O ex-enviado especial dos Estados Unidos para os Grandes Lagos J. Peter Pham considerou que a região está "mais estável" e "pacífica", em parte graças ao envolvimento e influência do Presidente João Lourenço.
Especialista em temas africanos e membro do centro de estudos Atlantic Council, o embaixador foi enviado especial dos EUA para a região dos Grandes Lagos durante dois anos, entre 2018 e 2020.
Em entrevista à agência Lusa, considerou que "a região tornou-se muito mais estável, muito mais pacífica, com um clima muito melhor para investimento do que era há três anos". A transição democrática pacífica na República Democrática do Congo, o fim do conflito aberto entre Uganda e Ruanda e a melhoria da situação no Burundi são alguns dos casos referidos, além de Angola.
"Angola tinha um grande potencial como um país que não tinha conflito e tinha recursos, mas estava um pouco desvinculada da região", lembrou. Desde que João Lourenço se tornou Presidente, acrescentou, o país está mais envolvido nos problemas regionais, lembrando a mediação para apaziguar as tensões entre Uganda e Ruanda e, mais recentemente, procurando uma solução para a República Centro-Africana (RCA).
Pedido de João Lourenço
O Presidente da República de Angola pediu nas Nações Unidas, na quarta-feira, mais apoio internacional à paz e segurança na RCA, neutralização das forças dissidentes no país, respeito do cessar-fogo e suspensão do embargo de armas.
A intervenção no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, sobre a RCA, foi feita na qualidade de presidente da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
"Nos últimos anos, desde que João Lourenço [se tornou Presidente de Angola], tem sido uma influência muito boa", disse Pham, que foi recentemente nomeado administrador não executivo do grupo de telecomunicações Africell, que opera em vários países africanos, incluindo Angola.
fonte: DW África
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Samuel