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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Presidente da Guiné-Bissau demite Governo.

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ex-Primeiro Ministro Domingos Simões Pereira

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, segundo um decreto presidencial lido às 23h10 de quarta-feira (00h10 desta quinta-feira em Lisboa) na Rádio Difusão Nacional. "É demitido o Governo chefiado por Domingos Simões Pereira", refere-se no único artigo do decreto presidencial. 
A decisão foi divulgada pela rádio pública da Guiné-Bissau duas horas e meia depois de o chefe de Estado ter feito um discurso à nação, no qual referiu que uma remodelação governamental não chegava para resolver a crise política no país. 
Esta decisão surge na sequência das tensões e divergências entre os dois responsáveis políticos na forma de governar o país. 
Domingos Simões Pereira, que nasceu na cidade de Farim, Norte da Guiné-Bissau, em 1963, é engenheiro civil e industrial, formado pelo Instituto de Engenharia de Odessa, na Ucrânia, e mestre em Ciências da Engenharia Civil pela Universidade Estatal da Califórnia, em Fresno, nos Estados Unidos. 
Simões Pereira, ex-secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entre 2008 e 2012, ocupou ainda diversos cargos públicos em vários Governos da Guiné-Bissau, entre os quais as pastas das Obras Públicas, Construções e Urbanismo (2004 a 2005) e do Equipamento Social (2002 a 2003). 
Como líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), eleito em Fevereiro de 2014, abriu caminho para o lugar de chefe do executivo depois de a força política que dirige ter vencido com maioria absoluta as eleições legislativas de 13 de Abril do ano passado. 
O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, nomeou-o primeiro-ministro a 25 de Junho de 2014 e era nessa qualidade que estava a lidar com problemas graves que sempre assolaram o país, como a questão da reforma das Forças Armadas, que estava a gerir de forma a levar as negociações e os acordos a bom termo. 
No entanto, ainda em 2014, o país assistiu aos primeiros momentos de tensão entre os dois principais dirigentes políticos do país, quando o Presidente, em Novembro, exonerou Botche Candé do cargo de ministro da Administração Interna. 
As divergências quanto ao modo como gerir os destinos do país agudizaram-se no início deste ano, levando a ONU a considerar que houve “um recuo no consenso político” e “uma exacerbação das tensões entre os principais líderes políticos”. 
Em Março passado, Domingos Simões Pereira e José Mário Vaz (conhecido como Jomav) deram um sinal de união em Bruxelas, durante uma conferência internacional sobre o país, a qual permitiu mobilizar apoios na ordem de mais de mil milhões de euros. 
A actuação de Domingos Simões Pereira naquela mesa redonda de Bruxelas foi muito importante no sentido de dar à comunidade internacional sinais de estabilidade no país, levando a que esta visse no Governo primeiro-ministro uma oportunidade de paz e desenvolvimento para a Guiné-Bissau, que já passou por inúmeros golpes de Estado nas últimas décadas. 
Mas em Junho, os sinais de problemas, nunca explicados publicamente, agravaram-se, levando o Governo a apresentar uma moção de confiança no Parlamento, aprovada por unanimidade. 
A tensão cresceu na última semana, depois de veiculada a possibilidade de José Mário Vaz demitir o Governo, alegadamente por causa de dificuldades de relacionamento com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e por discordar de algumas medidas do executivo. 
A Presidência divulgou um comunicado, na sexta-feira passada, no qual considera "calunioso e ofensivo" o teor da declaração em que Simões Pereira acusou José Mário Vaz de pretender derrubar o Governo.

#publico.pt
   

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Samuel

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