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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

CONVERSAÇÕES DE PAZ RDC EM NAIROBI: Paz sem M23, é possível?

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Desde que os combates recomeçaram na parte oriental da República Democrática do Congo (RDC), a diplomacia só esteve ativa na tentativa de apagar o fogo. Com efeito, depois da cimeira de Luanda onde o Presidente ruandês, Paul Kagame, se destacou pela sua ausência, abriu-se em Nairobi, no Quénia, uma nova sessão de conversações de paz entre os protagonistas congoleses. Esta terceira rodada, que começou em 30 de novembro, terminou em 6 de dezembro. O retorno da paz ao leste da RDC passará por Nairóbi? Podemos duvidar. Sobretudo porque Kinshasa se recusou até agora a falar com os rebeldes do M23 que, como sabemos, constituem a maior ameaça ao poder que os qualifica de "terroristas". “Não vamos discutir com o M23 porque não respeitou nada”, reiterou o porta-voz do presidente congolês, Félix Tshisékedi, pouco antes do reatamento das conversações. No entanto, no terreno, a M23 conquistou várias localidades e está quase às portas de Goma. Por que então as autoridades congolesas se escondem? Eles fingem ignorar que o retorno da paz em Kivu do Norte não é possível sem a M23? De qualquer forma, é um erro excluir esse movimento rebelde das negociações de paz em andamento. Tudo está acontecendo, de fato, como se Kinshasa estivesse trabalhando para isolar o M23 para poder combatê-lo melhor militarmente com a chegada gradual de soldados da força regional. Essa estratégia vai compensar? Nada é menos certo. O presidente Félix Tshisékedi se beneficiaria com uma mudança de tom, alcançando todos os grupos armados Porque também os primeiros dirigentes da referida força regional pretendem favorecer o diálogo com todos os grupos armados que esquadrinham o Kivu do Norte e perturbam o sono das populações. “Nossas tropas estão posicionadas com força de imposição, vão pedir aos grupos armados que entreguem suas armas. Se não o fizerem, serão coagidos a isso. Porque as nossas tropas têm capacidade para o fazer para que o diálogo político possa continuar”, disse o porta-voz do exército ugandês, que destaca mil soldados no terreno. Em todo o caso, ao recusar-se a dialogar com o M23, Kinshasa complica a tarefa do mediador queniano que, desde então, luta arduamente para consertar os irmãos inimigos congoleses. Tal atitude não é para consertar as coisas, principalmente quando sabemos que muito mais do que os quarenta grupos armados que estiveram presentes em Nairóbi, o M23 tem uma formidável capacidade de incômodo. Dito isto, e na medida em que é a favor de uma desescalada, o Presidente Félix Tshisékedi beneficiaria de uma mudança de tom, estendendo a mão a todos os grupos armados. Porque de nada adianta assinar acordos em Nairóbi nos quais certos atores, e não menos importantes, não se reconhecerão. É uma utopia querer buscar a paz na exclusão. Não dizemos que as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos? fonte: https://lepays.bf/

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Samuel

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