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sábado, 21 de novembro de 2015

OPINIÃO: FILOMENO PINA - À TERCEIRA FOI DE VEZ – SERÁ?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

                                                          Filomeno Pina - Nô Djagra

(Partido no poder na Guiné-Bissau expulsa ex-primeiro-ministro Baciro Djá)

                                                       Baciro Djá

Dr. Baciro Djá, um militante activo do PAIGC, que assumiu há pouco mais de dezoito meses, uma postura critica dentro da sua organização politica. Dantes era silencioso, mas ultimamente, de voz discordante a mal-amado, viu-se obrigado a pedir a sua demissão do Governo do Eng.º Domingos Simões Pereira, tendo sido mais tarde convidado a formar outro Governo pelo Chefe de Estado, Dr. José Mário Vaz, que no acto seguinte, por decisão do STJ, este Governo também caiu após quarenta e oito horas de ter tomado posse…

Mas aqui importa salientar a sua - Postura de Democrata - um líder não agarrado ao poder, que assumiu cargos na política nacional sabendo sempre afastar-se em conformidade com os momentos em causa.
Terá sido na primeira vez, que em conflito de gestão com o Eng.º DSP, ele pediu a sua demissão e abandonou este Governo, por considerar não haver confiança política do chefe do Governo na sua pessoa. Mais tarde foi convidado a formar novo Governo, que também caiu e, no mesmo instante acatou as “ordens/decisão” do STJ, tudo isto são factos.

Se outros membros do Governo, indiciados ou ouvidos pelo Ministério Público, todos eles pedissem sua demissão, para enfrentar a justiça, talvez ainda hoje tínhamos Governo de Eng.º Domingos Simões Pereira, não acontecendo, isso  permitiu a queda dos bons e maus lideres ao mesmo tempo, porque todos no mesmo saco, ninguém se mexeu até poisarem no fundo do poço na “mukur-mukur” de falsidades!?

De salientar também que o Camarada Baciro Djá soube demonstrar que é um - Democrata - coisa que na Guiné-Bissau muitos não o saberão sequer, imitar semelhante postura.
Como disse, havendo líderes indiciados ou ouvidos pelo Ministério Público, nenhum deles pediu a sua demissão para enfrentar o Tribunal, o que seria digno de se ver, mas longe disso, continuaram como “estátuas”, a não se mexerem nos lugares! Podendo até ser enxovalhados na praça pública, mas, nunca largam o “osso/poder“, persistem até a última gota de hipótese de continuidade no poder, isto temos constatado no País, infelizmente! Esperado outro comportamento social e político (um pedido de demissão para enfrentar a justiça), talvez ainda hoje tínhamos o Governo e o seu executivo em funções.

O Dr. Baciro Djá foi sempre diferente como homem político neste aspecto - NÃO É AGARRADO AO PODER, penso!

Serão sinais de Democracia pedagógica no PAIGC ou simplesmente um excesso de “zelo”, esta expulsão do Dr. Baciro Djá, que também pode ser vista como um exagero com implícita tendência de raiz, num conflito dentro da organização partidária desde o início do Governo de DSP. Momentos em que terá sido visto como um alvo desobediente e, por isso foi abatido, i. é, depois de várias insistências na mira telescópica, só o terceiro tiro foi certeiro!

Acertaram em cheio no nome deste militante - mas será que ressuscita novamente – ou cansado como aparenta passará à história, para escrever seu caderno de apontamentos políticos dos últimos anos como líder, dando relevo os podres da Casa, será?

Sim, porque de menino das alianças no Partido, este jovem da terceira geração do PAIGC, chegou a “padre-activista” (sem ofensa), não esquecendo portanto, que no confessionário deste Partido, terá ele como bom líder do Partido no terreno, ouvido com certeza muitos pecados "mortais", pecados por omissão e outros, agendados talvez só para segundas núpcias…

Posto isto perguntamos, será que o Dr. Baciro Djá vai perdoar o “pai” (PAIGC) ou o seu complexo de “édipo-político” falará alto desta vez!?

A questão é: se este líder vai partir para guerra em defesa da sua militância conquistada no PAIGC ou se conformara com a decisão de expulsão?

Penso que ficando de fora do PAIGC, ele mais cedo ou mais tarde acabará noutra família política, visto que é um conhecedor nato dos meandros da política Guineense, o que como líder, fará “explodir” sua imagem de político na praça pública, é só uma questão de tempo...

A política de tiro no pé ou balde de água fria é para continuar, então aguardemos os próximos acontecimentos e, provavelmente para já com o início dos trabalhos no Parlamento, vamos aguardar.

Abraços e bom trabalho a todos…

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Djarama. Filomeno Pina.


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Samuel

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