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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Clima de receio no arranque da campanha eleitoral em Moçambique.

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Apesar do fim dos confrontos entre o exército moçambicano e homens da RENAMO, o espectro da violência continua vivo no país, onde este domingo (31.08) tem início a campanha partidária para as eleições de 15 de outubro.

FRELIMO e MDM escolheram Nampula para o arranque da campanha eleitoral

A gestão dos confrontos galvanizou a imagem das partes beligerantes, principalmente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o maior partido da oposição, consideram analistas nacionais. Das 30 formações inscritas, as mais visíveis são apenas três.
Para o analista político Silvério Ronguane, o momento que se avizinha poderá não ser de habitual festa, como era de se desejar. “Por um lado, esta devia ser a campanha mais animada de todas porque estamos reconciliados e ultrapassamos a guerra. Mas também tenho medo que a campanha eleitoral possa abrir feridas que ainda não estão bem cicatrizadas, que possa ter um tom de conflitualidade”, explica.
Face aos receios de conflitos, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) garantiu à DW África que está tudo a postos para que a campanha eleitoral corra da melhor maneira possível. Segundo Paulo Cuinica, porta-voz do órgão eleitoral, “este momento tem vindo a ser preparado com todos os atores”, isto é, com os próprios partidos políticos e com a imprensa.
“Temos estado a divulgar mensagens positivas no sentido de as pessoas não enveredarem pela violência. E temos estado a trabalhar com a Polícia da República de Moçambique (PRM), com quem temos formações conjuntas” a nível distrital, adiantou. De acordo com o porta-voz da CNE, há um conjunto de atividades já em andamento e também foi acordado um código de conduta política com os partidos e com a PRM.
Três favoritos na corrida
Silvério Ronguane considera difícil antever já um potencial vencedor, mas está certo de que a corrida eleitoral será muito bem disputada. Ao todo são 30 as formações políticas inscritas com vista às eleições legislativas, sete para as assembleias provinciais e três candidatos às presidenciais.
Porém, sublinha, as formações políticas não entram em igualdade de circunstâncias para a caça ao voto, facto que claramente destaca os três favoritos: a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), a RENAMO, o maior partido da oposição e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior força da oposição.
“A FRELIMO tem a sua história, mas sobretudo tem meios. É um partido que tem fortes probabilidades de marcar positivamente estas eleições”, explica o analista político.
Por outro lado, observa, também é preciso ter em conta que o recente desfecho político é favorável à própria RENAMO. O líder da RENAMO, “Afonso Dhlakama, sai como grande vencedor desta tensão política porque atingiu todos os seus objetivos e é de esperar que a hostes renamistas estejam neste momento muito mais galvanizadas e prontas para vencer estas eleições”, afirma Silvério Ronguane.
MDM e FRELIMO arrancam em Nampula
E como se posiciona o MDM entre os dois principais partidos agora revigorados em termos de imagem, depois da gestão da crise político-militar? “Não podemos deixar de lado o MDM, que é o partido emergente, o partido da juventude, que nãos e revês nesta história belicista nem na forma de governar dos mais velhos”, lembra o analista moçambicano.
O analista Silvério Ronguane receia que a campanha eleitoral possa "abrir feridas"
“É a juventude que se levanta e quer iniciar uma nova fase, um novo regime político”, acrescenta.
O MDM já anunciou que vai lançar a sua campanha para as eleições gerais em Nampula, no domingo. A FRELIMO também escolheu esta província nortenha - o maior círculo eleitoral do país - para o início da sua campanha.
Se por um lado a grande maioria das formações políticas está pronta para ir ao terreno lutar pelo voto, a RENAMO, por outro lado, não sabe em que momento e onde dará o pontapé de saída.
“Terei que escolher uma das províncias, no centro, no sul ou no norte, mas neste momento não posso precisar o distrito, a cidade ou até mesmo o posto administrativo”, disse à DW África o líder da RENAMO.
A legalização do acordo do fim das hostilidades entre o Governo da FRELIMO e a RENAMO, através da ratificação pelo Parlamento e posterior promulgação pelo Presidente do país, Armando Guebuza, é o que falta para que o maior partido da oposição possa ir à conquista do eleitorado.
Partidos com pouca expressão
Os restantes 27 partidos não têm muita expressão política. Fora as épocas eleitorais raramente se pronunciam sobre a vida política, económica e social do país. Também quase não promovem atividades de interesse nacional.
As eleições gerais em Moçambique estão marcadas para 15 de outubro
Nesta campanha que se avizinha, Silvério Ronguane acredita que estes venham a ter pouca visibilidade, tal como em épocas normais.
“Os outros partidos sempre participaram nestas eleições. Não é a primeira vez. E têm tido 1% ou 0,5% dos votos. Portanto, vão contribuir para a festa, mas não se conhecem as suas ideias”, observa.
Nenhum destes partidos tem um candidato às eleições presidenciais nem listas para as eleições provinciais, salienta ainda o analista. “Estamos a falar de forças residuais que têm, sobretudo, um caráter muito local, regional e não podem ser vistos num contexto global”, conclui.
A campanha eleitoral para as quintas eleições gerais moçambicanas decorre durante 45 dias e termina a 13 de outubro, dois dias antes da votação.
# dw.de

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Samuel

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