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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Alemanha: Muro de Berlim - Fronteira ideológica resiste à história.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

A Alemanha festeja 25 anos do fim da barreira entre capitalismo e socialismo em meio à polêmica despertada pela oportunidade (inédita) de que um neocomunista se torne chefe de um governo regional.

Nem mesmo a imaginação política mais fértil seria capaz de imaginar, na madrugada febril de 9 para 10 de novembro de 1989, que a história reservaria para a Alemanha um reencontro vivo com alguns dos fantasmas do passado sombrio da Guerra Fria em pleno jubileu pelos 25 anos da queda do Muro de Berlim. Passado apenas um quarto de século da “mãe de todas as batalhas” entre capitalismo e socialismo — com a vitória da democracia ocidental e o colapso em dominó do bloco soviético, a Alemanha reunificada reencena a velha trama em palco novo. No moderno edifício restaurado do antigo Reichstag, centro do poder no país até o fim da 2ª Guerra e do Reich nazista, as comemorações no atual Bundestag (parlamento) deram ocasião a um inusitado confronto entre os herdeiros da extinta Alemanha Oriental, comunista, e as forças políticas que os combateram e ainda combatem.

O enredo era ensaiado há pouco menos de uma década, quando os neocomunistas se uniram a dissidentes do tradicional Partido Social Democrata (SPD) para criar uma nova legenda, chamada A Esquerda. Tolerado como uma espécie de “patinho feio” do sistema político, o partido mantém representação no Bundestag e em vários parlamentos regionais (veja infografia), mas sob um veto não escrito à participação em uma coalizão federal de governo. No mês passado, porém, as eleições na Turíngia abriram a possibilidade de que um tabu sensível fosse quebrado: a Esquerda saiu das urnas com possibilidade real de chefiar o governo local, em aliança com o SPD e com os Verdes.

“Essa é uma notícia ruim para a Turíngia”, reagiu a chanceler (chefe do governo federal) Angela Merkel, no início da semana passada, depois que a seção local do SPD ratificou a abertura de negociações, a exemplo do que já haviam feito os ecologistas. Criada na antiga Alemanha Oriental, sob o duro regime controlado pelo Partido Comunista e pela onipresente polícia política a Stasi, Merkel expressou o inconformismo em um ato de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), dedicado justamente à queda do muro. A chanceler, cuja popularidade incontestada espelha e simboliza a separação cada vez mais distante entre as duas Alemanhas, recorreu à linguagem da Guerra Fria para resumir sua impressão sobre os neocomunistas: “Eles querem o poder, nada além dele, nada menos do que ele”.

Se Merkel despontou para a vida política já depois da “virada” de 1989, e da reunificação no ano seguinte, o atual presidente alemão, Joachim Gauck, era uma voz dissidente sob o regime alemão oriental — e reagiu com veemência inusual para um ocupante do cargo à ideia de ver pela primeira vez um ministro-presidente (chefe de governo estadual) saído das fileiras de seus antigos repressores. “Quem viveu na Alemanha Oriental e é da minha geração, certamente, deve estar penando para aceitar isso”, disse Gauck em entrevista à emissora de tevê ARD. As declarações do presidente dividiram opiniões na imprensa alemã e mais ainda nos meios políticos. Não faltaram vozes questionando a interferência do chefe de Estado em um processo político regulamentar.
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Samuel

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