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quarta-feira, 29 de maio de 2019

Restos mortais de Savimbi depositados no Andulo

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Entrega dos restos mortais do fundador da UNITA gera polémica. Familiares e membros do maior partido da oposição angolana esperavam chegada do corpo de Savimbi no aeroporto do Cuíto, mas Governo depositou-o noutro local.
fonte: DW Áfrrica

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Esta terça-feira (28.05), membros da direção, familiares e militantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) foram ao aeroporto do Cuíto, capital do Bié, aguardar pela chegada restos mortais de Jonas Savimbi. Mas o Governo acabou por depositar o corpo numa unidade militar no município do Andulo, província do Bié, sem a presença de representantes familiares ou da direção da UNITA.
Segundo o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, a direção do maior partido da oposição angolana "impediu os seus representantes na comissão [do partido, para as exéquias fúnebres] de estarem presentes no Andulo", para a receção dos restos mortais de Jonas Savimbi.
O governante, que falava em conferência de imprensa em Luanda, proveniente do Andulo, no quadro da inumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, morto em combate em 22 de fevereiro de 2002, recordou que a pedido da família e da UNITA, o Presidente angolano, João Lourenço, criou, em 15 de agosto do ano passado, a Comissão Multissetorial para o Processo de Exumação, Transladação e Inumação dos Restos Mortais do líder histórico do partido do 'galo negro'.
"Hoje, dia 28, estava prevista a transladação dos restos mortais do Luena (província do Moxico) para o Bié e mais concretamente para o Andulo, depois de termos tido uma reunião a nível da comissão e ter ficado assim decidido", disse Pedro Sebastião, que é também presidente da Comissão Multissetorial para o Processo de Exumação, Transladação e Enterro dos Restos Mortais do líder histórico do partido do "galo negro".
Questionado se não havia possibilidade de transferir os restos mortais do Andulo para o Bié, tal como reclama a UNITA, Pedro Sebastião respondeu negativamente, justificando com problemas de ordem logística, nomeadamente combustível, entre outros.
UNITA acusa Governo de falta de diálogo
Isaías Samakuva, líder da UNITA, acusa o Governo de falta de diálogo. Numa conferência de imprensa no Cuíto, Samakuva indicou que estava tudo preparado para receber os restos mortais na capital do Bié e que há "algo que se está a passar, que o partido não entende".
Segundo o presidente do partido, os restos mortais de Savimbi foram entregues na segunda-feira no Luena sem que a UNITA ou a família estivesse presente, pois não havia ninguém mandatado pelo partido ou pela família para o efeito.
Angola Isaias Samakuva Präsident der National Union for the Total Independence of Angola
Isaías Samakuva, líder da UNITA
"É preciso diálogo entre a comissão tripartida, entre o Governo, a UNITA e a família e desde dia 20 que, apesar dos nossos esforços, ninguém do Governo ligado direta ou indiretamente à comissão nos respondeu; apenas ontem [segunda-feira] soubemos que os restos mortais foram para o Luena", disse Samakuva, indicando que a urna estava numa pequena capela no cemitério local.
 "O resultado é este; nem a família nem a UNITA vão andar para trás e para a frente à procura dos restos mortais", frisou o líder do partido, lembrando que deve haver respeito pela memória de Jonas Savimbi e pelos convidados do partido para a cerimónia que o Galo Negro' pretende realizar apenas no sábado. Segundo a UNITA, do lado governamental, ninguém se encontra no Cuíto para esclarecer a situação.
Cerca de 1.500 pessoas  afetas à UNITA, que foram ao aeroporto do Cuíto para receber os restos mortais de Savimbi, criticaram, em declarações à agência de notícias Lusa, a falta de informação do Governo sobre o destino da entrega dos restos mortais do fundador do partido.
Segundo as explicações dadas ao final da tarde pelo ministro Pedro Sebastião, na segunda-feira (27.05) realizou-se uma última reunião com os familiares e elementos do partido, para acertar detalhes do processo, que deverá culminar no próximo sábado, 1 de junho, com as cerimónias fúnebres previstas para o cemitério de Lopitanga, no Bié.

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Samuel

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