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quarta-feira, 16 de março de 2022

Guerra na Ucrânia: os riscos para o Senegal.

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Petróleo, gás, farinha, pão, cimento… sem falar nos produtos que podem ser impactados pelo custo do frete. A guerra na Ucrânia corre o risco de ser paga caro no Senegal. O governo tranquiliza, os consumidores da Sos acusam.

Os alertas são suficientemente claros para deixar qualquer dúvida sobre as consequências na África e no Senegal do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. “A guerra na Ucrânia não poupará nossa economia”, disse o presidente Macky Sall ao Daaka em Medina Gounass no sábado, 12 de março. Poucas horas antes, na cúpula de Versalhes, em 10 e 11 de março, coube primeiro ao presidente francês, Emmanuel Macron, soar o alarme. “A Europa e a África estarão profundamente desestabilizadas em termos de alimentos”.

Para compreender estas preocupações, é necessário saber, a título informativo, que 30% das exportações mundiais de trigo passam pelo Mar Negro. No entanto, desde que o Ocidente decidiu boicotar a Rússia, nada saiu disso, enquanto Moscou representa quase 20% das exportações mundiais de trigo. "Os preços dos cereais já superaram os do início da Primavera Árabe e dos distúrbios alimentares de 2007-2008", disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, acrescentando que o índice de preços dos alimentos da FAO nunca esteve tão alto.

Alguns países serão mais afetados do que outros. O Senegal pode estar entre os mais atingidos, já que metade de seu trigo vem da Rússia. Amadou Gaye, o presidente da Federação Nacional dos Padeiros do Senegal, prevê mesmo o pior cenário. “Com esta guerra, o preço do pão pode chegar a 500 FCFA por baguete antes do final do ano, se esta situação continuar”, avisa no PressAfrik.

“É de temer um impacto no preço da farinha, mas”

Por enquanto, nada mudou no lado do preço da farinha e do pão. Mas nada é certo a médio prazo. "É de temer um impacto no preço da farinha no Senegal, mas esse impacto não é automático logo que existam stocks adquiridos com preços diferentes dos actualmente praticados no mercado internacional", tempera o director do Comércio Interno, Oumar Diallo, juntou-se a Seneweb.

Só que os estoques estão entre dois e três meses, se acreditarmos em Amadou Gaye da Fnbs. Experimentaremos então uma aplicação de preços de mercado? Amadou Gaye não esconde seu pessimismo. Segundo ele, o Estado do Senegal já esgotou as alavancas fiscais ao abolir o IVA sobre a farinha. Há também a suspensão total dos impostos internos incidentes sobre trigo e farinha, lembra Oumar Diallo. “Eu me pergunto hoje, com essa crise, o que o Estado do Senegal pode fazer”, pergunta Amadou Gaye que só vê aumento de preços.

Fundo de Estabilização e Equalização de Preços

Por enquanto, o Ministério do Comércio quer ser tranquilizador. “Estamos nos organizando para garantir um abastecimento correto mesmo além do período do Ramadã, ou seja, mais de 6 meses”, afirma Oumar Diallo. A ideia aqui é ter um mecanismo de abastecimento que permita comprar trigo suficiente no mercado internacional a um preço competitivo o suficiente para não ter impacto no preço atual da farinha, muito menos no preço do pão.

No total, lembra Oumar Diallo, 47 bilhões foram mobilizados em 2021 como medidas de apoio aos preços contra 50 bilhões em 2022. Diallo promete um dispositivo em conexão com o Ministério das Finanças.

No entanto, essas medidas não parecem convencer um dos defensores do consumidor. Me Massokhna Kane acha que o Estado não está fazendo seu trabalho. “É preciso criar um fundo de estabilização e equalização de preços. Há 10 anos que pedimos a criação deste fundo e o governo é teimoso. Ele permite que você gere receita quando os custos são baixos. E quando os custos aumentam, tiramos as receitas do fundo para estabilizar os preços e evitar um aumento. É o que se faz nos países responsáveis”, afirma o presidente da Sos consommateurs.

“O Estado não joga limpo com as variações de preços”

Me Kane lamenta que a verdade dos preços só se aplique em caso de aumento, nunca em caso de diminuição. Para tomar o exemplo do petróleo, o barril caiu de 120 dólares para 40 ou mesmo 30 dólares no início de 2020. No Senegal, houve apenas uma queda de 10% no preço da eletricidade e 100F no combustível. Ou seja, quase zero de repercussão. “O problema é que o Estado não joga limpo com as variações de preços”, lamenta Me Kane.

Além disso, além do trigo, há o custo de transporte que aumentou e que afeta os preços. Quer se trate de frete marítimo ou aéreo, a evasão da Rússia por navios e aviões de países ocidentais induz uma sobrecarga.

fonte: seneweb.com

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Samuel

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