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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

UMA VISÃO SIMPLÓRIA, PORÉM MUITO NACIONALISTA: Se és Guineense, tens uma Pátria! - Didinho o grande patriota.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Olha por ela, cuida dela, não permitas que outros a destruam, mesmo sendo teus irmãos!

Didinho Casimiro
Didinho

Este é o primeiro de 3 volumes de o “Meu Partido é a Guiné-Bissau”, uma colectânea de textos editoriais que escrevi entre 2003 e 2014 e que estão integrados no Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO, uma plataforma virtual que fez despertar a cidadania política na Guiné-Bissau e nos guineenses.

A Publicação faseada dos três volumes que constituem esta obra literária é obviamente, um regresso ao passado, numa perspectiva pedagógica que a nossa história recente impõe, perante questões do presente que têm respostas no passado. É o registo em livros de um passado que deve estar sempre presente para consulta, em jeito de aprendizagem através de questionamentos, pois temo-lo evitado, ignorando-o, por isso, continuarmos a cometer os mesmos erros.

Este primeiro volume percorre as realidades políticas e sociais de 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, expondo as diversas fases do processo contínuo de aprendizagem e de evolução de um cidadão político, enquanto escritor, activista social e analista político.

A inspiração da reflexão que ditou o título deste livro, que apresenta neste seu primeiro volume uma colectânea de 137 textos, advém do maltrato, pelos seus próprios filhos, que a Guiné-Bissau tem sido vítima desde a proclamação da sua independência aos dias de hoje.
Não podia continuar indiferente ao sofrimento da Mãe Guiné, vendo-a maltratada, abandonada à sua sorte, ameaçada pelos próprios filhos, filiados em partidos, em grupos de interesses, ou seja, comprometidos apenas com os seus interesses e à custa da Guiné-Bissau.

E quem estaria disposto a tomar partido pela Guiné-Bissau, a comprometer-se com o País, na ausência de uma cultura de cidadania política, num país resignado com as práticas ditatoriais e onde os cidadãos são na sua maioria, vítimas de manipulação de consciências, de demagogia, de tráfico de influências, porquanto, tudo girar à volta do Estado, o maior empregador; dos políticos e governantes, enquanto agentes do poder, com poderes até para comprar a dignidade dos cidadãos?

Era preciso politizar a sociedade para revolucioná-la numa perspectiva de responsabilidade cidadã até então inexistente.

A politização é sinónima de consciência política nacional. Uma consciência política nacional em que as vertentes social e institucional devem ser referências dos direitos e dos deveres do cidadão.
Um povo que não tem noção do que é a política é um povo que está sujeito à demagogia, à manipulação.
É um povo que não pode aspirar a ser participativo nas decisões que a ele próprio dizem respeito.
Era preciso algo diferente para despertar, mobilizar, sensibilizar, informar, educar e consciencializar a sociedade guineense; era preciso pessoas com novas ideias, novas abordagens sobre a necessidade de, ainda que cada um tome partido pelos seus partidos políticos e pelos seus grupos de interesses, o primeiro compromisso de todos os guineenses ser para com a Guiné-Bissau, o que seria a melhor forma de todos os seus filhos voltarem a olhar por ela, a ver o seu estado de alegria ou de tristeza, as suas necessidades, as suas carências ou fragilidades, no intuito de ajudá-la a retomar a sua vida com dignidade, para assim também, recebermos sua bênção em harmonia e desfrutarmos todos, das suas potencialidades.

Em resumo, foi assim que decidi ter a Guiné-Bissau como meu Partido, tendo criado um mecanismo de mudança para a promoção e afirmação desse Partido, mecanismo que designei como Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO.

O projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO nasceu em 10 de Maio de 2003, motivado pela ameaça do “desaparecimento” da Guiné-Bissau como Estado, durante a presidência de Kumba Yalá.
Foram muitos os momentos de reflexão e ponderação, de forma a encontrar uma via para dar o meu contributo como guineense, na tentativa de se inverter a situação.

Optei por exteriorizar as minhas reflexões, escrevendo artigos sobre a Guiné-Bissau, tentando assim, passar mensagens de sensibilização pela causa guineense, não só para os guineenses, mas também para o Mundo.
CONTRIBUTO é um projecto de orientação pessoal, de carácter reflexivo, não necessariamente noticioso, ainda que informativo, apartidário e sem fins lucrativos.

É um projecto de Cidadania que visa promover, incutir, desenvolver e dinamizar o espírito de reflexão e debate de ideias na Guiné-Bissau e nos guineenses, tendo em conta a ausência de uma Consciencialização Nacional focada para um verdadeiro Compromisso Cidadão com o País.

Tudo o que consta dos textos publicados e em relação a nomes de figuras públicas referenciadas assenta numa responsabilidade desde sempre assumida, que creio, ter sido do conhecimento dos visados, através de publicações feitas na Plataforma virtual do Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO, sendo que muitos já faleceram, aproveitando para desejar Paz às suas almas e, da minha parte, enquanto guineense, perdoar-lhes por todo o mal que fizeram à Guiné-Bissau e aos Guineenses, sem esquecer que alguns deles também deram muito à Guiné-Bissau e ao nosso Povo, sobretudo aqueles que participaram na luta armada de libertação nacional.
O momento não é de cobrança, mas sim, de aprendizagem.

Infelizmente, continuamos a repetir a maioria dos erros do passado, por isso, julgo que esta obra será importante, sobretudo, para as novas gerações, que precisam de conhecer o passado, para melhor se situarem no presente e projectarem o futuro.

Como sempre disse, a História faz-se de registos!

Não tenhamos medo de fazer uma nova revolução na Guiné-Bissau. Não uma revolução com armas de fogo, mas a revolução da consciência cívica, a revolução de mentalidades que dará ao nosso povo o direito à liberdade do saber, do conhecimento. É urgente libertar o povo guineense do obscurantismo. É urgente fazer ver aos guineenses que o medo de mudar ontem é a razão dos males de hoje, e o medo de mudar hoje será a razão dos males de amanhã.

Didinho
11.08.2016
In "O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU" - COLECTÂNEA DE TEXTOS EDITORIAIS - VOLUME I
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Samuel

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