Postagem em destaque

EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Os desafios do próximo presidente do Egito.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


O ex-Marechal Abdel Fatah al Sissi, o atual Presidente do Egito.

SETE vezes os egípcios têm comparecido nas urnas, depois do colapso de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, incluídas duas eleições presidenciais, a última delas ganha pelo marechal Abdel Fatah al Sisi, chefe do Exército quando do golpe militar, em julho passado, que tirou do poder o governante eleito democraticamente, Mohamed Morsi.

Mulher egípcia com um cartaz do candidato presidencial Abdel Fatah al Sisi.
Al Sisi, 59 anos, desfruta de grande popularidade entre alguns setores egípcios por comandar, em julho de 2013, o derrubamento de Morsi. O militar obteve mais de 96% dos votos ante seu único contrário, o político Hamdínm Sabbahi, de esquerda, que somente teve 3% de apoio, numas eleições onde votou menos de 50% das pessoas inscritas. A posse do presidente eleito será em 7 de junho, segundo meios jornalísticos da região.
Na busca da estabilidade, Al Sisi deverá enfrentar vários desafios e problemas em todos os setores da vida cotidiana, no maior país do mundo árabe, acirrados por causa dos turbulentos últimos três anos.

ECONOMIA CAMBALEANTE
Estabilizar economicamente o país será a maior dificuldade que enfrentará o novo governante egípcio, devido ao panorama atual: o déficit fiscal e a dívida pública aumentaram, desde 2011 até hoje, atingindo 14% e aproximadamente 100% do PIB, respectivamente. Devido à instabilidade política e à insegurança, não existe investimento estrangeiro. Um quarto da população (25,2%) vive na extrema pobreza, o desemprego atinge 13% e, ao mesmo tempo, 70% dos desempregados têm entre 15 e 29 anos. "Estes dois problemas socialmente explosivos estavam entre as principais causas que incitaram o levante popular contra Mubarak, e os dois pioraram nos últimos três anos", advertiu numa análise publicada no jornal onlineSada, o economista cairota Mohammed Samhouri.
Para completar, a instabilidade e a insegurança têm afetado o setor turístico (que representava 11,3% do PIB e proporcionava 12,5% do emprego), ao ponto tal que o ano 2013 foi considerado pelo governo como "o pior ano (para a indústria) na história moderna" do país. A isto se acrescenta que logo após do derrubamento de Morsi, boa parte do pouco dinheiro existente nas arcas egípcias provém de seus aliados da Arábia Saudita, Kuweit e dos Emirados Árabes Unidos. Ainda se desconhece em troca de quê se entrega esta ajuda (uns US$ 20 bilhões nos últimos 10 meses) nem até quando vai durar.

SUBVENÇÕES VERSUS APOIO
Qualquer solução econômica em longo prazo implicará algum corte aos amplos subsídios estatais, sobretudo ao pão e ao combustível, que consomem perto de um terço do orçamento nacional.
"Qualquer eliminação dos subsídios seria politicamente custosa e requereria de um consenso social, quase impossível de conseguir atualmente", escreveu no jornal australiano The Sydney Morning Herald, Adel Abdel Ghafar, especialista em temas árabes da Australian National University.

INTERESSES DO EXÉRCITO
Ainda que seja popular, ter o apoio do poderoso exército não garante a Al Sisi um futuro prometedor. A instituição possui seu próprio império econômico e qualquer reforma poderia afetar seus interesses, que englobariam 40% de toda a economia egípcia, segundo o jornal britânico The Guardian.

GRUPOS EXTREMISTAS
Desde 3 de julho passado até hoje, mais de 1.400 pessoas — a maioria seguidores de Morsi — têm sido assassinados por policiais e soldados, segundo a agência France Presse. Em resposta a esta violenta repressão, centrada principalmente contra os Irmãos Muçulmanos e seu entorno, os insurgentes yihadistas têm multiplicado os atentados contra as forças militares.
Embora seus ataques se concentrem na península do Sinai, também houve alguns no Cairo. Por tal motivo, nos dez meses decorridos desde o golpe de Estado, os ataques extremistas já deixaram mais de 500 mortos, segundo o jornal espanhol El Mundo. A maioria deles foram reivindicados pelo grupo Ansar Beit al Magdis. O governo interino tentou aplicar mão de ferro e não funcionou. Al Sisi prometeu o mesmo.

# (Redação do Granma Internacional e das agências)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.

Um abraço!

Samuel

Total de visualizações de página