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quinta-feira, 10 de março de 2022

Europa de olho em África para importar gás natural

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Visando reduzir a dependência da energia russa, a Europa vira-se para o continente africano para as importações de gás natural. Apesar do potencial, a oferta é baixa e há muitos constrangimentos.


A invasão russa da Ucrânia está a forçar a Europa a diversificar o seu fornecimento de energia. "A Alemanha e a Europa devem agora compensar rapidamente o que perderam nos últimos 20 anos", disse Stefan Liebing, presidente da Associação Empresarial Alemanha-África, num recente comunicado de imprensa.

Liebing aconselhou o Ministro da Economia alemão, Robert Habeck, a viajar para países africanos como a Argélia, Nigéria, Egipto e Angola, o que poderia ajudar a libertar a Europa da sua dependência do gás russo.

A Argélia é o 10º maior produtor mundial de gás. As cargas de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês) exportadas em 2021 destinavam-se em grande parte aos mercados europeus. Isto faz da Argélia um dos cinco maiores exportadores de LNG para a Europa.

As falhas da Argélia

Desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a Argélia tem manifestado a vontade de aumentar as exportações de gás natural. No entanto, segundo Alice Gower, directora de geopolítica e segurança do think tank londrino Azure Strategy, as reservas da Argélia estão no fundo do poço.

"No início deste ano, o grupo estatal argelino de petróleo e gás Sonatrach anunciou um importante pacote de investimento de 40 mil milhões de dólares (36 mil milhões de euros) para um período de cinco anos, mas isso não significa que a Argélia possa intervir agora a curto prazo", disse Gower à DW.

Os dois principais operadores energéticos, a espanhola Naturgy e a argelina Sonatrach, poderiam aumentar a capacidade do gasoduto Medgaz com pouco esforço.

O gasoduto liga a Argélia diretamente a Espanha. Mas a Argélia nem sequer tem capacidade para o encher com gás argelino suficiente, disse Gower.

Russland | Bau der Gaspipeline Power of Siberia

Gasoduto russo "Power of Siberia"

A especialista diz que Argélia poderia ter uma alternativa completamente diferente de bombear mais gás liquefeito para Espanha e Portugal com o Gasoduto Magrebe-Europa (MEG) de alta capacidade.

Mas esse gasoduto atravessa Marrocos. Em outubro passado, tensões políticas entre Argel e Rabat levaram a que o contrato entre a Sonatrach e o Ministério da Energia marroquino não fosse renovado.

O principal problema da Argélia relativamente a isto, segundo Gower, era que Argel não concordou em pagar 10% das receitas do gás como taxa ao Reino de Marrocos, como tinha acontecido no passado.

O Egito prefere a China

Do outro lado do Norte de África, o Egipto teve o maior crescimento anual das exportações em 2021, de acordo com um relatório da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo.

1,4 milhões de toneladas de LNG no segundo trimestre em comparação com zero exportações de LNG no mesmo período do ano passado. Simultaneamente, o LNG é também o único gás atualmente exportado pelo Egito, uma vez que o país não está atualmente ligado a uma rede europeia de gasodutos.

A situação do fornecimento de gás flutua. "Atualmente, o Egito também está a ficar sem capacidade de exportação de LNG", disse Gower. No entanto, para o Egito, trata-se muito mais do aspeto económico neste momento.

Segundo Gower, a China tem oferecido ao país contratos a longo prazo em boas condições. Assim, para o Egito, faz sentido continuar a ser um fornecedor fiável e manter a sua quota de mercado chinesa.

De acordo com o portal de estatísticas statista.com, as reservas de gás natural da Líbia em 2020 ascenderam a cerca de 1,4 mil milhões de metros cúbicos. Contudo, o país está tão dividido politicamente que nem sequer aparece na lista de países que exportam para a Alemanha.

Mesmo que o gás líbio estivesse disponível, a infraestrutura é insuficiente para impulsionar as exportações, e muito menos para receber os pagamentos. Assim, a Líbia desistiria de ser um fornecedor substituto do gás russo para a Alemanha ou para a Europa.

fonte: DW Africa

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Samuel

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