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Homem de 55 anos, que atuava sem licença em área rural do país, contaminou pacientes ao utilizar seringas não esterilizadas.
Um homem do Camboja que atuava sem licença como médico foi preso nesta quinta-feira após ser declarado culpado por infectar 200 pacientes com o vírus HIV - alguns deles morreram em decorrência da infecção. Segundo o jornal britânico The Guardian, Yem Chhrin, 55 anos, contaminou essas pessoas ao reutilizar seringas não esterilizadas.
O julgamento de Chhrin começou em dezembro de 2014 com acusações que incluíam a de assassinato e prática ilegal de medicina. Segundo seu advogado, havia o risco de ele enfrentar prisão perpétua, mas a acusação foi alterada para um caso de homicídio menor. "O meu cliente insiste que é inocente", disse.
Chhrin atuava principalmente na província rural de Battambang, onde 106 dos 800 moradores que realizaram o teste do HIV tiveram resultado positivo, incluindo pessoas de 3 a 82 anos e monges budistas.
O caso revela o problemático sistema de saúde do país, onde é comum que pacientes recorram a médicos sem licença e pessoas sem formação para atendê-los, especialmente nas áreas rurais. Segundo o World Bank, o Camboja tem 0,2 médicos para cada 100 000 habitantes, o mesmo que o Afeganistão, por exemplo.
#(Da redação) veja.com.br
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