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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Diálogo é a via para a paz, diz ex-Presidente moçambicano Chissano

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O ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, diz ser necessário encontrar as razões profundas da violência em Cabo Delgado para assegurar a paz no país.




Para o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, é preciso fazer um diagnóstico claro sobre o que está a acontecer na região mais a norte de Moçambique. Chissano duvida que os motivos dos insurgentes sejam económicos. E lembra que existem países africanos com recursos naturais, como gás e petróleo, mas que vivem em paz.

"Deve-se cavar a razão desta guerra para encontrar os meios de a debelar. Não sei se é guerra quando temos terrorismo. Não sei. A guerra tem um adversário, em que nos batemos, a guerra é declarada. Mas esta aqui… que guerra é esta?", questionou Chissano estaquinta-feira (01.10) em Maputo, salientando assim as incógnitas em redor de uma insurgência, que já custou numerosas vidas.

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Mesmo assim, o antigo chefe de Estado enfatiza o diálogo como a única via para seresolver esta guerra sem rosto e outras, sejam elas quais forem. "O diálogo nunca se deve pôr de parte. Agora, é preciso encontrar com quem dialogar e sobre o que dialogar. Fizemos assim com os portugueses e com a RENAMO", disse.

Prioridade para a justiça social

Em relação aos ataques no centro de Moçambique, atribuídos à autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO, Joaquim Chissano refere que se tentou evitar sempre o conflito com a oposição, desde 1975. Uma das ferramentas usadas foi dialogar com os regimes que mais tarde apoiaram a guerrilha da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). "E fazíamos coletivamente com os países da Linha da Frente. Dialogámos com Ian Smith, dialogámos com o primeiro-ministro do apartheid, Pik Botha, no contexto dos países da Linha da Frente."

O jurista Filipe Sitoe sugere que se resgate o que Moçambique conquistou em 1975 - a justiça social, que, segundo ele, nunca deve ser enfraquecida para manter a estabilidade no país. "Eu penso que a partilha de recursos naturais, a justa distribuição dos recursos escassos, deve constituir prioridade agora, no séc. XXI, face à globalização, face à exploração desenfreada de recursos naturais."

fonte: DW África

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Samuel

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