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O continente africano precisa de 93 mil milhões de dólares por ano para a construção de infra-estruturas de qualidade.
O Fundo Monetário Internacional está satisfeito com o ritmo do crescimento económico registado pelos países subsaarianos, mas está preocupado com a insuficiência das infra-estruturas de qualidade no segundo continente mais extenso depois da Ásia.
O facto foi revelado no primeiro dia da conferência do FMI que decorre na cidade de Maputo, juntando ministros das finanças e governadores dos bancos centrais africanos e a direcção máxima do Fundo.
O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, revelou que o continente africano precisa de 93 mil milhões de dólares americanos por ano para a construção de estradas, pontes, linhas férreas e outras infra-estruturas de qualidade.
As necessidades financeiras de África em infra-estruturas foram confirmadas pela Directora-Geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, para quem África é agora o destino de investimentos para economias desenvolvidas e em vias de desenvolvimento, com um fluxo recorde de 80 mil milhões de dólares americanos esperado este ano.
A Chefe do FMI disse que a parceria público-privada e instituições de Bretton Woods podem ajudar no financiamento da construção de infra-estruturas em África.
Christine Lagarde alertou que a pobreza continua encravada num nível inaceitavelmente alto, afectando 45 por cento das famílias da região e apelou para se apostar na educação e formação da rapariga.
Algumas estimativas indicam que as perdas económicas do fosso de educação entre raparigas e rapazes nos países em vias de desenvolvimento pode ser acima de 90 mil milhões de dólares, mais ou menos o mesmo fosso como o de infra-estruturas para toda a região sub-sahariana de África – disse Christine Lagarde.
O Presidente anfitrião, Armando Guebuza falou do impacto sócio económico dos sete milhões de meticais no combate à pobreza nas comunidades locais, um programa de bandeira da sua governação e depois anunciou a intenção dos africanos.
O FMI deve continuar o debate sobre o envolvimento dos países africanos na tomada de decisões. Gostaríamos igualmente que os técnicos africanos qualificados pudessem ter espaço dentro da instituição – disse Armando Guebuza discursando na abertura da conferência do FMI que termina amanhã.
# VOA
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Samuel