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quarta-feira, 16 de julho de 2014

UNITA condena negócio corrupto entre Espanha e Angola.

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Pode ascender a 159 milhões de dólares a quantia desviada dos cofres angolanos num negócio com uma companhia espanhola para a venda de material à polícia nacional de Angola.



Equipamento que empresa espanhola "vendeu" à polícia angolana nunca terá chegado a Angola. 
Na foto: manifestação reprimida pela polícia em Luanda em maio de 2012
Uma operação realizada em Espanha, Portugal e Luxemburgo terá levado à detenção de uma dezena de pessoas envolvidas numa rede criminosa de venda de material policial a Angola.
Polícia espanhola deteve 10 pessoas em 16 rusgas
Em Madrid, capital de Espanha, terá sido orquestrada afraude e também a "operação policial Angora"
Segundo um comunicado distribuído à imprensa, e que também chegou à redação da DW África, a Guarda Civil espanhola afirma que no âmbito da "operação Angora", uma "importante operação contra a corrupção internacional", deteve 10 pessoas em 16 rusgas efetuadas a residências, empresas e entidades bancárias em Espanha, Luxemburgo e Portugal.

Em causa está uma fraude de dezenas de milhares de euros num contrato para venda de material policial a Angola.
Suspeita-se que apenas uma parte do material acordado no contrato terá chegado a Angola. Parte do dinheiro terá sido desviado para países como Hong Kong, Suiça, Singapura, Ilhas Caiman, Nova Zelandia, Gibraltar, Madeira ou Luxemburgo.
Polícia Nacional de Angola desconhece caso
Luanda, capital de Angola: a maioria na Assembleia Popular impede que o caso seja investigado, afirma a UNITA
Num contacto telefónico ao Comando Geral da Polícia Nacional de Angola, a DW África foi informada que em Angola "se desconhece a existência de qualquer investigação por parte da Guardia Civil espanhola sobre uma alegada fraude envolvendo um contrato de compra de materialpor parte das autoridades angolanas".

Entretanto, em Luanda, o maior partido da oposição, a UNITA, disse à DW que soube da notícia através da comunicação social e solicitou mais informação sobre o caso.
Adalberto da Costa Júnior, Vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, afirma que a UNITA tem, no entanto, "uma dificuldade muito grande na Assembleia" que impede que o caso seja investigado.
Segundo ele "os deputados viram práticamente retiradas as suas capacidades de interpelar o governo sobre as suas políticas. Aos deputados é exigida uma autorização superior do Presidente da República. Ora isto é verdadeiramente absurdo. O Presidente da República criou uma lei que impede que os ministros e os seus assessores possam ser alvo de uma averiguação na Assembleia."
UNITA queixa-se: casos de corrupção ficam na gaveta
A UNITA e o seu presidente, Isaias Samakuva, querem que o caso do negócio corrupto entre Angola e Espanha seja esclarecido
O deputado da UNITA afirma ainda a maioria das interpelações e dos inquéritos exigidos pelo maior partido da oposição angolana "ficam literalmente na gaveta."
Adalberto da Costa Júnior dá o seguinte exemplo: "Uma comissão da Assembleia solicitou recentemente uma visita à polícia para fiscalização e viu o Presidente da Assembleia negar essa proposta. Nós estamos efetivamente numa situação difícil. Não podemos desenvolver o trabalho mais importante do deputado, que é o trabalho de fiscalização. Estamos impedidos de proceder à defesa dos interesses de quem nos elegeu."
UNITA avança com pedido de inquérito
O Presidente José Eduardo dos Santos é acusado pela UNITA de protagonizar esquemas corruptos
Face a este quadro, a DW perguntou a Adalberto Costa Júnior se a UNITA vai mesmo introduzir no Parlamento angolano um pedido de esclarecimento sobre este caso desmantelado agora pela Guardia Civil espanhola, ao que o deputado respondeu que "apesar das limitações a gente nunca deixará de fazer o que são as nossas obrigações."

O vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA não está - no entanto - muito otimista quanto ao desfecho de mais este caso de corrupção.
# dw.de

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Samuel

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