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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Desaceleração chinesa dispara pedidos de estímulo até do Brasil.

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Executivos que atuam no comércio Brasil-China ressaltam que a recuperação no consumo chinês de serviços já está acontecendo. Taipé – O pecuarista Vadão Gomes descreve o impacto da recente desaceleração chinesa. “A perda, em função do consumo que caiu, foi vertiginosa para os exportadores brasileiros”, diz. “Nós tivemos diminuição de venda, redução muito grande de preço, até um desinteresse deles no volume que praticávamos antes.” O consumo “freou seco, pela crise lá”, e se refletiu também no mercado brasileiro. “A consequência é grande porque tem efeito na própria pecuária interna, devido ao confinamento dos bois que tinham uma expectativa de venda [para a China] e também com essa baixa de preço superior a 20%.” Mas ele é otimista quanto à recuperação do consumo chinês. “Nós esperamos que neste mês já melhore”, diz o produtor e ex-deputado paulista, que há quatro meses estava em Pequim, na comitiva brasileira, para as negociações que culminaram nos acordos assinados por Lula e Xi Jinping. Uma esperança para os exportadores brasileiros de alimentos é que, no segundo trimestre, surgiram alguns sinais de vida, como uma elevação de 20% nos gastos chineses em restaurantes e bares, segundo o Escritório Nacional de Estatística do país. Mas a série de dados negativos na China disparou exatamente com o PIB do segundo trimestre, que veio abaixo das projeções –e com uma expansão, na comparação com o primeiro trimestre, de apenas 0,8%. O resultado foi creditado ao consumo, por bancos e consultorias, que pressionaram por mais estímulo governamental. Diante de novos números nesta semana, sobretudo os preços ao consumidor que caíram 0,3% em julho, a pressão por mais estímulo aos gastos dos chineses se ampliou, agora também para escapar da deflação. Ela poderia empurrar o país para a estagnação, como aconteceu com o Japão há três décadas, após o estouro de uma bolha imobiliária. Na virada do ano, com o fim das restrições sociais chinesas voltadas à Covid-19, a expectativa era que a China seguisse trajetória semelhante à de outros países que reabriram a economia, pós-pandemia, com recuperação da mobilidade e do consumo ligado a serviços. Os dados ruins têm levado à conclusão de que a China partiu de um ponto diverso das demais economias, após um período de restrições mais extenso, com implicações maiores para a confiança do consumidor, evidenciadas nos indicadores de gastos por renda familiar. Além de ter prolongado as restrições, a China contrasta com a estratégia adotada pelos Estados Unidos por não ter apostado em pacotes de gastos públicos durante a pandemia. A divergência entre as duas economias, no momento, com inflação americana e deflação chinesa, também resultaria disso. Executivos que atuam no comércio Brasil-China, que pediram anonimato, ressaltam que a recuperação no consumo chinês de serviços, embora mais lenta do que nos EUA, já está acontecendo. É o que se conclui da alta dos últimos meses, no quadro de gastos por renda. Mas a expectativa de estímulo agora é generalizada, sobretudo para o endividado setor imobiliário, que teria efeitos sobre outros, como o de eletrodomésticos. Seria possível acelerar a transição do modelo de crescimento, hoje baseado mais em investimento e que passaria ao consumo, como ocorreu na Coreia do Sul e é buscado, declaradamente, por Pequim. “Eles chamam de recalibramento, do modelo de crescimento com quantidade para outro, com qualidade”, diz a economista Karin Costa Vazquez, pesquisadora do Centro de Estudos Brics da Universidade Fudan, de Xangai. “É uma transição da China como fábrica do mundo, que crescia a dois dígitos e com impacto socioambiental.” A previsão para o novo modelo é de taxas anuais menores de crescimento, em torno de 5%, até menos. Ainda elevadas, mas abaixo do que nas últimas décadas. Também se fala em eventuais surpresas, como vem acontecendo na ascensão dos setores de veículos elétricos e energia renovável, dada a capacidade de inovação e mobilização do governo chinês. “Há uma desaceleração, realmente, mas não é mais esse tipo de crescimento que a China persegue”, diz Vazquez. “Não sei se o copo está meio vazio. Acho que ele continua até bem cheio.” O empresário Henry Oswald, presidente da Associação de Empresas Brasileiras na China (BraCham), que reúne mais de uma centena delas, sublinha dois pontos para compreender a desaceleração. “A China não tem mais aquela visão extremamente capitalista, como no passado, e não tem o mesmo direcionamento para exportação”, diz. A prioridade agora está na “equiparação social” de renda e no mercado interno, até com marcas de consumo próprias. A retração comercial chinesa, com efeitos sobre o Brasil, seria explicada também pelos juros altos no resto do mundo e pela busca dos EUA e outros por diversificação de países fornecedores, como a Índia. “Eu diria que o único país hoje no mundo em que é perceptível o alto crescimento é a Índia”, diz Oswald, que em duas décadas viajou diversas vezes para a China, a mais recente há algumas semanas. “Eu nunca tinha presenciado tanto investimento em infraestrutura, em transporte.” Mas ele não espera nada imediato, apesar do crescimento e da priorização geopolítica da Índia. “Não vejo como isso pode mudar na próxima década. Não tem nenhum país próximo da China, que tenha tanta capacidade produtiva, qualidade de custos. A Índia tem inúmeros problemas e, para mudar o cenário, só daqui a dez, 15 anos.” Oswald enfatiza também “as ações que têm que ser feitas –e o governo começa a fazer– de liberar recursos financeiros para estimular e reabrir a economia”. Ele sente falta da presença de estrangeiros: “são raríssimos nas ruas Xi e a cúpula chinesa estariam em seu retiro tradicional de verão, na praia de Beidaihe, a 285 quilômetros de Pequim, e políticas mais fortes de estímulo só devem ser anunciadas quando voltarem. Perto de três semanas atrás, logo após a divulgação do PIB do segundo trimestre, um encontro do Politburo, o principal órgão político do país, deu esperança ao projetar medidas expressamente “anticíclicas”, pela primeira vez desde o início da pandemia. (Nelson de Sá). fonte: https://diariodocomercio.com.br/

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Samuel

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