Se isso ocorrer, Ministério da Defesa tenderá a ficar nas mãos do atual ocupante do posto, o também general da reserva Joaquim Silva e Luna.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse que seu ministério estará nomeado até o fim do mês, mas sugeriu destino diferente a um integrante da primeira trinca de nomes confirmados de sua equipe: o general Augusto Heleno.
"No que depender de mim, ele irá para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional, órgão da Presidência), mas a Defesa está aberta para que ele...", afirmou Bolsonaro.
Se Heleno for ao GSI, a Defesa tenderá a ficar nas mãos do atual ocupante do posto, o também general da reserva Joaquim Silva e Luna, que assumiu em fevereiro.
Bolsonaro almoçou nesta terça (6) com a cúpula da Defesa, capitaneada por Silva e Luna, com a presença de Paulo Guedes (Economia) e de seu núcleo duro militar: o vice, Hamilton Mourão, Heleno e Oswaldo Ferreira, todos egressos do Alto Comando como o atual ministro.
Naturalmente, a sucessão não esteve no cardápio. As conversas estão acontecendo às margens, por meio de interlocutores. As Forças Armadas têm tido preocupação de externar a diferença entre a instituição e Bolsonaro, primeiro militar eleito pelo voto direto desde os anos 1940.
Ficou acertado o compromisso depois expresso por Bolsonaro de evitar contingenciamento do orçamento militar e também que serão estudadas opções de reforma previdenciária de militares após haver certeza do que vai acontecer com o projeto que afeta os civis.
O presidente eleito visitou também os comandantes do Exército e da Marinha. À porta do comando naval, citou a possibilidade de Heleno o acompanhar no Planalto, referência ao GSI e tergiversou sobre a possibilidade de a Defesa ficar com outra Força, como a própria Marinha.
Além do tamanho e da tradição, há o fato de que o Exército responde pelo maior número de demandas entre as Forças Armadas, a começar pela liderança em inúmeras operações de garantia da lei e da ordem, as GLO.
A avaliação entre bolsonaristas é de que Silva e Luna trouxe maior racionalidade a alguns processos da pasta. Além disso, dizem, a presença maior de militares em postos-chaves do ministério facilitou interlocução com as Forças. Isso o tornaria um nome natural, além de ter a qualificação exigida pelo novo presidente: ser um general de quatro estrelas.
A estranheza toda é que Heleno foi um dos primeiros ministros confirmados por Bolsonaro no cargo.Para observadores de Brasília, o vaivém de decisões, nomes e destinos de personagens está virando uma marca dessa transição de governo, mas poucos esperavam que alguém tão central tivesse o assento mudado a essa altura.
Na realidade, por perfil, Heleno se encaixa melhor em uma função palaciana, de coordenação. Chefiar a Defesa implica lidar com um cotidiano que envolve desde crises humanitárias na Venezuela até promoções comezinhas.
No Planalto, Heleno poderá atuar mais como estrategista de Bolsonaro, função que vem desempenhando até agora.
Falando nesta terça em Brasília, ele também disse que "é possível" que o senador Magno Malta (PR-ES) vá para uma pasta dedicada à família.
Bolsonaro foi econômico e respondeu de forma reativa a uma pergunta. "A questão da família é importante, fez parte do nosso projeto. E a família tem que ser preservada", disse, ressaltando aí que só reconhece o que a Constituição diz ser família -"união estável entre o homem e a mulher."
A Folha de S.Paulo antecipou no último dia 31 que Malta, que não conseguiu a reeleição, poderia ocupar o novo ministério, que abarcaria as atuais pastas de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Malta era um dos vices desejados por Bolsonaro, mas preferiu concorrer ao Senado. Com informações da Folhapress.
fonte: noticiasaominuto
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Samuel