Imagem distribuída pela Coreia do Norte do momento do lançamento do míssil de sexta-feira. REUTERS
Embaixador chinês diz que EUA têm que deixar de fazer ameaças e dar início a negociações.
O objectivo da Coreia do Norte é chegar a um "equilíbrio de força" militar com os Estados Unidos, disse o líder Kim Jong-un, citado pela agência noticiosa oficial KCNA. Já os EUA voltam a ameaçar com uma intervenção militar e advertem que a sua paciência perante os lançamentos de mísseis norte-coreanos está a chegar ao fim.
"O nosso objectivo final é estabelecer um real equilíbrio de forças com os EUA e fazer com que os dirigentes americanos deixem de falar na opção militar", escreveu a agência noticiosa oficial norte-coreana, atribuindo a frase a Kim Jong-un.
Durante a liderança de Kim, que chegou ao poder em Dezembro de 2011, a Coreia do Norte lançou uma dezena de mísseis — o programa de armamento foi acelerado para que o país tenha capacidades para atingir os EUA com um míssil potente e nuclear. Na sexta-feira fizeram sobrevoar mais um míssil sobre o Japão e já fizeram um ensaio com uma bomba de hidrogéneo.
Após o lançamento de sexta-feira, o conselheiro de Segurança da Casa Branca, H.R. McMaster, disse que a paciência dos EUA em relação ao programa de mísseis e ao programa nuclear dos norte-coreanos está a esgotar. "Eles têm estado a esticar a corda e a corda está quase a partir", disse McMaster. "E aos que têm dito que não há opção militar, digo que há opção militar."
O embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai, pediu na sexta-feira a Washington contenção e acção. Disse que os EUA devem parar com as ameaças e olhar para Kim Jong-un como um parceiro, abrindo o diálogo.
"Honestamente, os EUA deviam fazer mais... para que exista uma verdadeira cooperação internacional sobre este assunto", disse Tiankai. "Deviam deixar de fazer ameaças. Deviam fazer mais para encontrar uma forma efectiva de retomar o diálogo e a negociação". O embaixador, também citado pela Reuters, disse que a China nunca aceitará que a Coreia do Norte se torne um Estado nuclear.
fonte: publico.pt
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Samuel