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terça-feira, 9 de maio de 2017

CNE e oposição angolana trocam acusações sobre "serviços eleitorais".

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A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola escolheu duas empresas para a prestação de "serviços eleitorais". CNE confia na experiência das empresas, mas a oposição está desconfiada.
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A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola escolheu as empresas Sinfic (Portugal) e Indra (Espanha) para prestar assistência eleitoral, através do fornecimento de soluções tecnológicas e de material de votação.
Segundo Júlia Ferreira, porta-voz da CNE, ambas são empresas de "prestígio no mercado interno e internacional", além de já terem trabalhado com a Comissão no passado – dois fatores que pesaram na escolha das empresas em concurso público.
A Sinfic e a Indra trabalharam "com a Comissão Nacional Eleitoral no processo de 2012 com eficiência, empenho e dedicação", disse Ferreira. "Considerámos que, no âmbito da avaliação valorativa de todos estes requisitos e de todos estes pressupostos, eram as empresas que estavam em condições de continuarem connosco no pleito eleitoral de 2017."
A assinatura dos contratos com as empresas estava prevista para esta segunda-feira (08.05.), mas foi adiada sine die.
Angola 2012 Wahlen Luanda
Eleições de 2012 em Angola
Oposição desconfia
Mas os partidos da oposição discordam. Reunidos no último sábado (06.05.), na capital angolana, a oposição parlamentar acusou a CNE de pretender "manipular" o processo eleitoral.
Numa nota de imprensa lida por Benedito Daniel, do Partido de Renovação Social (PRS), os políticos declararam que as referidas empresas colocam em causa a transparência das eleições.
"As empresas que estão a ser escolhidas são as mesmas que participaram na fraude de 2008 e 2012", afirmou. "Em 2008, por exemplo, a Indra produziu mais boletins de voto do que aqueles que a CNE disse ter recebido, e forneceu um sistema tecnológico que não estava em conformidade com a lei. A Sinfic, por seu turno, foi a empresa que assessorou o Ministério da Administração do Território e a CNE na produção de cadernos eleitorais incorretos."
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o PRS e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) alertaram ainda "que irão responsabilizar essas empresas, junto das autoridades reguladoras competentes, dos seus países, caso assinem, com a CNE, contactos que visem defraudar o povo angolano e provocar instabilidade em Angola".
"Jogo político"
Esta não é a primeira vez que a oposição apresenta reclamações do género, que não são atendidas. E o investigador Domingos da Cruz pergunta: "Será que nós, cidadãos, podemos levar a sério a reclamação da oposição? Temos uma oposição que reclama constantemente e, apesar de as suas reclamações não serem atendidas, submete-se ao mesmo processo [das eleições], que diz ser viciado."
Domingos da Cruz fala, por isso, num jogo político. "Eles não vão responsabilizar [ninguém], eles não têm poder nenhum. Eles não têm capacidade absolutamente nenhuma de responsabilizar empresas. Isso não passa de um mero jogo", conclui.

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Samuel

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