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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Luaty Beirão apela a fiscalização paralela das eleições em Angola.

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Grupo de angolanos vai lançar uma associação para lutar contra as restrições à cidadania. Um dos promotores da ideia é Luaty Beirão. O ativista confessa que, este ano, não vota - prefere ficar a fiscalizar o escrutínio.
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Luaty Beirão é um dos 17 ativistas condenados, em 2016, por atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores, que foram depois amnistiados
Um grupo de personalidades angolanas vai lançar, esta quarta-feira (05.04), a associação cívica Handeka. Segundo os mentores da iniciativa, o objetivo principal é criar uma plataforma para lutar contra as limitações ao "pleno exercício da cidadania."
A associação ainda não foi criada oficialmente e os promotores, incluindo o ex-primeiro ministro Marcolino Moco e o advogado Luís Nascimento, ainda não debateram o seu programa, em concreto. Mas uma das personalidades envolvidas no projeto, o ativista Luaty Beirão, comenta que vai propor à associação a observação paralela das eleições em Angola, previstas para agosto.
Em entrevista à DW África, Luaty Beirão confessa que, este ano, decidiu não votar. Não é o único ativista angolano a afirmá-lo, embora também haja quem seja contra um boicote eleitoral. Luaty refere que a sua forma de participar nas eleições gerais será a fiscalizar o escrutínio.
DW África: O que gostaria que esta nova associação fizesse em concreto?
Luaty Beirão (LB): Eu já estou a mexer-me, com outros ativistas, para promover uma ponte entre os partidos da oposição e [construir] uma frente comum para as eleições, que é uma ideia cada vez mais impossível de materializar, cada vez mais quimérica e não estou à espera que a associação participe nisso. Mas gostaria que houvesse uma mão da associação na criação de uma plataforma de observação paralela que envolva os cidadãos. Ou seja, que faça do cidadão um observador eleitoral, ainda que não credenciado pela CNE [Comissão Nacional Eleitoral] – informando de como o processo deve decorrer e criando formas de o cidadão denunciar qualquer irregularidade que se verifique não só no dia das eleições, mas sobretudo no dia das eleições. Em 2012, tivemos um projeto pequenino que teve um bom resultado. Agora, queremos começar com mais antecedência. Eu gostaria [que assim fosse] – irei propor isso como parte do programa, mas vai depender dos outros membros e do que decidirmos que é prioritário.
DW África: Como acompanhou o processo de registo eleitoral que terminou há pouco?
LB: Eu não fiz o meu registo. Neste caso, eu próprio, em princípio, não poderei votar. Desta vez, decidi, conscientemente, apesar de não ter apelado oficialmente a um boicote, dar um prazo até ao final do registo para que os atores em jogo me convencessem de que o filme seria diferente desta vez. – Esta é uma opinião pessoal; não engaja ninguém da associação e muito menos a associação em si. – [Mas] eu não fui convencido de que o filme seria diferente; aliás, a cantilena é a mesma por parte dos partidos da oposição, da 'fraude em marcha'. Vimos várias queixas dos próprios agentes da CNE, que remeteram uma carta à direção, queixando-se de problemas e falhas graves que podem minar a credibilidade das eleições, e essas pessoas foram ameaçadas de ser afastadas ou afastadas. Portanto, estou a ver que o filme vai ser igual, que as cenas estão todas a sequenciar-se da mesma maneira, e eu não quero participar numa peça de teatro que legitima a pseudo-democracia em que vivemos. Eu prefiro, pelo menos, participar de outra forma. Não vou lá pôr o meu voto, mas quero contribuir para a fiscalização ou observação paralela das eleições.
Afrika Luanda junger Aktivist an Computer
Em 2012, um grupo de ativistas montou uma plataforma para fazer a monitorização parale

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Samuel

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