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quarta-feira, 29 de março de 2017

Aliança entre Angola e Guiné Equatorial é “coligação de fracos”, diz analista.

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Para o analista Rui Verde a Guiné Equatorial procura reconhecimento internacional e afirmar-se na CPLP. O jurista defende ainda que Portugal devia tomar uma posição junto da comunidade lusófona face a este núcleo.
Rui Verde (DW/J. Carlos)
Foi uma visita de poucas horas do Presidente Teodoro Obiang Nguema a Angola para se reunir com o homólogo, José Eduardo dos Santos, esta segunda-feira (27.03). Nenhum chefe de Estado prestou declarações. O encontro focou vários temas, desde a cooperação bilateral aos problemas em países da África Central e da região dos Grandes Lagos. Mas para o jurista português Rui Verde esta é "uma coligação de fracos".
"São dois países com dois ditadores há demasiado tempo no poder, que vão perdendo o apoio internacional e que se têm que se juntar. Mas é uma espécie de coligação de fracos. Não vejo nada de força nestas atividades. Pelo contrário, é um sinónimo de decadência talvez de final de regime. Veremos”.
Reforço das relações
Äquatorialguinea Präsident Teodoro Obiang Nguema neu (AP)
Teodoro Obiang Nguema, Presidente da Guiné Equatorial
Ao mesmo tempo que o Presidente da Guiné Equatorial se reunia José Eduardo dos Santos, delegações ministeriais dos dois países discutiam, em conversações oficiais, novos mecanismos de cooperação.
Ficou decidido a realização da segunda Comissão Bilateral de Cooperação a ter lugar já no próximo ano. Sendo que os governos de Angola e da Guiné Equatorial pretendem reforçar a cooperação bilateral nos domínios da formação de quadros, transportes, agricultura e pescas.
O estabelecimento de ligações aéreas entre as duas capitais, Luanda e Malabo, está igualmente em cima da mesa.
Para além disso, Angola está a formar 200 oficiais das forças de segurança da Guiné Equatorial.
As petrolíferas estatais dos dois países estão também a estudar um reforço da cooperação, nomeadamente na área do gás.
Sobre o que procura a Guiné Equatorial em Angola, Rui Verde, aponta o "reconhecimento internacional, sobretudo porque tem sido muito fustigada pelos Estados Unidos”. "E os angolanos sabem defender-se melhor dos Estados Unidos do que a Guiné”, acrescenta.
Afirmação na CPLP
Rui Verde não vê implicações políticas nesta aliança entre Angola e a Guiné Equatorial, ainda assim considera que vai colocar, "mais uma vez, a diplomacia portuguesa em cheque”.
"Acho que Portugal devia tomar posições em relação à permanência da Guiné Equatorial na comunidade lusófona e, sobretudo, à criação deste núcleo duro Angola-Guiné Equatorial. É preocupante para Portugal que, supostamente, é um Estado de Direito”, defende.
Segundo o analista, esta aliança "balança demasiado a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) no sentido autoritário e ditatorial e Portugal devia ter uma espécie de contrabalanço”.
O apoio angolano permitiu a adesão da Guiné Equatorial, em 2014, à CPLP. Este aproximar dos dois países é, para Rui Verde, também uma forma de a Guiné Equatorial se afirmar na comunidade lusófona, ainda assim sem efeitos práticos, "uma vez que não tem novidade”.
"Acho que, para já, é mais uma espécie de um efeito bandeira”, afirma.

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Samuel

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