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terça-feira, 15 de julho de 2014

Neocapitalismo e as relações econômicas excludentes.

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Segundo dados da FAO (Fundo paraAlimentação e Agricultura, da ONU) “cinco milhões de crianças morrem todos os anos em decorrência da fome” – isso equivale, na média, a um óbito a cada cinco segundos. A cada dia que passa, quase 15 mil crianças com menos de cinco anos morrem por fome ou problemas decorrentes disso, hoje denominados de “insegurança alimentar”.Isso tudo apesar da agricultura mundialestar produzindo 17% mais de calorias por pessoa, por comparação ao que se produzia há três décadas, mesmo tendo em conta que a população mundial aumentou 70% nesse período. Anualmente, morrem 1,8 milhão de pessoas de diarreia e gastrenterite por consumo de água não potável. Deles, 90% são menores de cinco anos e estão localizados nos países em desenvolvimento. Esses são alguns de muitos exemplos de verdadeiras inversões de valores, não só econômicas, mas morais e éticas
Infelizmente, essas inversões de valores não param nos exemplos acima citados. Segundo o World Military and Social Expenditures, o custo de um míssil balístico intercontinental fabricado pelos EUA daria para alimentar cinquenta milhões de crianças, construir 160 mil escolas ou ainda abrigar 340 mil centros de saúde. Mas, parecem ser em nome da guerra e não da paz que giram os interesses econômicos. Não por acaso, para cada 1 dólar que a ONU gasta em missões de paz, o “mundo bélico”, monitorado por apenas três grandes potências, gasta outros 2.000 dólares em guerras e nos preparativos dessas.
De acordo com relatórios técnicos produzidos pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o custo de um submarino nuclear forneceria água às regiões rurais a um custo baixo e serviços de saneamento para 48 milhões de pessoas. Ainda segundo essa Instituição, o custo de apenas onze bombardeiros construídos para evitar radares proporcionaria quatro anos ininterruptos de instrução escolar fundamental a 135 milhões de crianças.
No entanto, o modelo econômico praticado em larga escala pelas nações desenvolvidas e as que se encontram em estágio de desenvolvimento não é sensivel ao critério social. O que importa é a produção, as vendas, o retorno financeiro, os exorbitantes lucros, a valorização das ações no mercado acionário. Pouco importa que, na outra ponta, o meio ambiente, por exemplo, esteja ficando às minguas em troca de uma produção avassaladora e ambientalmente destruidora e a vida, de todos, esteja correndo sérios riscos.
Estudo patrocinado pelas Organizações das Nações Unidas intitulado Avaliação Ecossistêmica do Milênio informa que ao longo dos últimos 50 anos, a atividade humana esgotou 60% dos pastos, florestas, terras cultiváveis, rios e lagos do mundo. Atualmente, devido as temperaturas mais elevadas, cuja responsabilidade recai sobre as emissões de gases do efeito estufa, o derretimento da calota polar das geleiras da Groelândia está deslizando para o oceano duas vezes mais rápido do que ocorreu nos últimos cinco anos extinguindo, assim, a vida de vários ursos polares que estão se afogando
Relações desumanas: os números da concentração econômica
Como a “lógica econômica” que prescreve o lucro acima de tudo e de todos sempre prevalece, as relações tendem a ficar, por consequinte, cada vez mais desumanas e excludentes. Segundo o Banco Mundial, atualmente 2,8 bilhões de pessoas sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. E 1,2 bilhão de pessoas com menos de US$ 1/dia. Dois quintos da riqueza mundial estão concentrados nas mãos de 37 milhões de indivíduos, ou 1% da população adulta segundo estudo compilado no recente livro Personal Wealth from a Global Perspective (Riqueza Pessoal a partir de uma Perspectiva Global).
Desse estudo, destaca-se ainda que apenas dois países - Estados Unidos e Japão - concentram 64,3% dos indivíduos entre o grupo de 1% mais ricos do mundo. O Brasil tem 0,6% dos indivíduos nesse grupo, que representam aqueles com patrimônio superior a US$ 512,4 mil. Entre os 10% mais pobres do mundo, 26,5% estão na Índia, 6,4% na China e 2,2% no Brasil. Os Estados Unidos têm apenas 0,2% de sua população nesse grupo, com patrimônio total inferior a US$ 178.
Os indianos, que são 15,4% da população mundial, detêm 0,9% dariqueza global. Na África, que tem 10,2% da população, está apenas 1% da riqueza mundial. Na outra ponta, a América do Norte, com 6,1% da população mundial, concentra 34,4% da riqueza, enquanto a Europa, que tem 14,9% da população, detém 29,6% da riqueza. O grupo de países ricos da Ásia e do Pacífico, que inclui o Japão, tem apenas 5% da população mundial, mas concentra 24,1% da riqueza global.
O poder das corporações farmacêuticas
A inversão de valores econômicos passa ainda pela questão de se evitar a cura de certas doenças em prol dos ganhos exorbitantes das gigantes corporações farmacêuticas. Vejamos, nesse pormenor, o conhecido caso da “casca de bétula”. Sabe-se há séculos que o chá feito a partir da casca de bétula, ou vidoeiro, tem poderes curativos sobre a herpes, por exemplo, além de ajudar na digestão. Mas, como as corporações farmacêuticas domimam o mercado, elas tem sido radicalmente contra medicamentos de baixo custo como as plantas medicinais, em especial, contra a casca de bétula que continua “impedida” assim de ganhar as prateleiras das farmácias.Na África do Sul o drama é ainda pior. Exatamente 39 “gigantes” farmacêuticas impedem que esse país importe medicamentos ou os produza a baixo custo para tratar dos aidéticos. Mesmo com uma lei que regulamenta a importação de remédios para esses doentes, aprovada pelo então presidente Nelson Mandela, em 1997, os “grandes monopólios farmacêuticos” entraram com ação na Alta Corte de Pretória impedindo aaplicação da lei. Para as “gigantes” do setor farmacêutico não importa a continuidade da vida, o que importa são os lucros. Não é por acaso então que a Aids, na África do Sul, já vitimou quase 8 milhões de pessoas. 

 # municipiosbaianos.com.br

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Samuel

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