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terça-feira, 7 de março de 2017

GUINÉ-BISSAU: DESMITIFICAR DECLARAÇÕES DUVIDOSAS.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


Naturalmente e profusamente acompanho declarações de muitas figuras políticas guineenses.

O que me deixa sempre bastante chocado é o grau de leviandade com que muitos proferem acusações graves contra os seus opositores e contra a própria nação na imprensa nacional e internacional.

Não sei até que ponto os políticos guineenses são capazes de resolver as suas disputas, sem que elas passassem pela incriminação desnecessária, deselegante e repudiante de toda a nação guineense e o seu povo.

Por exemplo, como podia alguém aludir à ressurgência do tráfico de droga no país em base das observações da Sociedade Civil guineense? Será a Sociedade Civil (mesmo em forma ad hoc) capacitada em conduzir investigações na matéria do tráfico de droga?


Com isto, não estou a disputar a possibilidade ou não da ressurgência do tráfico de droga na Guiné-Bissau. Disputo, todavia, a atribuição desta "responsabilidade" às organizações da sociedade civil. A sociedade civil tem os seus atributos, muitos deles extremamente importantes para a vida do país, mas por uma questão de seriedade, no domínio de tráfico de droga, há certamente outras agências nacionais e internacionais (nomeadamente PJ, Interpol, UNODC) capacitadas e especializadas nesta matéria. Ou se calhar, estamos perante uma atribuição errada e propositada destas alegações e/ou revelações à sociedade civil, como uma fonte de informação.

Como podem reparar, é fácil prestar declarações que não se baseiam nem em factos e muito menos em estudos conduzidos com autoridade e perícia. E num país onde absolutamente nada é escrutinado pela imprensa local e pela classe intelectual, declarações desmedidas é a nova norma.

Aqui nos EUA, declarações "desmedidas" e desprovidas de verdade são diariamente desafiadas nos meios de comunicação. E quem acompanha o actual relacionamento entre a nova administração norte-americana e a imprensa pode perceber que declarações políticas nem sempre devem ser tidas como um facto verdadeiro, consumado e indisputável.

E no caso da Guiné-Bissau, se fôssemos um pouco analíticos em relação a várias declarações acusatórias por parte dos políticos, chegaríamos à conclusão de que muitas delas são facilmente descortinadas e as suas veracidades eventualmente desmistificadas.

Todavia, todos nós (Jornalistas, Analistas, Comentadores, e a própria Sociedade Civil) temos que ter a coragem de desafiar tudo quanto é duvidoso e enganoso, em matéria de informação.

Aí está: temos que estar preparados intelectual, técnica e materialmente para o tal.


Abraços,

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Um abraço!

Samuel

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