NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Presidente da entidade, Domingos Meirelles, disse que a intenção é restabelecer “o fulcro natural” da campanha, para que os dois voltem a discutir propostas de governo.
Bolsonaro e Haddad disputam o segundo turno Foto: Miguel Schincariol; Daniel Ramalho / AFP
Os
candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando
Haddad (PT), assinaram nesta quarta (17), um Termo de Compromisso
de Respeito à Constituição da República Federativa do Brasil proposta pela
Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O presidente da entidade, Domingos
Meirelles, disse que a intenção é restabelecer “o fulcro natural” da
campanha, para que os dois voltem a discutir propostas de governo e questões
pragmáticas no lugar de trocarem insultos.
“Diante desse caos, um dos motivos que nos levou a pedir que eles assinassem [o
Termo de Compromisso] era baixar a temperatura e que voltassem a discutir
programa de governo e não ficar um acusando o outro. Isso foi uma conversa
preliminar e eles concordaram. É uma intenção de baixar a poeira e decantar um
pouco o tom de intolerância da campanha”, disse Meirelles, em entrevista à
Agência Brasil.
No texto do documento , que tem a concordância dos dois candidatos,
a ABI cita o fato da Carta Magna ter 30 anos e que
notícias veiculadas pela imprensa indicavam uma eventual vontade dos candidatos
em promover uma Constituinte para modificar os principais postulados da
Constituição. A ABI destacou que é importante que a sociedade brasileira tenha
tranquilidade e confiança de que o Texto Constitucional em vigor não sofrerá
deformações que comprometam sua verdadeira natureza.
A entidade destacou também “a enxurrada de notícias
que circulam pelas mais diversas redes sociais, na maioria das vezes de
conteúdo fraudulento, enfatizando o desejo dos candidatos em transfigurar nossa
Lei Maior”.
Diálogo
De acordo com o presidente da entidade, o compromisso assinado com Bolsonaro e
com Haddad foi resultado de um processo que começou em um primeiro contato para
saber se ambos concordavam em assinar o documento, que em seguida foi
encaminhado para análise de cada um. Bolsonaro assinou no Rio e Haddad em São
Paulo.
“A ABI é talvez a mais longeva entidade da sociedade civil, está completando
110 anos em 2018. Nós, diante do peso da instituição e da idade que ela tem,
nos achamos no dever de fazer uma carta compromisso para os candidatos
[questionando] se eles concordavam em não mexer na Constituição”.
Segundo Meirelles, pairava sobre as duas candidaturas suspeitas de modificação
na Carta Magna e como a ABI defende direitos humanos, as liberdades e garantias
individuais, houve a avaliação de que os dois precisavam mostrar este
compromisso. O presidente da ABI disse que ficou surpreso com a concordância
imediata dos candidatos em assinar o documento.
“Eles não pediram para mexer em nada. Isso é que realmente surpreendente. Senti
que eles estavam assinando com um certo alívio. É como se eles estivessem se
livrando de um peso que carregassem nas costas. É essa a minha leitura”, disse.
Meirelles disse que a história da ABI pode ter levado à concordância imediata
dos candidatos em assinar o documento. “Talvez pelo fato de ser uma entidade
como a ABI, ela tem 110 anos, a própria história em defesa da liberdade, da
democracia, que teve um papel importante na luta pelo restabelecimento do
estado de direito. Talvez a soma de todos esses aspectos, eles não criaram
nenhum tipo de objeção”, disse.
Cláusulas
O Termo de Compromisso tem três cláusulas. A primeira destaca o Título II da
Constituição e os preceitos do Caput do Artigo 5º que trata da “inviolabilidade
do direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Na segunda, o
compromisso é de respeitar as cláusulas pétreas da Carta Magna, afastando por
completo qualquer tipo de manobra ou artifício que viole ou produza preceitos
contrários ao atual texto Constitucional. Na última, os candidatos ratificam e
enfatizam seu pacto de assegurar os direitos à informação, à liberdade de
expressão e, por conseguinte, à liberdade de imprensa.
O presidente da ABI acrescentou que o compromisso está firmado, mas não pode
garantir que o eleito vá respeitar o documento. “É um compromisso moral e
ético”, disse.
fonte: folhape.com.br
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Samuel