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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Angola: Presidente em Cuba.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


Fotografia: Francisco Bernardo | Havana

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, está desde ontem em Havana, para uma visita oficial no âmbito do relançamento da cooperação bilateral.


Em Havana, além do encontro com o seu homólogo cubano, Raul Castro Ruz, ponto mais alto da visita a Cuba, o Chefe de Estado angolano presta homenagem ao poeta e escritor José Martí ((1853-1895), mártir da independência de Cuba, e vai à Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel.
Situada a oeste de Havana, a ZEDM foi criada para ser um grande pólo de atracção de investimentos estrangeiros, além de ter a função de posicionar o país como localidade estratégica para o comércio internacional e o transporte marítimo. Para estímulo à atracção de investimentos para a região do Porto de Mariel, o governo cubano coloca ao dispor dos investidores incentivos e regimes de tratamento especial.
Os laços de cooperação entre Angola e Cuba remontam há décadas. Desde os primórdios da independência de Angola, sendo a saúde, a educação e aformação de quadros os sectores que mais se destacam. Com o andar do tempo, a cooperação estendeu-se às áreas da cultura, desportos, indústria, construção civil e obras públicas, transportes marítimos, pesca, geologia e minas, petróleo, turismo e comunicação social. No âmbito dessa visita, é esperada a assinatura de acordos que vão reforçar os existentes, especialmente nos sectores da saúde e formação de quadros.

Emancipação de África

Antes de viajar para Cuba, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, manteve em Brasília, a capital federal do Brasil, um encontro com embaixadores africanos acreditados naquele país, durante o qual defendeu a “emancipação económica” de África.
O Chefe de Estado angolano, que havia momentos antes se reunido com a Presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, naquele que foi o ponto mais alto da sua visita oficial ao Brasil, disse que depois de vencer o colonialismo e conquistar a libertação política completa, África luta agora pela libertação económica.
José Eduardo dos Santos, que é igualmente o líder da ConferênciaInternacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), considerou fundamental para as nações africanas a aposta na formação do capital humano. “Vendemos a matéria bruta barata e importamos os produtos industrializados muito caros. Nem sempre estamos em condições de negociar os contratos de tal maneira que África tenha as vantagens que devia ter. É fundamental a formação do capital humano para valorização dos recursos e da riqueza nacional”, defendeu.
O Presidente da República falou da formação de capital humano como “elemento estratégico do desenvolvimento”, na medida em que os africanos nem sempre estão a altura de valorizar como desejam os abundantesrecursos naturais que existem no seu território. “Por causa disso, normalmente os nossos países assinam acordos de cooperação de exploração de recursos naturais com grandes companhias estrangeiras, sobretudo de países ocidentais, em que normalmente África sai sempre a perder”, referiu.

Auto-suficiência


O Chefe de Estado lembrou aos diplomatas africanos os grandes propósitos que nortearam o surgimento de agrupamentos económicos regionais, como a SADC e CEEAC. “Temos um grande propósito que é conseguir a auto-suficiência em África, no domínio alimentar, da prestação de serviço de assistência médica, na produção e distribuição de água potável a todas as populações, enfim, uma série de desafios que se colocam diante de nós”. Para o líder angolano na actual era da globalização, em que surgem nomundo grandes grupos e agrupamentos económicos, como na Europa, na América e na Ásia, o continente africano está proibido de se deixar ficar para atrás.
“Temos a União Europeia unida, o continente americano procura unir-se, assim como o continente asiático. África não pode ficar atrás”, defendeu, alertando para “outro grande desafio” do continente berço: “a unidade de todos e de todas as forças para melhor conduzirmos a luta pelo desenvolvimento económico e social e para a conquista do lugar que a África merece no mundo”.
O Presidente expressou o desejo do Governo angolano de fortalecer relações de amizade com cada um dos países africanos e de levar para outros povos do continente a experiência angolana de ter desenhado e implementado um “programa de paz que felizmente deu certo”, pondo fim a longos anos de conflito armado.
O Presidente considerou o Brasil um país “muito importante” para o continente africano”, por ter uma sociedade cuja génese teve a participação de descendentes do continente berço, mas também pela política “bastante positiva” em relação a África.
“Aqui estão muitos descendentes de países africanos, que contribuíram com o seu génio, seu trabalho, para o desenvolvimento deste país, e trouxeram elementos da sua cultura, valores que ainda hoje ligam os povos da América e os povos de África”, referiu o Presidente José Eduardo dos Santos.
O líder angolano também destacou o papel desempenhado pelo Brasil na promoção da paz, da estabilidade, do desenvolvimento económico, social e científico, sobretudo na transmissão das suas experiências para resolução dos problemas que afligem as populações mais pobres.
“Os embaixadores africanos têm no Brasil uma grande fonte de inspiração, pois são experiências que podem transmitir aos seus governos, aos chefes de Estado de como os problemas dos mais simples aos mais complexos podem ser equacionados e resolvidos mesmo nas circunstâncias actuais”, salientou.

Bom aliado

O Presidente recordou que além de contribuir para o desenvolvimento de África formando milhares de quadros e técnicos africanos, o Brasil tem desenvolvido uma acção importante no quadro das Nações Unidas, das relações bilaterais e a nível da União Africana, no sentido da promoção da paz, da estabilidade e da consolidação dos processos democráticos, especialmente em África.
Nós os africanos precisamos de mais parceiros e de aliados que,  neste mundo complexo, em que ainda há quem queira ver África em lugares subalternos, nos possam ajudar a defender as nossas posições e assumir no contexto das nações as posições que merecemos. Acho que o Brasil é um destes parceiros,  declarou.
# http://jornaldeangola.sapo.ao

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Samuel

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