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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Guiné-Bissau tem novo Governo liderado por Baciro Djá.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Novo executivo do PAIGC tem 16 ministros e conta com o apoio da segunda maior força política, o Partido da Renovação Social.


Baciro Djá foi nomeado depois de o Presidente ter demitido Domingo Simões Pereira SIA KAMBOU/AFP

O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá, conseguiu finalmente formar Governo, quase um mês depois de o Presidente ter destituído Domingo Simões Pereira. 
As últimas semanas trouxeram de volta o receio de que o país pudesse cair numa nova espiral de violência, depois da crise política provocada pela demissão do anterior Governo. 
Apesar das dificuldades para se encontrar um novo Governo – devido à incompatibilidade entre as duas facções no interior do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), uma afecta ao Presidente e outra leal ao antigo primeiro-ministro –, a garantia dos militares de que não iriam intervir permitiu que se chegasse a um entendimento. 
Segundo um decreto presidencial citado pela agência AFP, o novo Governo, liderado por Baciro Djá, é formado por 16 ministros e 15 secretários de Estado, e conta com o apoio fundamental da segunda maior força política na Assembleia Nacional Popular, o Partido da Renovação Social (PRS). 
Durante as últimas semanas houve negociações entre o PAIGC e o PRS, mas até agora não era claro se seria possível chegar-se a um acordo e evitar a convocação de eleições antecipadas. Com este entendimento, o novo Governo conta com o apoio dos 55 deputados do PAIGC e dos 41 do PRS, numa assembleia com 100 lugares – os restantes são ocupados pelo Partido da Convergência Democrática (2), Partido da Nova Democracia (1) e União para a Mudança (1). 
O Presidente guineense demitiu o antigo primeiro-ministro Domingo Simões Pereira a 12 de Agosto. Para além de atribuir ao Governo de então "preocupantes sinais" de querer obstruir a actuação da Justiça, José Mário Vaz não escondeu, e escreveu-o no decreto presidencial, as "incompatibilidades de relacionamento institucional" com o primeiro-ministro. 
Numa entrevista ao jornal cabo-verdiano Expresso das Ilhas, Simões Pereira, líder do PAIGC, disse que o Presidente (também do PAIGC) não lhe explicou os motivos que o levaram a demiti-lo e atribuiu ao chefe de Estado "uma vontade desmedida de chamar a si todos os poderes". 
A meio da semana passada, o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, disse que a situação de impasse no país "não se deve prolongar", insistindo no diálogo para solucionar a crise, e apontando para a impaciência da comunidade internacional. 
"Penso, e foi o sentimento que colhi da comunidade internacional, que é talvez altura de reatar o diálogo a ver se com base num consenso se pode chegar a uma plataforma de entendimento para viabilizar um Governo, as instituições e o país", disse o antigo Presidente de São Tomé e Príncipe.

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Samuel

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