Eleições na Guiné-Bissau devem ocorrer "imperativamente" na data prevista e o atual Governo deve manter-se em funções, diz missão internacional que se deslocou ao país para avaliar preparativos para as presidenciais.
fonte:_ DW África
Últimas presidenciais na Guiné-Bisau realizaram-se em 2014
Após contactos com autoridades e atores políticos da Guiné-Bissau, na segunda-feira (07.10), a missão conjunta
das Nações Unidas, União Africana (UA), Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa CPLP) reiterou a determinação para que o escrutínio
presidencial aconteça na data marcada: 24 de novembro.
"As eleições presidenciais devem ter lugar, imperativamente, no ano 2019. A primeira volta em 24 de novembro e a segunda volta, se houver, no dia 29 de dezembro de 2019, conforme o calendário estabelecido", declarou Francis Behanzin, porta-voz da missão.
"Conforme a decisão da 55ª cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da CEDEAO, a missão conjunta reitera a manutenção do atual governo em exercício, saído das eleições legislativas de 10 de março de 2019, cuja missão principal é a organização das eleições presidenciais. A missão conjunta reafirma a manutenção dos ficheiros eleitorais das eleições legislativas, caso não haja consenso e por escrito entre os atores políticos", acrescentou.
Entre críticas e troca de acusações
O Governo tem sido fortemente acusado pelos partidos da oposição e pelos potenciais candidatos pela forma como está a conduzir o processo eleitoral. "Não podemos acompanhar cegamente o Governo naquilo que nos parecem ser manobras para alguma fraude eleitoral. Na Guiné-Bissau, nunca houve problemas no recenseamento eleitoral. Esta é a primeira vez que se coloca este problema", afirma Fernando Mendonça, diretor nacional da campanha de Carlos Gomes Júnior.
Califa Seide, líder da bancada parlamentar do PAIGC, partido que lidera o atual Governo, mostrou-se tranquilo quanto aos preparativos para as eleições. Uma semana antes da votação do programa do Governo no Parlamento guineense, prefere olhar para a aliança política que sustenta o Executivo. "Podemos garantir-vos aqui que a aliança constituída, resultante das eleições legislativas de 10 de março, está firme", garante.
"As eleições presidenciais devem ter lugar, imperativamente, no ano 2019. A primeira volta em 24 de novembro e a segunda volta, se houver, no dia 29 de dezembro de 2019, conforme o calendário estabelecido", declarou Francis Behanzin, porta-voz da missão.
"Conforme a decisão da 55ª cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da CEDEAO, a missão conjunta reitera a manutenção do atual governo em exercício, saído das eleições legislativas de 10 de março de 2019, cuja missão principal é a organização das eleições presidenciais. A missão conjunta reafirma a manutenção dos ficheiros eleitorais das eleições legislativas, caso não haja consenso e por escrito entre os atores políticos", acrescentou.
Entre críticas e troca de acusações
O Governo tem sido fortemente acusado pelos partidos da oposição e pelos potenciais candidatos pela forma como está a conduzir o processo eleitoral. "Não podemos acompanhar cegamente o Governo naquilo que nos parecem ser manobras para alguma fraude eleitoral. Na Guiné-Bissau, nunca houve problemas no recenseamento eleitoral. Esta é a primeira vez que se coloca este problema", afirma Fernando Mendonça, diretor nacional da campanha de Carlos Gomes Júnior.
Califa Seide, líder da bancada parlamentar do PAIGC, partido que lidera o atual Governo, mostrou-se tranquilo quanto aos preparativos para as eleições. Uma semana antes da votação do programa do Governo no Parlamento guineense, prefere olhar para a aliança política que sustenta o Executivo. "Podemos garantir-vos aqui que a aliança constituída, resultante das eleições legislativas de 10 de março, está firme", garante.
Numa entrevista recente à agência Lusa, o candidato presidencial do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), Umaro Sissocó Embaló, acusou o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de ser "beneficiário" do tráfico de drogas, pela campanha eleitoral de luxo que fez, em março deste ano, aquando das eleições legislativas. Em comunicado o PAIGC disse que Umaro Sissocó Embalo é um "fanático religioso", que quer dividir o país e etnias e lembrou os esforços do partido e do governo, no combate ao narcotráfico.
Por seu lado, o Presidente cessante, José Mário Vaz, candidato à sua sucessão, acusa o Governo de o ter impedido de ir a Nova Iorque, para participar na última Assembleia Geral das Nações, sob alegações de dificuldades financeiras.
Recusas e exigências
Na sexta-feira (04.10), quatro das 19 figuras que se perfilam para as eleições presidenciais, nomeadamente, José Mário Vaz, Umaro Sissocó Embaló, Nuno Gomes Nabiam e Carlos Gomes, através de um comunicado conjunto das respetivas diretorias da campanha eleitoral, garantiram que não iriam participar em nenhuma reunião convocada pelo Governo sobre o processo eleitoral.
Também exigiram a anulação das correções das omissões nos cadernos eleitorais, que visa permitir que os cidadãos eleitores, que não tinham votado nas legislativas de março por erros técnicos no recenseamento, possam exercer o direto ao voto na escolha do Presidente da República.
Enquanto isso, fontes governamentais garantiram à DW África que, até 24 de novembro, estarão reunidas todas as condições técnicas e financeiras para as presidenciais guineenses.
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Samuel