O casal franco-brasileiro prostituia jovens brasileiras em apartamentos alugados em bairros chiques de Paris.
France 24.
Os três foram indiciados na quinta-feira passada por lenocínio (prática criminosa que consiste em explorar, estimular ou facilitar a prostituição), tráfico de pessoas e formação de organização criminosa. A Brigada de Repressão ao Proxenetismo de Paris identificou o francês, sua mulher e o cúmplice depois de receber a denúncia de uma estudante brasileira, que chegou à França em 2010 e foi obrigada a se prostituir logo depois de ser apresentada ao casal.
A jovem estudante relatou à polícia francesa que Claudia D., de 51 anos, a instalou em um apartamento na famosa rue de Rivoli, no centro de Paris, e a obrigava a receber até cinco clientes por dia. A estudante cobrava 150 euros (cerca de 300 reais) de cada cliente. Segundo a vítima, era a brasileira e seu cúmplice que gerenciavam a rede de prostituição.
Claudia D. alugava apartamentos em vários pontos da capital francesa, publicava anúncios sobre as garotas de programa na internet e mantinha as brasileiras sob estrita vigilância. A estudante contou à polícia que tentou fugir uma vez, em setembro de 2013, e foi ameaçada por um transexual enviado por Claudia D. para intimidá-la.
Segundo Le Parisien, a posição do funcionário da Air France, responsável pelo monitoramento de equipes de voo no aeroporto Charles de Gaulle, "provavelmente facilitou a tarefa". Alain D., de 54 anos, teria obtido passagens aéreas da companhia francesa para trazer várias prostitutas brasileiras a Paris. Ele teria emitido bilhetes de avião a preços preferenciais, reservados aos membros da Air France e suas famílias.
A investigação mostrou que o casal franco-brasileiro viajava ao Brasil uma vez por mês. Eles aproveitavam essas visitas para retornar à França com várias prostitutas, que eram apresentadas à companhia aérea como parentes.
Um guru com poderes místicos
De acordo com Le Parisien, o casal de cafetões contava com a ajuda de um cúmplice brasileiro, identificado na reportagem como José W., de 50 anos. "Ele atuava como uma espécie de guru das jovens e tinha a tarefa de animá-las e ajudá-las a recuperar a confiança em si mesmas", afirma o diário francês.
"Este pseudo guru cobrava de cada prostituta cerca de 500 euros (1.500 reais) por sessão de ajuda", relatou uma fonte da polícia. "Com a cumplicidade dele, o casal Alain e Claudia D. recuperava o máximo de dinheiro que suas vítimas ganhavam com os passes", relatou essa fonte policial.
Desfrutando de um salário confortável na Air France, Alain D. ainda encontrou um jeito de enganar o Fisco. Em sua declaração de imposto de renda, ele informava possuir dívidas. Com isso, o casal ainda conseguiu obter um apartamento da prefeitura de Paris no 17° distrito, um bairro chique da capital, pagando um aluguel subsidiado. Além disso, "o casal alugava apartamentos em outras áreas chiques de Paris, mas tinha a preocupação de mudar regularmente de habitação para não atrair muita atenção para suas prostitutas", descreveu a fonte policial ao jornal Le Parisien.
Os investigadores estimam que em quatro anos de atividade ilícita, o casal faturou cerca de 2 milhões de euros por ano, cerca de 6 milhões de reais, e explorou uma dúzia de mulheres.
O representante sindical da polícia Stéphane Pelliccia, da CFDT, declarou ao jornal que o desmantelamento desta rede de prostituição foi "um trabalho excepcional dos policiais".
A Air France até agora não comentou o caso. A companhia afirma não dispor de informações sobre o inquérito. Os investigadores tentam descobrir, agora, para onde o casal desviava o dinheiro obtido com a rede de prostituição.
# rfi.fr
A jovem estudante relatou à polícia francesa que Claudia D., de 51 anos, a instalou em um apartamento na famosa rue de Rivoli, no centro de Paris, e a obrigava a receber até cinco clientes por dia. A estudante cobrava 150 euros (cerca de 300 reais) de cada cliente. Segundo a vítima, era a brasileira e seu cúmplice que gerenciavam a rede de prostituição.
Claudia D. alugava apartamentos em vários pontos da capital francesa, publicava anúncios sobre as garotas de programa na internet e mantinha as brasileiras sob estrita vigilância. A estudante contou à polícia que tentou fugir uma vez, em setembro de 2013, e foi ameaçada por um transexual enviado por Claudia D. para intimidá-la.
Segundo Le Parisien, a posição do funcionário da Air France, responsável pelo monitoramento de equipes de voo no aeroporto Charles de Gaulle, "provavelmente facilitou a tarefa". Alain D., de 54 anos, teria obtido passagens aéreas da companhia francesa para trazer várias prostitutas brasileiras a Paris. Ele teria emitido bilhetes de avião a preços preferenciais, reservados aos membros da Air France e suas famílias.
A investigação mostrou que o casal franco-brasileiro viajava ao Brasil uma vez por mês. Eles aproveitavam essas visitas para retornar à França com várias prostitutas, que eram apresentadas à companhia aérea como parentes.
Um guru com poderes místicos
De acordo com Le Parisien, o casal de cafetões contava com a ajuda de um cúmplice brasileiro, identificado na reportagem como José W., de 50 anos. "Ele atuava como uma espécie de guru das jovens e tinha a tarefa de animá-las e ajudá-las a recuperar a confiança em si mesmas", afirma o diário francês.
"Este pseudo guru cobrava de cada prostituta cerca de 500 euros (1.500 reais) por sessão de ajuda", relatou uma fonte da polícia. "Com a cumplicidade dele, o casal Alain e Claudia D. recuperava o máximo de dinheiro que suas vítimas ganhavam com os passes", relatou essa fonte policial.
Desfrutando de um salário confortável na Air France, Alain D. ainda encontrou um jeito de enganar o Fisco. Em sua declaração de imposto de renda, ele informava possuir dívidas. Com isso, o casal ainda conseguiu obter um apartamento da prefeitura de Paris no 17° distrito, um bairro chique da capital, pagando um aluguel subsidiado. Além disso, "o casal alugava apartamentos em outras áreas chiques de Paris, mas tinha a preocupação de mudar regularmente de habitação para não atrair muita atenção para suas prostitutas", descreveu a fonte policial ao jornal Le Parisien.
Os investigadores estimam que em quatro anos de atividade ilícita, o casal faturou cerca de 2 milhões de euros por ano, cerca de 6 milhões de reais, e explorou uma dúzia de mulheres.
O representante sindical da polícia Stéphane Pelliccia, da CFDT, declarou ao jornal que o desmantelamento desta rede de prostituição foi "um trabalho excepcional dos policiais".
A Air France até agora não comentou o caso. A companhia afirma não dispor de informações sobre o inquérito. Os investigadores tentam descobrir, agora, para onde o casal desviava o dinheiro obtido com a rede de prostituição.
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Samuel