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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ANGOLA: ESTIMATIVAS FEITAS A PEDIDO E, É CLARO, MUITO BEM PAGAS.

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A consultora FocusEconomics revelou agora que a economia de Angola cresça 1,9% este ano, depois de dois anos de recessão, e acelere para os 2,3% em 2019, antecipando menos défice e dívida pública. Em 2 de Julho a FocusEconomics apresentou “ipsis verbis” as mesmas estimativas, tal como fizera em 27 de Junho. É, provavelmente a pedido, a velha técnica do MPLA. Repetir, repetir, repetir uma mentira até que alguém acredite que é verdade.

“Aeconomia deve emergir da recessão em 2018 devido aos preços mais altos do petróleo, que são benéficos para o segundo maior produtor de petróleo na África subsariana”, escrevem os consultores na análise deste mês às economias africanas, enviada aos investidores.
Os analistas da FocusEconomics esperam um crescimento económico de 1,9% este ano e uma aceleração para 2,3% em 2019, e depois uma subida para 2,8% em 2020 e 3,3% e 3,8% nos dois primeiros anos da próxima década.
A dívida pública, por seu turno, deverá aumentar de 64,1% no ano passado para 73,7% este ano, mas depois deverá descer para 68,6% e 67,2% até 2020, caindo para 61,4% em 2022.
Para já, dizem, “uma forte recuperação económica ainda está por se materializar este ano, já que o indicador de clima económico manteve-se solidamente em terreno negativo no primeiro trimestre”, nos 14 pontos negativos, uma tendência que se mantém desde 2015, um ano depois da descida dos preços do petróleo, no verão anterior.
Elogiando (pois claro!) as reformas lançadas pelo Governo do Presidente João Lourenço, e vincando que “o FMI elogia as políticas económicas”, a FocusEconomics acrescenta que “o sector privado deve beneficiar significativamente das reformas estruturais e do empenho do Governo no aumento da concorrência no mercado interno”.

Notícia de 27 de Junho

«Aconsultora britânica FocusEconomics considerou hoje que Angola vai sair da “recessão prolongada” dos últimos dois anos e crescer 1,9% este ano e 2,3% em 2019, com as reformas a merecerem a confiança dos investidores.
“Uma rápida recuperação económica no princípio de 2018, no seguimento de uma recessão prolongada nos últimos dois anos, não parece provável, de acordo com os indicadores económicos disponíveis”, escrevem os analistas desta consultora britânica.
Na análise mensal às economias africanas, enviada aos investidores, a FocusEconomics acrescenta que “apesar de melhorar ligeiramente face ao trimestre anterior, o indicador de clima económica permaneceu em território negativo no primeiro trimestre, onde está há mais de dois anos”.
O sentimento negativo baseia-se na deterioração das principais indústrias do país, como o sector extractivo e a manufactura, para além da construção e do comércio. Ainda assim, notam os analistas, “o programa de estabilização macroeconómico, recentemente introduzido pelo Governo, focado em melhorar o ambiente de negócios através da redução do défice e consolidação da dívida, bem como da flexibilização da taxa de câmbio, tem sido recebido positivamente pelos investidores internacionais”.
A economia deve sair da recessão este ano, “alicerçada no aumento dos preços para a principal matéria-prima que Angola exporta”, notam os analistas, vincando que “as medidas de consolidação orçamental e a transição para uma taxa de câmbio flexível, em conjunto com o empenho do Governo na redução da dívida pública, devem alimentar o crescimento do investimento”.
No conjunto, as economias da África subsaariana deverão crescer 3,5% este ano, acelerando ligeiramente para 3,7% em 2019, com Etiópia, Costa do Marfim, Gana e Tanzânia a liderarem o crescimento. “As previsões para as economias da África subsaariana mantiveram-se este mês e o PIB regional deve crescer 3,5% em 2018”, lê-se no relatório desta consultora britânica, que alerta para os desafios que a região enfrenta.
Entre os riscos apontados, os analistas sublinham “os grandes volumes de dívida, que tornam os países especialmente vulneráveis às flutuações nos mercados financeiros internacionais, e o forte abrandamento no crescimento da China, que pode manietar a actividade na região e a procura pelos recursos minerais do continente”.»
fonte: folha8

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Samuel

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