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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Pelé e política nem sempre andaram bem juntos.

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Pelé era o "Rei" indiscutível na bola, mas o brasileiro estava longe de ser unânime quando entrou no campo da política, sofrendo muitas críticas por seu descompromisso contra a ditadura e o racismo. Questionado sobre os anos de chumbo do regime militar (1964-1985) no Brasil no documentário sobre sua vida lançado pela Netflix em 2021, o tricampeão mundial respondeu: “Para mim, pelo menos, não mudou absolutamente nada. ..) O futebol continuou da mesma forma". Neste mesmo documentário, Paulo César Vasconcellos, uma das figuras do jornalismo desportivo brasileiro, sublinha que Pelé "havia aceitado o regime, que o tratava bem porque sabia a sua importância". O eterno número 10 "caracterizou-se pela falta de posição política". Quando o "Rei" estava no auge, após o tricampeonato mundial conquistado no México em 1970, os militares no poder não perderam a oportunidade de usar sua aura para fins políticos. Muitas fotos o mostram muito próximo do ditador Emílio Garrastazu Médici, o general mais "linha-dura" do regime que torturou centenas de opositores, com um saldo de pelo menos 434 mortos ou desaparecidos. Vemos Pelé sorrindo, abraçando-o ou segurando a taça da Copa do Mundo ao seu lado. “Ele tinha o comportamento de um negro submisso, que aceita tudo, que não contesta nada”, zomba Paulo Cézar Caju, seu companheiro de equipe durante o título de 1970. "socialista" Mas outras fotos, mais surpreendentes, reapareceram nas redes sociais nos últimos dias, quando a notícia do agravamento do seu estado de saúde corria o mundo. Vemos um Pelé arrojado, com um elegante chapéu cinza e sobretudo vestido com uma camisa amarela na qual está escrito em letras grandes "Diretas já", slogan do movimento pelo fim da ditadura e eleições presidenciais por sufrágio universal direto. Essa foto, datada de 1984, foi capa da revista esportiva brasileira Placar, com o título: "Pelé de cabeça nova". Em tradução literal, uma "nova cabeça para Pelé", uma nova mentalidade. Outro episódio pouco conhecido da vida do "Rei" na década de 1980: em 1989, durante coletiva de imprensa, Pelé anunciou que poderia concorrer à presidência em 1994 e se autodenominava "socialista". Ele acabou não sendo candidato, mas tornou-se ministro do Esporte do presidente de centro-direita Fernando Henrique Cardoso de 1995 a 1998. Um ministro muito atuante, que tem trabalhado arduamente pela modernização do futebol brasileiro e pela garantia dos direitos dos futebolistas perante seus clubes, o que lhe teria rendido, segundo a mídia local, a ira do todo-poderoso presidente da Fifa na época, seu compatriota João Havelange. “Ele me fez amar o Brasil” Pelé, o primeiro superastro negro do Brasil, também tem sido frequentemente criticado por sua falta de compromisso com a luta contra o racismo. "Fui tratado como um macaco, um negro, mas não me importei (...) Prefiro dar exemplo para minha família, meus fãs. É minha luta", disse ele em entrevista citada em 2020 por El Pais. “Tenho absoluta certeza de que ajudei muito mais o Brasil com meu futebol e meu modo de vida do que muita gente que ganha a vida fazendo política”, lançou no documentário da Netflix, lembrando em especial que dedicou seu milésimo gol às crianças que passavam fome no Brasil, em 1969. Enquanto alguns o criticam por não ter condenado o racismo com mais firmeza, outros acreditam que o simples fato de ver um negro se destacar nesse ponto de sua área já era motivo de imenso orgulho e esperança. "Pelé é a primeira pessoa que me fez amar o Brasil. Ver um brasileiro, como eu, sendo indiscutivelmente o melhor no que fazia me fez pensar que, apesar de tudo, dá para acreditar em alguma coisa", twittou após sua morte Silvio Almeida, um dos mais eminentes intelectuais negros do país e futuro ministro dos direitos humanos do presidente eleito de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva. fonte: seneweb.com

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Samuel

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