de um ex-candidato nestas eleições.

Não devíamos gastar o que não temos, somos um Povo com parcos recursos materiais para suportar a vida no dia-a-dia, mas estamos conscientes do muito trabalho que nos espera pela frente, sem alienação cultural, devemos partir da nossa realidade, e sermos realistas, como nos ensinou o Ideólogo Amílcar Lopes Cabral.

Vamos falar com verdades, discutir a nossa situação real como País e como sociedade, para escolher a melhor ideia, o melhor candidato já no final da campanha!

A Guiné-Bissau encontra-se numa situação política e diplomática muito má, é preciso sair dela a partir destas eleições. Temos todos que repensar muita coisa, decidir que País queremos no futuro próximo, que já é hoje.

Cabe ao Presidente da República o lugar de árbitro da Nação, a saber defender e representar com sentido de Estado o nosso País, dentro e fora do continente. Convém lembrar que o Presidente preside, o Governo governa, e cada um no seu campo de acção faz uma equipa de trabalho interactivo.

Queremos um Presidente da República com uma atenção especial sobre as dinâmicas do funcionamento das instituições do aparelho de Estado na presente conjuntura. Um Presidente da República merecedor da confiança e o respeito das instituições, sendo que com esta garantia como responsável máximo da Nação, exercerá a sua magistratura de influência de modo sério, exemplar e com isenção, cumprindo de igual modo a Constituição do País.

A imagem de um Chefe de Estado deve inspirar confiança nos concidadãos, é símbolo e ao mesmo tempo uma referência para o Povo, i. é, para uma boa imagem internacional do nosso País. Deve ainda, como referência do Povo, ser mediador isento, seguro, apartidário, com conduta exemplar, transparente, e um trato político e pessoal que espelhe o rigor, finura e a competência no exercício da sua Magistratura de influência.

A tarefa do Presidente da República não é a governação do País, mas cabe ao Presidente da República manter uma atenção acrescida sobre a governação, o funcionamento das instituições, exercendo uma magistratura de influência activa, em benefício do Povo Guineense como bom Chefe de Estado.

 O Presidente deve zelar pela unidade nacional em torno da Nação Guineense, deve inteirar-se das políticas e das acções governativas, deve apoiar a preparação conjuntural do desenvolvimento sustentado do País, dar o seu melhor com o espirito conciliador, sempre, para proteger a estabilidade social dos cidadãos e do Estado como pessoa de bem.

Uma boa Candidatura Presidencial apresenta-se com os olhos postos no futuro, consciente do trabalho que tem de ser feito no terreno para atingir o sucesso desejado.

O Presidente da República deve ser escrupuloso como garante das regras de Democracia e no cumprimento da Constituição da República da Guiné-Bissau.

Deve apoiar o bom desempenho da governação, estar atento aos passos da Nação Guineense, dando o seu melhor como simples cidadão Guineense, no exercício da sua responsabilidade política, e servir como bom – “árbitro-inteligente” – a Nação.

Queremos um Presidente atento, que cuide do País política e materialmente. Todos sabemos que temos potencialidades a desenvolver para marcar a diferença, há que tomarmos consciência-activa desta realidade, um valor a explorar física e humanamente, dentro dum projecto global e com sustentação, avaliação científica ajustada, reajustada dos nossos recursos, para tirarmos o melhor partido da nossa riqueza nacional, tudo o que a natureza oferece ao Povo Guineense.

A Guiné-Bissau tem pernas para andar, queremos um – árbitro-inteligente - prudente, que respeite a vontade do Povo, que saiba escutar todos, ouvir e perceber o sentimento de base dos problemas, para desenvolver entendimento alargado e concertado, com respostas eficazes e necessárias, em colaboração com o governo (que é quem governa), trabalhando no sentido de apoiar as instituições, sempre em benefício do Povo.

Queremos um “árbitro” e um “treinador” Inteligente, atento ao desenvolvimento do País, atento aos dossiers em relação aos problemas de: desemprego, educação, formação profissional, saúde, área de comércio, indústria e outros, no nosso País.

Queremos um Presidente da República e um primeiro-Ministro em sintonia com as necessidades do País, que não poupem esforços no sentido de reunir os apoios e as ajudas nacionais e internacionais necessárias, para melhor servir o Estado da República da Guiné-Bissau.

Viva o Povo livre e independente da Guiné-Bissau, viva a unidade, luta e progresso do País.

Djarama. Filomeno Pina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.

Um abraço!

Samuel

Total de visualizações de página