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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Trump diz que manterá parceria “firme” com sauditas.

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Presidente dos EUA também questionou conclusão de relatório da CIA que apontou príncipe saudita como mandante do assassinato de jornalista em consulado na Turquia.
fonte: DW África
USA Washington Saudischer Kronprinz Mohammed bin Salman bei Donald Trump (picture-alliance/dpa/SPA)
O príncipe Mohammed bin Salman e o presidente Donald Trump durante encontro na Casa Branca, no início do ano
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou nesta terça-feira (20/11) o possível envolvimento do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em outubro, na Turquia, e disse que este fator não afetará a "firme" aliança entre os governos dos dois países.
"Pode ser que o príncipe herdeiro tivesse conhecimento deste trágico acontecimento. Talvez sim, e talvez não! Pode ser que nunca saibamos todos os fatos em torno do assassinato do senhor Jamal Khashoggi", disse Trump em comunicado.
O presidente americano planejava receber hoje um relatório da CIA sobre o assassinato de Khashoggi que, segundo alguns dos principais veículos de imprensa do país, continha a conclusão da agência de inteligência de que Bin Salman tinha ordenado o assassinato de Khashoggi, um crítico das autoridades do reino.
No comunicado, Trump minimizou esta conclusão e chegou a questioná-la, ao dizer que "talvez não" tenha havido envolvimento do príncipe herdeiro, e deixou claro que não planeja tomar mais medidas punitivas contra a Arábia Saudita em relação ao caso.
"Os Estados Unidos pretendem continuar sendo um firme aliado da Arábia Saudita para garantir os interesses do nosso país, de Israel e de todos os outros aliados na região", ressaltou Trump.
"Entendo que há membros do Congresso que, por razões políticas ou de outro tipo, gostariam de ir em uma direção diferente, e são livres para fazê-lo. Considerarei todas as ideias que me apresentarem, mas só se forem coerentes com a segurança absoluta dos Estados Unidos", acrescentou.
Khashoggi, como reconheceu Riad, foi morto por um grupo de agentes que viajaram da Arábia Saudita para a Turquia – alguns deles ligados ao príncipe herdeiro. O assassinato aconteceu no consulado saudita em Istambul, aonde ele foi, em 2 de outubro, para pedir documentos necessários para que pudesse se casar com a noiva, uma cidadã turca.
O comunicado, aparentemente ditado por Trump e cheio de sinais de exclamação, começa com uma menção a seu lema "Estados Unidos em primeiro", seguido de uma advertência de que "o mundo é um lugar muito perigoso" e de um trecho sobre as atividades "sangrentas" do Irã no Oriente Médio.
O presidente disse que a Arábia Saudita é "o segundo maior produtor de petróleo do mundo" e que respondeu "muito bem" a seus pedidos "para manter os preços do petróleo em níveis razoáveis".
Trump também reiterou que seria "ingênuo" cancelar os multimilionários acordos de venda de armas à Arábia Saudita sacramentados em seu governo, porque "a Rússia e a China se beneficiariam e ficariam felizes de adquirir tudo isso".
JPS/efe
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Samuel

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