Depois de um fim-de-semana de eleições presidenciais, contam-se os votos no Senegal e na Nigéria e no Senegal. Segundo o Governo senegalês, o Presidente Macky Sall foi reeleito à primeira volta para um segundo mandato.
fonte: DW África
Macky Sall votou em Fatick
Este domingo (24.02), os senegaleses puderam escolher entre cinco candidatos. Segundo o primeiro-ministro, Mohammed Dionne, o Presidente Macky Sall foi reeleito com "pelo menos 57%" dos votos. O anúncio foi feito numa altura em que ainda não foram divulgados os resultados oficiais provisórios pela Comissão Eleitoral.
Ainda antes das declarações do Executivo senegalês, a oposição já criticava a divulgação dos resultados não oficiais na imprensa. "Neste momento, nenhum candidato, eu incluído, pode proclamar-se vencedor", disse Osmane Sonko, um dos principais candidatos da oposição. "Além disso, há uma instituição estabelecida responsável pela divulgação dos resultados provisórios na Comissão Eleitoral e dos resultados finais no Conselho Constitucional", lembrou.
Os resultados oficiais deverão ser conhecidos na sexta-feira (021.03), com uma segunda volta marcada para o dia 24, caso nenhum dos candidatos alcance a maioria. Ainda não é claro quantos eleitores entre os seis milhões e meio registados foram votar este domingo.
A missão de observação eleitoral da Organização Internacional da Francofonia, chefiada pelo ex-primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, dá conta de uma elevada participação nas presidenciais senegalesas e fala em "normalidade” no decorrer das eleições.
Mas o processo eleitoral já estava marcado por controvérsia, com a exclusão das candidaturas de dois dos principais rivais de Macky Sall e episódios de violência durante a campanha que causaram pelo menos dois mortos.
Violência na Nigéria
Na Nigéria, mais de 72 milhões de eleitores foram chamados às urnas no sábado (23.02), depois de um adiamento inesperado das presidenciais por uma semana. Além do Presidente, os nigerianos escolheram este sábado os deputados à Assembleia Nacional e os senadores da câmara alta do Parlamento.
Organizações da sociedade civil contam dezenas de mortes em incidentes violentos e tentativas de ataques do grupo radical islâmico Boko Haram. Há também registo de atrasos na abertura de assembleias de voto, problemas técnicos nas urnas, denúncias de tentativa de compra de votos e queima de material eleitoral.
Mas a Comissão Eleitoral Independente mostrou-se satisfeita com a forma pacífica como decorreram as eleições e apontou para o anúncio de alguns resultados já na terça-feira (26.02).
Observadores falam numa luta renhida entre os dois favoritos da lista de 72 candidatos: o Presidente cessante, Muhammadu Buhari, e o antigo vice-Presidente Atiku Abubakar.
O atual chefe de Estado foi um dos primeiros a votar e a reivindicar a vitória de um segundo mandato: "Até aqui tudo corre bem. Os nigerianos entendem que estão a acreditar neles mesmos. Estou otimista. Logo vou parabenizar-me pela minha vitória, serei o vencedor".
Buhari descartou as perguntas dos jornalistas sobre se aceitaria uma derrota para o principal opositor. Por sua vez, Atiku Abubakar mostrou-se confiante: "Estou ansioso por uma transição bem sucedida".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.
Um abraço!
Samuel