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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Campanha do caju arranca com novas regras na Guiné-Bissau.

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Governo proíbe operadores internacionais de comprarem diretamente ao produtor e críticos falam em “protecionismo desnecessário”. Associação de agricultores espera “boa campanha”.
Guinea-Bissau Cashew-Nüsse im Dorf Vila de Quisseth (DW/B. Darame)
O Governo da Guiné-Bissau abriu oficialmente esta sexta-feira (31.03) a campanha de comercialização da castanha do caju, principal produto de exportação, perante novas regras impostas pelo ministro do Comércio, Vítor Mandinga. 
Segundo o Governo, apenas comerciantes com a nacionalidade guineense poderão comprar a castanha diretamente ao produtor. Os críticos da medida entendem que se trata de um "protecionismo desnecessário", mas o ministro do Comércio e Promoção Empresarial, Vítor Mandinga, autor da lei, sublinha que "comércio livre não significa ausência de regras".
Segundo Mandinga, a qualidade do caju da Guiné-Bissau faz com que haja muita procura do produto no mercado internacional, onde o país é cotado como o quinto maior produtor mundial e segundo africano.
Aumento dos preços e do controlo
O ministro do Comércio afirma que a qualidade permite à Guiné-Bissau praticar um preço "relativamente mais alto" em comparação com países africanos ou asiáticos.
Um quilograma da castanha passa a ser comprado ao produtor por 500 francos CFA (cerca de 0,76 cêntimos), em vez de 350 francos CFA. O presidente da associação dos agricultores da Guiné-Bissau, Jaime Gomes, considera que "o preço é justo" e que os camponeses esperam ter uma boa campanha.
Cashew-Kooperative in Guinea-Bissau (Gilberto Fontes)
Cooperativa de caju em Ingoré, no norte da Guiné-Bissau
O ministro Vítor Mandinga acredita que se o país mantiver o nível de "boa qualidade" do seu caju estará sempre em condições de pedir melhores preços aos compradores internacionais, pelo que, afirma, se justificam as regras impostas este ano pelo Governo.
O ministro guineense, um conhecido operador do setor do caju, classifica como corajosas as medidas adotadas pelo Executivo guineense. Mandinga defende que as novas regras vão contribuir para o aumento do controlo ao fisco, proporcionar maior arrecadação de receitas ao Estado e promover o emprego dos jovens e das mulheres guineenses.
Só em taxas alfandegárias com a exportação do caju, estima o ministro, o Governo irá receber cerca de 11,2 milhões de euros.
As novas regras no setor do caju, considera ainda Vítor Mandinga, irão apertar ainda mais o circuito do branqueamento de capitais, ao obrigarem os operadores económicos a realizarem as suas transações através dos bancos.
"Made in Guiné-Bissau”
Segundo o ministro do Comércio, parte do caju do país será transformado localmente em amêndoa para ser exportada, pela primeira vez, com o selo "made in Guiné-Bissau".
Vítor Mandinga indicou que o laboratório de certificação de qualidade de origem já se encontra montado na capital guineense e que técnicos vietnamitas vão prestar apoio aos guineenses no trabalho com as máquinas.
"Tolerância zero à saída clandestina do caju guineense para o exterior" é o lema da campanha que decorre até setembro.
O Governo estima que 50 mil toneladas de castanha do caju saem da Guiné-Bissau através do circuito do contrabando para países vizinhos. O Executivo quer exportar pelo menos 200 mil toneladas de caju.

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Samuel

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