Soldado francês monta guarda junto a fila de refugiados à espera de abrigo na igreja de Boali, na República Centro-africana, em janeiro de 2014Foto: ERIC FEFERBERG / AFP
Nações Unidas - Soldados das
Nações Unidas ofereceram dinheiro e bens materiais a centenas de mulheres em
troca de favores sexuais no Haiti e na Libéria, denuncia um relatório interno
da ONU.
A experiência de missões de manutenção da paz das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) e na Libéria (UNMIL) "mostra que estas trocas de natureza sexual são comuns e não são suficientemente denunciados", diz o documento dos serviços de controle interno da ONU (OIOS). O relatório, datado de 15 de maio e ainda confidencial, foi obtido pela AFP e seria publicado em sua forma final na próxima semana.
Tal como indicado no relatório, 231 mulheres haitianas afirmaram ter tido relações sexuais com soldados da paz em troca de serviços ou bens materiais (sapatos, roupas, telefones celulares, computadores pessoais, perfumes).
Para as mulheres nas zonas rurais, "a fome, falta de moradia e privação das necessidades básicas e medicamentos" foram os principais fatores que levaram à prostituição.
A experiência de missões de manutenção da paz das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) e na Libéria (UNMIL) "mostra que estas trocas de natureza sexual são comuns e não são suficientemente denunciados", diz o documento dos serviços de controle interno da ONU (OIOS). O relatório, datado de 15 de maio e ainda confidencial, foi obtido pela AFP e seria publicado em sua forma final na próxima semana.
Tal como indicado no relatório, 231 mulheres haitianas afirmaram ter tido relações sexuais com soldados da paz em troca de serviços ou bens materiais (sapatos, roupas, telefones celulares, computadores pessoais, perfumes).
Para as mulheres nas zonas rurais, "a fome, falta de moradia e privação das necessidades básicas e medicamentos" foram os principais fatores que levaram à prostituição.
Outra pesquisa realizada em
Monrovia indica que um quarto entre 489 mulheres, com entre 18 e 30 anos,
"realizou transações sexuais com capacetes azuis, geralmente por
dinheiro."
Trata-se de uma flagrante violação das regras da ONU, que assegura praticar uma "política de tolerância zero" em relação ao abuso sexual em suas missões e "desaprova fortemente relações sexuais" entre membros das forças de paz e as pessoas que eles protegem.
Este é um problema recorrente 10 anos após o lançamento pela ONU de uma estratégia para combater o abuso sexual em suas missões, que reúnem cerca de 125 mil pessoas no mundo.
Quatro das 16 missões de paz da ONU são particularmente afetadas, de acordo com o relatório: Haiti, República Democrática do Congo, Libéria, Sudão e Sudão do Sul.
Trata-se de uma flagrante violação das regras da ONU, que assegura praticar uma "política de tolerância zero" em relação ao abuso sexual em suas missões e "desaprova fortemente relações sexuais" entre membros das forças de paz e as pessoas que eles protegem.
Este é um problema recorrente 10 anos após o lançamento pela ONU de uma estratégia para combater o abuso sexual em suas missões, que reúnem cerca de 125 mil pessoas no mundo.
Quatro das 16 missões de paz da ONU são particularmente afetadas, de acordo com o relatório: Haiti, República Democrática do Congo, Libéria, Sudão e Sudão do Sul.
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